segunda-feira, 23 de novembro de 2020

7º Ano - PET 6 - 4ª Semana - Revisão Brasil Colônia/ Sociedade do açúcar

 

 


O Brasil Colônia é o período que se estendeu em nosso território de 1500 até a Independência do Brasil, que se estabeleceu por completo em 1822.

Os portugueses chegaram no Brasil no dia 22 de abril de 1500, que foi quando a fase pré-colonial marcou o seu início. Foi só após os primeiros contatos com os indígenas que se deu início à exploração do pau-brasil, que era abundante na Mata Atlântica.

Durante a primeira fase, datada de 1500 a 1530 principalmente com a exploração do pau-brasil, não ocorreu por completo a colonização do território brasileiro, já que os portugueses que chegaram às nossas terras aqui não se fixaram nos primeiros 30 anos de descobrimento. Eles tinham outro interesse principal: a exploração de colônias localizadas nas Índias.

O pau-brasil era de grande valor em todo o continente europeu, afinal, sua seiva com tons avermelhados era frequentemente usada para o tingimento de tecidos. Para explorar o nosso território, os portugueses utilizavam-se principalmente de escambos, como chocalhos, espelhos, apitos e outros itens em troca da mão de obra dos brasileiros, que trabalhavam tanto no corte como também no momento de carregar o pau-brasil para as caravelas com destino à Portugal e outras partes da Europa.

Por mais que o país tenha sido explorado essencialmente pelos nativos portugueses, entre 1500 e 1530 ele foi também invadido por holandeses, franceses e ingleses, povos descontentes com o Tratado de Tordesilhas. Além disso, piratas, saqueadores e corsários roubavam o pau-brasil do território para contrabandear fora, e esse foi o motivo que levou Portugal a enviar ao Brasil – uma tentativa também fracassada – uma tropa de Expedições Guarda-costas.

Assim, foi em 1530 que a primeira expedição foi organizada com o intuito de colonizar o Brasil, comandada pelo rei de Portugal Martin Afonso de Souza. Os objetivos eram bem específicos: povoar o território, acabar com os “invasores” e começar a cultivar a cana de açúcar nesse território.

 

A fase do açúcar – século XVI e XVII

Denominamos de sociedade açucareira, aquela referente ao Ciclo do Açúcar na História do Brasil. Esta sociedade se desenvolveu, principalmente, na área litorânea do Nordeste brasileiro (regiões produtoras de açúcar) entre os séculos XVI e XVII.

Na Europa, o açúcar era um produto caro e de grande aceitação. As primeiras experiências dos portugueses com o cultivo do açúcar no Brasil foram em solo nordestino, extremamente adequado para o plantio em grandes escalas. Sendo assim, a lucratividade seria tanto no povoamento do país como na exploração de suas terras para o cultivo do açúcar, comercializando-o posteriormente em continente europeu.

Foi então durante essa fase que a mão de obra dos escravos africanos começou a ser utilizada no Brasil. Eles eram trazidos em navios para o país e utilizados nos grandes campos de produção de cana de açúcar.

Principais características da sociedade açucareira:

- Sociedade composta basicamente por três grupos sociais: senhores de engenho (aristocracia), homens livres e escravos.

- Sociedade patriarcal: poder concentrado nas mãos dos homens, principalmente, dos senhores de engenho que controlavam e determinavam a vida dos filhos, esposa e funcionários.

- Uso, nos trabalhos pesados do engenho de açúcar, de mão de obra escrava de origem africana. Os escravos eram comercializados como mercadorias e sofriam com as péssimas condições de vida oferecidas por seus proprietários.

- Posição social determinada pela posse de terras, escravos e poder político.

Divisão social (grupos sociais)

- Senhores de engenho: possuíam poder social, familiar, político e econômico. A casa-grande, habitação dos senhores de engenho e sua família, era o centro deste poder. Este grupo social tinha forte influência nas Câmaras Municipais, principal polo de poder político das cidades na época colonial.

- Homens livres: eram em sua maioria funcionários assalariados do engenho (capatazes, por exemplo), proprietários de terras sem engenho, artesãos, agregados e funcionários públicos.

- Escravos: formavam a base dos trabalhadores nos engenhos de açúcar. Tinham como origem o continente africano, sendo comercializados no Brasil. Era o grupo mais numeroso da sociedade açucareira. Em função das péssimas condições em que viviam, dos castigos físicos e da ausência de liberdade, possuíam baixa expectativa de vida (no máximo até 35, 40 anos). Resistiram à escravidão através de revoltas e fugas para a formação dos quilombos.

Crise da sociedade açucareira

A desestruturação deste modelo social começou com a crise da economia açucareira, ou seja, com a concorrência holandesa no comércio de açúcar mundial (final do século XVII).

No século XVIII, com o início do Ciclo do Ouro, a região das minas transformou-se no principal centro de desenvolvimento econômico do Brasil. Um novo modelo social mais dinâmico passou a vigorar, porém, várias características da sociedade açucareira permaneceram ainda por muito tempo no Nordeste.


As Capitanias Hereditárias

Outro período marcante durante o Brasil Colônia foi a fase das Capitanias Hereditárias, criadas com o intuito de melhor a gestão da colônia. Dessa forma, o país foi separado em várias faixas de terra e cada uma delas foi doada para os donatários. Era autorizado aos mesmos a exploração dos recursos da própria terra, mas eles eram também encarregados de protegerem, povoarem e promover o cultivo da cana de açúcar.

A grande maioria das Capitanias fracassaram, já que estavam muito longe dos recursos providos pela Metrópole, e ainda, eram frequentemente atacadas tanto pelos piratas como pelos indígenas. As únicas que sobreviveram, inclusive, até depois da independência foram as Capitanias de Pernambuco e de São Vicente.


O Governo Geral

Seguindo com o intuito de administrar melhor a colônia, porém, dado o fracasso das Capitanias Hereditárias, era necessário apostar em um novo modelo de governo. Sendo assim, foi criado no Brasil o Governo-Geral, que centralizava e controlava cada uma das partes da colônia.

O primeiro a se tornar governador-geral foi Tomé de Souza, que tinha como responsabilidade o aumento da produtividade agrícola, assim como a defesa da colônia (principalmente contra os indígenas) e a exploração em busca de prata e de ouro.

á nesse período haviam também as Câmaras Municipais, órgãos essencialmente políticos que contavam com a participação de homens considerados bons e ricos, sendo eles os responsáveis pelos rumos que tomariam cidades e vilas brasileiras. Vale destacar que nessa época a população não tinha qualquer decisão sobre a vida pública.

Durante a fase do Governo Geral a capital do Brasil era Salvador, já que a região Nordeste do país era a mais rica e de maior desenvolvimento.

 A economia do Brasil colônia

A base para a economia da colônia brasileira era na produção do açúcar. Tanto para realizar a venda para o continente europeu, como também no cultivo, os escravos negros e africanos eram quem trabalhavam. A produção centrada no açúcar começou a abrir portas também para a produção de algodão e tabaco.

Quando a região Sudeste começou a se desenvolver e sobressair perante a Nordeste, a capital do Brasil foi transferida para o Rio de Janeiro.

Durante essa fase foi estabelecido também um Pacto Colonial pelos portugueses, que dizia que o Brasil não poderia fazer nenhum tipo de comércio, só com a própria metrópole. O pacto seguiu até 1808, ano em que a família real portuguesa chegou ao Brasil, possibilitando sua independência em 1822.

 


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