sábado, 27 de junho de 2020

3º ANO - PET Volume 2 - 1ª Semana (6ª Semana) - Conflitos no Mundo Contemporâneo.

CONFLITOS NO MUNDO CONTEMPORÂNEO






A Primeira Guerra Mundial foi um conflito que aconteceu entre 1914 e 1918, e os principais cenários de guerra ocorreram no continente europeu. Foi resultado de inúmeros fatores, como a rivalidade econômica, ressentimentos por acontecimentos passados e questões nacionalistas. Teve como estopim o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa, Sofia, em Sarajevo, na Bósnia, em junho de 1914. 
Os principais fatores que contribuíram para o início da Primeira Guerra Mundial foram:
·  disputas imperialistas;
·  nacionalismos;
·  alianças militares;
·  corrida armamentista. 
 
Rivalidades entre nações;
Rivalidade anglo-alemã: A origem desta rivalidade entre Inglaterra e Alemanha foi a competição industrial e comercial.
Rivalidade franco-alemã: Esta rivalidade entre franceses e alemães remetesse que na frança o anti-germanismo era muito forte devido a derrota francesa na guerra franco-prussiana e a perda dos territórios de alsácia e Lorena para a Alemanha.
Rivalidade austro-russo: Esta rivalidade se deu por que a Rússia desejava dominar o império turco – otamano.
A Primeira Guerra Mundial foi travada pelas principais potências dos dois lados como um tudo ou nada, ou seja, como uma guerra que só podia ser vencida por inteiro ou perdida por inteiro. O motivo era que essa guerra, ao contrário das anteriores, tipicamente travadas em torno de objetivos específicos e limitados, travava-se por metas ilimitadas. Na Era dos Impérios a política e a economia se haviam fundido. A rivalidade política internacional se modelava no crescimento e competição econômicos, mas o traço característico disso era precisamente não ter limites.
Estendeu-se por quatro anos em duas fases distintas: Guerra de Movimento e Guerra de Trincheira. A última fase é a mais conhecida por ter sido a mais longa (de 1915 a 1918) e por ter sido efetivamente caracterizada por um alto grau de mortalidade dos soldados envolvidos. O saldo do conflito foi, aproximadamente, 10 milhões de mortos e uma Europa totalmente transformada.
Belle Époque 



A “Belle Époque”, do francês “bela época”, foi um período de grande otimismo e paz, desfrutado pelas potências ocidentais, sobretudo as europeias, entre 1871 até 1914, quando eclode a Primeira Guerra Mundial.
Esta “época áurea” foi possibilitada em grande parte pelos avanços científicos e tecnológicos, os quais tornaram a vida cotidiana mais fácil, bem como firmaram a crença de prosperidade e esperança no futuro.
Neste período aconteceram diversas mudanças, principalmente quando se trata de tecnologia. Muito do que aconteceu, como a invenção do telefone, do telégrafo sem fio, do cinema, do avião e do automóvel, inspirava a todos com novas percepções da realidade. Paris, com os balés, livrarias, óperas, teatros e diversas expressões de cultura, era considerada o centro produtor e exportador de cultura mundial. Estes ambientes tornaram-se, nesta época, muito comuns na rotina dos burgueses e apenas eles tinham acesso ao mundo da arte.
 
Principais Causas
Com o fim da guerra Franco-Prussiana, surge na Europa uma política de estabilidade, apesar da insatisfação francesa em perder os territórios de Alsácia-Lorena para a Alemanha em 1871, o que acabou gerando também uma tensão militar entre aquelas potências.
A despeito da corrida armamentista que se desenrolava, o clima de progresso da Segunda Revolução Industrial provocou um forte êxodo rural e favoreceu o desenvolvimento de uma cultura urbana cosmopolita e de divertimento, fomentada pelos avanços nos meios de comunicação e transporte.




Principais Características
O ponto marcante desta época foi o estilo de vida boêmio e otimista, com destaque para a França, a qual se tornou o centro Global de toda influência educacional, científica, médica e artística após a instauração da Terceira República Francesa, em 1870. Ademais, se a nação francesa era o polo difusor, Paris era o núcleo da Belle Époque Mundial.
Ora, foram criações francesas (parisienses) notáveis deste período: as políticas de saneamento público e urbanização de Haussmann – que renovaram Paris (drasticamente) sob os preceitos dos saberes médicos-higienistas e reduziram as taxas de mortalidade, tornando aquela um modelo para o Mundo; os cabarés, como o Moulin Rouge; a Torre Eiffel (1889); o Casino de Paris (1890); o Metrô de Paris, etc.




Paralelamente, a Belle Époque se desenvolvia nos Estados Unidos após a recuperação da crise econômica de 1873; no Reino Unido pós era vitoriana; na Alemanha do Kaiser Wilhelm I & II; e na Rússia de Alexandre III e Nicolas II. No Brasil, este período ficou marcado nas cidades de Fortaleza, Manaus e Rio de Janeiro, sobretudo após a Proclamação da República, em 1889.
De toda forma, pudemos vislumbrar em todo Ocidente, as revoluções provocadas com a melhoria nos transportes públicos de massa (trens e navios a vapor) ou individuais (Ford T e a bicicleta), pelas tecnologias de telecomunicações (telefone e telégrafo sem fio), ou pela substituição da iluminação a gás pela elétrica.
Do ponto de vista cultural, assistimos a multiplicação das livrarias, salas de concertos, boulevards, atêliers, cafés e as galerias de arte, principalmente as parisienses, de onde saíam quase todas as tendências estéticas e artísticas globais produzidas durante o período.
Não obstante, vale destacar enquanto movimento artístico da Belle Époque, o estilo “Art Nouveau”, um fazer ornamental de cores vibrantes e formas sinuosas, presente desde as fachadas dos edifícios até nos objetos decorativos, como joias e mobiliários. No âmbito da pintura, também se destacou o Impressionismo de Claude Monet (1840- 1926).
Outros artistas de renome da Belle Époque foram Odilon Redon (1840-1916), Paul Gauguin (1848-1903), Henri Rousseau (1844-1910), Pierre Bonnard (1867-1947), Émile Zola (1840-1902), dentre outros.
Apesar das inovações tecnológicas e científicas terem mudado o modo como a população vivia e enxergava o mundo, a Belle Époque também teve o lado negativo. Isso porque, com o avanço tecnológico vários tipos de armamento foram desenvolvidos para serem utilizados nas guerras. Assim, foram desenvolvidas bombas, carros blindados, canhões, metralhadoras, gases tóxicos e vários outros artefatos, uma maneira precipitada pois suas tecnologias científica se tornou uma arma contra eles já que sua tecnologia foi aplicada em armas de guerra de grande poder de destruição por potências como França, Rússia, Inglaterra e Alemanha.
 
A influência Europeia 

Eurocentrismo e etnocentrismo
O etnocentrismo é uma atitude de considerar sua própria cultura como superior ou melhor, inferiorizando as demais. Ou seja, é ter no seu centro de referência apenas a sua cultura.
De um modo geral, o termo se aplica a uma atitude coletiva de repúdio aos modos de vida de outras sociedades. Trata-se, fundamentalmente, de uma crítica aos costumes dos outros povos, ao mesmo tempo que se exaltam como pertinentes e corretos os hábitos e costumes daqueles que estão julgando os outros.
O princípio do julgamento etnocêntrico costuma ser aquilo que os antropólogos chamam de “choque cultural”, ou seja, o encontro de duas perspectivas culturais distintas.
Percebe-se, então, que toda perspectiva etnocêntrica é um julgamento de valor. Quem julga considera seu grupo como a fonte das manifestações verdadeiras, corretas e moralmente aprovadas. Todos os outros grupos são, portanto, algo que não atinge o mesmo padrão de qualidade daquele exposto pela sociedade do observador. Desse modo, aquele que julga toma a si mesmo como referência para avaliar todos os outros.
Esse tipo de atitude possibilita a manifestação de atitudes preconceituosas e discriminatórias, ou mesmo de organizações que têm por objetivo combater todos aqueles que não se enquadram nos comportamentos que, segundo elas mesmas, são os desejáveis e únicos a serem respeitados.
Decerto, essa é uma definição parecida com o eurocentrismo: a postura de ter os valores europeus, principalmente aqueles ligados à história da colonização e do racismo, como o seu centro de referência e verdade.
Portanto, é possível dizer que o eurocentrismo é um etnocentrismo. Entretanto, ele não é qualquer atitude etnocêntrica: o olhar eurocêntrico foi responsável por diversas violências e está relacionado com muitas desigualdades sociais.
A superioridade cultural do europeu sempre foi predominante pela sua influência e imposição. 
 
Os europeus apresentam uma visão preconceituosa sobre os demais povos, o etnocentrismo por vezes é denominado eurocentrismo. Trata-se da noção de que os padrões culturais do continente europeu são superiores ao dos demais povos. O Eurocentrismo designa a centralidade e superioridade da visão europeia sobre as outras visões de mundo. As pessoas eurocêntricas levam em conta somente os valores europeus.
O eurocentrismo é um sistema ideológico, donde a cultura europeia é colocada como a mais importante das culturas constitutivas das sociedades do mundo, no entanto, essa visão é tida como preconceituosa, já que não contempla as outras formas de expressões.
O eurocentrismo se apresenta universalista quando propõe a todos os povos imitar, nos termos simbólicos e princípios de realidade multifacetados (nos termos da cultura, economia, política e social), a expressão moderna de existir. Modernidade e Modernização são categorias constitutivas do discurso eurocêntrico.
O autor Samir Amin é sua obra “Eurocentrismo”, de 1988 descrever o termo como uma expressão ideológica de dominação.
 
O eurocentrismo como categoria histórica é uma perspectiva de conhecimento e pensamento que surgiu em alguns países da Europa Ocidental e que posteriormente se expandiu por grande parte do ocidente. Quanto ao período que emerge o conhecimento eurocêntrico ainda existem muitas controvérsias; se desde o século XV, com a descoberta das Américas, ou se desde o século XVIII quando a ciência se torna um conhecimento sistemático e atribuído como “superior” em relação a todas as outras formas de conhecimento.  
Há de considerar que nesse período, com as inovações tecnológicas a partir da Segunda Revolução Industrial (1850-1950), irão permitir um avanço das forças imperialistas de um modo sem precedentes na história. Sob a égide do progresso, as nações imperialistas do período moderno lançaram-se numa corrida civilizacionista pelo mundo. Seu domínio sobre outro país era justificado pelas correntes teóricas que pregavam o etnocentrismo, o qual afirmava a superioridade de alguns povos sobre outros. Nesse sentido, vale lembrar que os europeus se consideravam superiores a todos os outros povos. Também podemos citar aqui, o darwinismo social, que promovia a sobrevivência dos mais fortes como um fator social.Os países imperialistas, principalmente os europeus, dominaram e exploraram os povos de quase todo o planeta.
Trata-se ideológica de superioridade, tendo em vista a imposição de um modelo “ideal” de sociedade, como uma marcha inexorável das histórias locais e regionais, inseridas em uma história planetária, decide-se o destino do planeta, gerada a partir de uma determinada parte da Europa.   

O eurocentrismo é a perspectiva de conhecimento que foi elaborada sistematicamente a partir do século XVII na Europa, como expressão e como parte do processo de eurocentralização do padrão de poder colonial/moderno/capitalista. Em outros termos, como expressão das experiências de colonialismo e de colonialidade do poder, das necessidades e experiências do capitalismo e da euro-centralização de tal padrão de poder. Foi mundialmente imposta e admitida nos séculos seguintes, como a única racionalidade legítima. O colonialismo, o imperialismo e o neocolonialismo são expressões do capitalismo e das aspirações econômicas da burguesia. E com o passar do tempo, a Burguesia capitalista se consolida e passa a dominar o cenário político e econômico mundial.
Desta forma, observa-se o orgulho da burguesia europeia, devido aos seus avanços tecnológicos. A Belle Époque ou Bela Época foi um período marcado pela euforia provocada pelo progresso tecnocientífico.
[…] avanços tecnológicos, sociais e políticos alastravam-se pela Europa e pelos Estados Unidos numa escala nunca vista em qualquer outro período, um piscar de olhos da experiência humana. Einstein anunciou a sua teoria especial da relatividade, Marie Curie isolou o rádio, e Leo Baekeland inventou a baquelita, o primeiro polímero sintético. Telefones, gramofones, veículos motorizados, sessões de cinema e casas com eletricidade tornaram-se lugar-comum entre pessoas abastadas nas sociedades mais ricas. Jornais de circulação em massa adquiriram influência social e poder político sem precedentes[...]
Esse momento histórico criou um clima de grande entusiasmo. Esse entusiasmo com o progresso refletia-se também na própria vida cotidiana dos grandes centros urbanos – principalmente no continente europeu, como Paris, Londres e Viena – e era visto na moda, nos cafés, no teatro, nas praças e parques públicos, nas galerias de arte etc
Podemos dizer que tomam de empréstimo da Europa, valores, ideias e comportamentos, levando a perda da própria identificação. O respeito pela própria identidade não implica ter una visão etnocêntrica do mundo: pelo contrário, ao valorizarmos as diferenças culturais, estamos a realizar a nossa própria história.
Assim, o progresso torna-se uma necessidade para aqueles que enxergavam na civilização européia a própria civilização, as elites identificavam-se plenamente com ideais burguesa, imitando um modelo europeu de modernização, o caminho de acesso ao consumo do conforto material, característico da Belle Èpoque.
Dessa forma, a “bela época” testemunha um momento da história do Ocidente em que os homens esperavam um futuro melhor, encorajados pelas invenções que aos seus olhos se apresentavam. Construído pela burguesia, assimilada pelas demais classes, o que se têm em comum é um imaginário coletivo alimentado pela ideologia do progresso. O progresso também era, na visão dos contemporâneos da Belle Époque, esplêndido, claro, fixo, e “perfeitamente igual”. Mas também observa-se o racismo e o eurocentrismo, cultivados na Europa e típicos da Belle Époque.
A Primeira Guerra Mundial, estourada em julho de 1914, e toda a leva de destruição que veio com ela decretaram o fim do clima eufórico da Belle Époque, colocando em questão a própria razão de ser da civilização moderna. A Belle Époque termina com a Crise de 1929.

Observação: Etnocentrismo e Relativismo - conceitos antagônicos.

O modo do pensamento etnocêntrico toma os valores do grupo de referência como critérios de julgamento dos outros grupos, o Relativismo busca o abandono de seus valores de referência para abrir-se ao novo, pretendendo assim aumentar a possibilidade de entendimento dos outros grupos. Desse modo, enquanto o pensamento etnocêntrico tende a hierarquizar os grupos humanos de acordo com os valores daqueles que fazem a avaliação, o Relativismo exalta a diversidade, observando-a como a verdadeira expressão da humanidade. Nesse sentido, o Relativismo exalta a pluralidade cultural como ideal, ao passo que o Etnocentrismo enfatiza a singularidade dos valores e comportamentos.
O Etnocentrismo, enquanto conceito, designa um tipo de ação caracterizada pela sustentação de um grupo social como centro do mundo, detentor dos valores mais elevados e da moral mais apreciável. Nesse sentido, todos os outros grupos são julgados e pensados através dos valores deste primeiro grupo. Trata-se de uma forma de avaliar o grupo ou os grupos dos “outros” baseada simplesmente nos critérios estabelecidos pelo grupo do “eu” ou do “nós”. Um tipo de pensamento como este acarreta uma série de problemas, pois não apenas impossibilita a compreensão da diversidade cultural, mas também suscita inúmeros preconceitos, discriminações e, consequentemente, confl itos. Isto porque todos os grupos tendem a ser etnocêntricos, o que levará a disputas pelo domínio de uns sobre os outros. Nessa perspectiva, a diversidade é hierarquizada e a diferença, desvalorizada. O pensamento oposto ao etnocêntrico é o relativista. Nele ocorre uma incessante tentativa de “colocar-se no lugar do outro”, de tentar compreender suas motivações e seus pontos de vista. Não se trata aqui de um julgamento, pois os valores passam a ser vistos como relativos, mas sim de uma busca por compreender a si mesmo e aos outros. A diversidade aqui é a condição básica da humanidade, assim como a diferença.


AVANÇOS TECNOLÓGICOS, BURGUESIA CAPITALISTA, IMPERIALISMO E A CONQUISTA DE MERCADO.
A expansão para outros territórios já era uma prática comum para muitos Impérios antigos. Porém, o termo imperialismo foi cunhado para abarcar especialmente as políticas de expansão e de conquistas de novos mercados adotadas pelas potências industriais durante a segunda metade do século XIX.  


Na segunda metade do século 18, que surge em meio a um processo de revoluções políticas e tecnológicas, uma nova fase desse sistema econômico, o capitalismo industrial,  com o desenvolvimento do capitalismo Industrial, a expressão "burguesia" passou a designar a classe dos ricos proprietários de indústrias e dos grandes negociantes.

O Imperialismo é o nome dado para o conjunto de políticas que teve como objetivo promover a expansão territorial, econômica e/ou cultural de um país sobre outros.Os estados poderosos procuram ampliar e manter seu controle ou influência sobre povos ou nações mais fracas. 
Esse termo pode ser usado para fazer menção a acontecimentos modernos, mas é comumente utilizado para se referir à política de expansão territorial e econômica promovida pelos países europeus em boa parte do planeta no século XIX.
Esse último uso do termo Imperialismo também pode ser chamado de Neocolonialismo, pois foi um novo processo de colonização – dessa vez da África, Ásia e Oceania. Como o próprio nome já sugere, o Imperialismo foi responsável pela formação de gigantes impérios ultramarinos.

As causas da expansão imperialista ligaram-se às transformações de estrutura capitalista geralmente na Segunda Revolução Industrial e marcaram, o início do capitalismo monopolista e financeiro. Razões humanitárias, filantrópicas e culturais foram usadas para justificar a política imperialista; a Europa assume uma missão "civilizadora".

Estabelecido por potências europeias, como Inglaterra, Alemanha, Holanda e França, além dos Estados Unidos e do Japão, o imperialismo foi uma medida expansionista, que pregava a interferência em outros territórios com o objetivo de garantir os interesses da nação soberana. Muitas vezes, as atitudes colonizadoras passaram por cima das necessidades locais a fim de atender somente aos desejos do país conquistador.
 
A política colonizadora imperialista fundamentou-se na "diplomacia do canhão", ou seja, foi conseguida pela força, embora travestida de ideais que a justificavam: os colonos eram portadores de uma "missão civilizadora, humanitária, filantrópica e cultural" e estavam investidos de altruísmo, já que abandonavam o conforto da metrópole para "melhorar" as condições de vida das regiões para onde se dirigiam.
As Grandes Navegações, ocorridas entre os séculos XV e XVII, foram responsáveis pela conquista de uma série de territórios nas Américas pelas potências europeias da época. Na segunda metade do século XIX, houve uma retomada das expansões em um movimento que ficou conhecido como neocolonialismo. O objetivo das potências europeias, representadas por Inglaterra, França, Holanda e Alemanha, era buscar novos mercados para os produtos industrializados, bem como recursos naturais que favorecessem o desenvolvimento de novas tecnologias.

Durante imperialismo ou o ciclo neocolonialista, cerca de 25% das terras do planeta foram ocupadas por alguma potência imperialista.
  Inglaterra: aumentou seu território em 10 milhões de km2
  França: aumentou seu território em 9 milhões de km2
  Alemanha: aumentou seu território em 2,5 milhões de km2
  Bélgica e Itália: aumentou seu território em cerca de 2 milhões de km2

O Imperialismo mudou totalmente a organização do mapa da Terra. Impérios existentes nos continentes ocupados foram destruídos e suas populações foram colocadas sobre uma cruel exploração de seu trabalho.
O Imperialismo é fruto do desenvolvimento do capitalismo, que nasceu com as transformações causadas pela Revolução Industrial. Junto com a Revolução Industrial surgiram novas máquinas, novos meios de transporte, novos meios de comunicação, novas formas de explorar a produção e utilização de energia etc.  
A maior característica do capitalismo financeiro ou monopolista foi a expansão Imperialista.
A grandiosa acumulação de capital da indústria moderna era organizada de acordo com os trustes (fusão de diversas empresas do mesmo ramo), os cartéis (grupo de grandes empresas independentes que estabelecem entre si um acordo com o objetivo de controlar os preços ou o mercado de um determinado setor) e as holdings (empresa que domina o controle de ações sobre outras empresas, como possuidora da maior parte de suas ações). A Holding não intromete na produção, mas recebe seus lucros pagos pelas unidades produtoras.
A concorrência econômica gerou nas nações industrializadas uma intensa necessidade de obter fontes de matérias-primas e novos mercados consumidores para adquirir as mercadorias produzidas.
Além das motivações econômicas e industriais, o imperialismo também precisou de justificativas culturais e científicas para ser empregado de fato pelas principais potências.  No século XIX, época da supremacia econômica europeia e da expansão imperialista, ganhou força a teorias, doutrina,  racistas do filósofo inglês Herbert Spencer, conhecida como Darwinismo Social, sustentavam que os povos da África e da Ásia não conseguiriam se desenvolver por conta própria, defendendo a ideia de que o homem branco europeu teria a missão de levar o progresso e a inovação até esses locais “atrasados”. 
O Imperialismo chegou ao seu ponto de saturação no início do século XX, quando as tensões nacionalistas se tornaram mais veementes.
As disputas por novos mercados consumidores intensificaram as tensões políticas entre as principais potências industriais europeias, chegando por vezes a conflitos armados. É notável que esse quadro político contribuiu para a eclosão da Primeira Guerra Mundial, fruto direto da saturação imperialista, que viria a ocorrer na segunda década do século XX.