quinta-feira, 9 de julho de 2020

7º ANO - PET Volume 2 - 3ª Semana - (8ª Semana) - As descobertas científicas e a expansão marítima.

 IDADE MÉDIA - A PESTE NEGRA

A peste negra é como ficou conhecida a peste bubônica, doença causada pela bactéria Yersinia pestis, que atingiu o continente europeu em meados do século XIV. Os historiadores acreditam que a doença surgiu em algum lugar da Ásia Central e foi levada por genoveses para o continente europeu.

O resultado foi catastrófico, pois a doença atingiu praticamente todo o continente e resultou na morte de milhões de pessoas. As estimativas mais tradicionais falam que cerca de 1/3 da população europeia morreu por causa da crise de peste negra, mas algumas estatísticas sugerem que a quantidade de mortos possa ter ultrapassado a metade da população europeia.


 A peste negra foi um surto de peste bubônica que atingiu a Europa ao longo do século XIV, resultando na morte de, pelo menos, 1/3 da população.

Onde surgiu a peste negra?

A peste bubônica é uma doença causada pelo Yersinia pestis, uma bactéria que é encontrada em pulgas que ficam em ratos contaminados. Quando as pulgas contaminadas têm contato com seres humanos, a transmissão da doença acontece. A partir daí, a peste pode ser transmitida de humano para humano pelas secreções do corpo ou pela via respiratória.


Os historiadores acreditam que a peste negra surgiu na Ásia Central. Existem inúmeras teorias sobre o lugar específico onde a doença surgiu, mas a mais aceita sugere que o lugar de origem é a China e que, durante muito tempo, a peste tenha atuado exclusivamente na Ásia Central. A partir do século XIV, ela se espalhou por terra e por mar pelo Oriente.

Regiões como a Mongólia, parte da China, Síria, Mesopotâmia e Egito teriam sido atingidas no começo do século XIV, causando a morte de cerca de 24 milhões de pessoas nesses locais. A doença teve contato com os europeus por meio de um conflito que aconteceu em Caffa, colônia genovesa localizada na Crimeia (região atualmente disputada por Ucrânia e Rússia).

Difusão da peste negra pela Europa

A partir dos portos no litoral mediterrâneo, a peste negra difundiu-se pela Europa. Em 1347, a doença chegou à Sicília, ilha ao sul da Península Itálica; em 1348, chegou a Marselha, sul da França; em 1349, alcançou Gênova e o norte da Itália e, partir daí, espalhou-se por toda a Europa.

A difusão dessa doença levou morte por toda o continente europeu, uma vez que ninguém sabia o que a causava. Isso naturalmente fez surgir todo tipo de especulação a respeito das causas da peste. Alguns falavam que era um castigo divino, por exemplo; outros acusavam os judeus de serem os responsáveis.

Logo os europeus identificaram que a doença era altamente contagiosa. Uma das formas de contágio é a respiratória, assim, uma pessoa infectada pode facilmente transmitir por via respiratória ou por suas roupas, por exemplo, a doença para outros. A peste negra atuava de maneira fulminante, e a pessoa que a contraía falecia em questão de dias.

A peste transmitida pela via respiratória é conhecida como peste pneumônica. Segundo o historiador Hilário Franco Júnior, a pessoa doente falecia em até três dias depois de contraí-la. Já o historiador Jacques Le Goff fala que muitas das pessoas que demonstravam os sintomas da peste faleciam dentro de 24 horas após manifestar os primeiros sinais.

Como era a vida das pessoas durante a peste negra?

A difusão da peste negra resultou na morte de milhares de pessoas. A doença espalhou-se por cidades e pelo campo, embora tivesse ação mais mortal nos grandes centros urbanos. Locais inteiros foram devastados, e o caos disseminou-se. Algumas regiões da Europa começaram a perseguir os doentes, isolando os que adoeciam para deixá-los morrer. Em alguns casos, os doentes eram executados.

O escritor italiano Giovanni Boccaccio presenciou a peste negra com seus próprios olhos e deixou relatos a respeito do que viu. Ele falou dos sintomas, do alto grau de contágio da doença, mas também abordou o desmoronamento da ordem com a disseminação da peste, pois muitas das autoridades foram contaminadas e, eventualmente, faleciam. O relato de Boccaccio concentra-se no que ele presenciou em Florença, cidade italiana.

Boccaccio também falou das diferentes reações que as pessoas tiveram no período de crise da doença. Ele relata que muitos procuraram o isolamento, evitando manter qualquer tipo de contato com pessoas, sobretudo os que estavam doentes. Aqueles que eram mais ricos e possuíam propriedades de campo, fugiram das cidades e foram abrigar-se nesses locais afastados.

Com o tempo, os médicos perceberam que o contato com os doentes e com os corpos dos mortos não deveria acontecer. Com isso, os doentes eram isolados e o contato com eles era limitado àqueles que realizavam o tratamento médico. Padres também mantinham contato com os acometidos, principalmente porque realizavam os ritos religiosos relacionados com o perdão dos pecados e o funeral.


Os médicos que cuidavam dos que adoeciam de peste usavam uma roupa preta de couro e uma máscara em forma de bico de pássaro.

Essa percepção de que o contato com os doentes contribuía para disseminar a doença fez com que as famílias parassem de se reunir à beira daqueles que estavam doentes. Reuniões de funerais também acabaram deixando de acontecer, e os que tratavam dos doentes passaram a utilizar roupas específicas, feitas de couro, para impedir que as secreções dos doentes penetrassem no tecido. Os médicos também passaram a utilizar uma máscara em forma de bico de pássaro, que era preenchido com ervas aromáticas. Acreditava-se que essas roupas evitavam a contaminação.

Os padres foram um dos grupos que mais sofreram, pois tinham contato direto com os doentes e com os corpos dos que faleciam. Como muitos dos padres viviam em mosteiros, locais que havia uma grande aglomeração de religiosos – muitos em idade avançada –, quando um padre contraía a doença, ela era rapidamente transmitida para outros.

A historiadora Tamara Quírico trouxe um relato de um cenóbio (residência de monges), em Florença, onde cerca de ¾ dos religiosos que habitavam lá faleceram em decorrência da peste. Isso afetava os rituais funerários praticados, uma vez que não havia sacerdotes para atender a quantidade de mortos.

Além de não haver sacerdotes suficientes, não existiam coveiros, e os sepultamentos começaram a ser realizados em massa, isto é, em valas comuns, tamanha a quantidade de pessoas que morriam. Todavia, com a percepção de que os cadáveres também eram vetores de contaminação, muitos passaram a abandonar as práticas de sepultamento e começaram a incendiar os corpos dos falecidos. Até as roupas utilizadas pelos doenças e outros itens começaram a ser queimados.

Como já mencionado, muitas autoridades começaram a impor certo isolamento para evitar a propagação da doença. O cirurgião Guy de Chauliac, de Avignon, na França, falava que pais não podiam visitar seus filhos e vice-versa em razão do alto risco de contágio. Boccaccio relatou também que algumas obras para melhorar a limpeza e condições de higiene da cidade e a proibição da entrada de doentes também ocorreram em Florença
.

Consequências


O primeiro e o maior surto de peste negra ocorreu entre 1348 e 1350, mas outros surtos aconteceram ao longo de todo o século XIV. A peste foi uma doença que esteve presente na vida dos europeus até 1720, quando o último surto foi registrado em Marselha, na França. A atuação da doença na Europa ao longo do século XIV contribuiu para uma redução populacional drástica.
As estimativas tradicionais falam que a enfermidade foi responsável pela redução de 1/3 da população do continente europeu, mas alguns historiadores, como Jacques Le Goff, têm trazido novos dados, demonstrando que a quantidade de mortos possa ter sido maior que isso. Le Goff fala que entre metade e 2/3 da população europeia possa ter morrido por causa da doença e, em alguns locais, como a Inglaterra, ele sugere que a mortalidade esteve na casa dos 70%.

No século XIV a Igreja Católica ainda predominava na Europa. Dessa forma, os fiéis procuravam a resposta na figura divina. A instituição religiosa, por sua vez, culpava  os judeus, afirmando que a punição era para este grupo.

Os padres abençoavam as pessoas infectadas, pois acreditavam que era um castigo de Deus. E, consequentemente, eram os mais afetados por conta do contato direto com fiéis infectados.

Os cientistas diziam que a doença estava relacionada com a regulação dos planetas. As especulações aumentavam, pois a medicina e tecnologia não tinham explicações concretas das causas e tratamentos da pandemia.

A falta de mão de obra foi uma das consequências deixadas pela peste negra. Sabe-se que a crise do Feudalismo também sofreu influências,uma vez que os senhores feudais precisavam reforçar o compromisso com os servos, já que era a única forma de mantê-los trabalhando.

Como consequências, houve: 

• Ascendência da burguesia sobrevivente;
• Diminuição da produção e do consumo;
• Redução da população; 


 
A PESTE NEGRA E O COVID 19
  “No século 14, a peste negra gerou um pânico na população muito parecido ao que estamos vivendo agora. As pessoas ficaram isoladas, ninguém saia às ruas, com medo de entrar em contato com os miasmas, gases venenosos que supostamente estariam por trás da doença”.  
Tanto a Peste Negra como o COVID 19 tem as mesma origens, são originárias do Continente Asiático; o potencial de infecção é alto; e sua cura depende de estudos, para obter remédios e ou vacinas para sua cura.

Claro que o ar não tinha nada a ver com a questão: a peste bubônica, nome correto da condição, é provocado pela bactéria Yersinia pestis, que acaba transmitida ao ser humano por meio de pulgas, piolhos que  infestam ratos e outros roedores. A
enfermidade bubônica, isto é, a Peste negra, o infectado pode transmiti-la, seja pela respiração, pelo sangue ou pela secreção que sai do bubão, é bastante contagiosa.
Acontece que, naquela época, Europa e Ásia eram um verdadeiro lixão a céu aberto. Sem nenhum tipo de saneamento básico, as pessoas jogavam as próprias fezes no meio da rua. Se um indivíduo passasse distraído no momento do despejo de excrementos, corria o risco de voltar para casa completamente sujo e fedido.  

Esse cenário insalubre foi perfeito para que ratos, pulgas, piolhos e bactérias fizessem a festa.

O quadro O Triunfo da Morte, do holandês Pieter Bruegel (veja abaixo), dá uma noção poética e macabra do caos no período da peste negra: corpos amontoados são levados em carroças puxadas por caveiras. Mais dramático, impossível, não?

“No século 14, muita gente passou a adotar o hábito de pendurar dentes de alho no pescoço, para se proteger dos ares contaminados”, conta. Pois é, apostar em soluções milagrosas (e aparentemente sem sem nexo) já é uma tradição de séculos… Hoje, para combater o coronavírus, é possível encontrar receitas caseiras que envolvem o mesmíssimo alho, ou outros ingredientes como o vinagre, o limão e a cúrcuma. Infelizmente, isso não passa de crendice popular. 
 
Ainda vale mencionar que a própria noção de quarentena surgiu nesse período da história: 
Foi durante a Peste Negra que a cidade de Veneza adotou o conceito de quarentena, herdado do Velho Testamento da Bíblia como tempo de isolamento para surtos de hanseníase na antiguidade. 
Veneza, na Itália, foi bastante atingida pela peste negra  (a epidemia provavelmente começou ali, acreditam alguns historiadores). Um membro do clero sugeriu que se adotasse a restrição de circulação livre das pessoas, especialmente daquelas que chegavam em barcos e navios.
 
É óbvio que existem inúmeras e evidentes diferenças entre a peste negra e a Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. Pra começo de conversa, a primeira é causada por bactérias (Yersinia pestis) e a segunda por vírus e ainda não se sabe com certeza de onde esta sendo a transmissão desse vírus (morcegos??? pangolins???).

Na Peste Negra a porcentagem de morte girava em torno de 60 a 80% dos infectados, já o Covid 19 apenas 3% não resistem a doença.
Mesmo com suas diferenças biológicas, sociais, temporais e geográficas, as pandemias costumam resguardar alguns pontos em comum, como o caos social, mudanças de comportamento e disseminação de informações falsas.
 Hoje, as recomendações de prevenção à Covid-19 têm foco total em isolamento social e em maiores cuidados higiênicos, primeiro passo quase universal para impedir a proliferação das enfermidades. 

Também devemos levar em conta que a ciência evoluiu demais nos últimos setes séculos: em 1 300 e pouco, nem se sabia da existência de micro-organismos, que dirá de remédios ou vacinas eficazes de combatê-los.

A medicina passou por uma verdadeira revolução a partir da segunda metade do século 20. Os cuidados com a higiene também melhoraram muito. Hoje, a possibilidade de realizar pesquisas é significativamente maior, o que dá esperanças de um controle mais rápido e efetivo da pandemia. 

Fica clara a necessidade de investir e valorizar cada vez mais as pesquisas científicas, os estudos e os profissionais da saúde. Afinal, mesmo com históricos de pandemias, ainda temos muito o que avançar para impedir que esse tipo de fenômeno volte a assolar de forma terrivelmente fatal a humanidade.

OS MAPAS E SUA FUNÇÃO

O desenho de mapas pelos povos antigos tinha uma função principalmente prática: marcar fronteiras, indicar as terras férteis, a localização de água e as rotas de comércio. Foi entre os gregos que se iniciou a tentativa de descrever, em uma representação, a Terra como um todo. Por volta de 500 a.C., Hecateu de Mileto produziu o que é considerado o primeiro livro sobre geografia. Nele, há uma representação da Terra como um disco, com a Grécia no centro.

MAPAS DO SÉCULO XV E XVI

a Terra como um todo. Por volta de 500 a.C., Hecateu de Mileto produziu o que é considerado o primeiro livro sobre geografia. Nele, há uma representação da Terra como um disco, com a Grécia no centro.... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/mapas-evolucao-das-cartas-aprimorou-representacao-do-mundo.htm?cmpid=copiaecola

o desenho de mapas pelos povos antigos tinha uma função principalmente prática: marcar fronteiras, indicar as terras férteis, a localização de água e as rotas de comércio. Foi entre os gregos que se iniciou a tentativa de descrever, em uma representação, a Terra como um todo. Por volta de 500 a.C., Hecateu de Mileto produziu o que é considerado o primeiro livro sobre geografia. Nele, há uma representação da Terra como um disco, com a Grécia no centro.... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/mapas-evolucao-das-cartas-aprimorou-representacao-do-mundo.htm?cmpid=copiaecola

Henricus Martellus – Mapa-múndi – 1489

O mapa-múndi de Martellus tem alguns aspectos bem interessantes. O sul da África conta com uma passagem, o Cabo das Tormentas (Cabo da Boa Esperança), caminho descoberto alguns anos antes por Bartolomeu Dias. O mapa tinha influências ptolomaicas, ou seja, usou informação das tabelas de Ptolomeu (87-50 a.C.), foi “aparentemente a primeira pessoa que optou por este procedimento”  para ser desenvolvido. As informações de Ptolomeu (observações) já davam conta da curvatura da Terra, tanto que os primeiros mapas construídos com esses dados já resultavam numa aparência distorcida (devido a curvatura da Terra), o que futuramente fez com que houvesse a necessidade de se pensar em projeções cartografícas.
Retrata a moderna configuração do continente africano, entre o Mediterrâneo e o Índico.
Outro aspecto interessante no mapa é a”cauda do Dragão”, que era o nome dado para uma península fantasma no sudeste da Ásia. Essa península fantasma formava a costa leste do Golfo da Tailândia a leste da Chersonesus Aurea (Malásia). O mapa de Martellus é provavelmente o primeiro mapa ptolomaico que contém a cauda do Dragão, já que mapas anteriores mais ou mesmo do mesmo período deixavam o Oceano Índico cercado por terra.
O facto de Martellus Germanus ter elaborado o seu mapa-mundi a partir de originais portugueses desaparecidos, realça o seu excepcional valor, dada a escassez de monumentos cartográficos portugueses executados no século XV por um lado, e, por outro, vem contribuir para a desmistificação da polêmica questão da “política de sigilo”, no mapa não consta os territórios americanos,  tese esta, que deve ser apenas encarada como hipótese. Dada a abundante presença de estrangeiros na corte de Lisboa, interessados no comércio das nossas espécies cartográficas, o pretenso cuidado dos monarcas portugueses teve limitados ou nulos efeitos. 
O “Theatrum Orbis Terrarum” (“Teatro do Globo Terrestre”) de Abraham Ortelius, publicado em 1570.
Cartógrafo belga nascido em Antuérpia, conhecido como o pai do Atlas Moderno, responsável pelo Theatrum Orbis Terrarum (1570).
Considerado, na cartografia, como o primeiro atlas moderno, podemos observar que no mapa de Ortelius, criado após as intensas explorações marítimas é retratado o Continente Américano devido ao fato de ter sido retratado após o Descobrimento do Continente.
O Typus Orbis Terrarum, que cobria o mundo inteiro de pólo a pólo, revelando a forma e o tamanho dos continentes com base no conhecimento da época. Baseando-se em registros de viagem de grandes navegadores, como por exemplo Marco Polo.

As Dificuldades do século XIV e o arranque da expansão
Os motivos que levou os portugueses ao empreendimento das Grandes Navegações foi a progressiva participação lusitana no comércio europeu no século XV, em razão da ascensão de uma burguesia enriquecida que investiu nas navegações no intuito de comercializar com diferentes partes do mundo.
O século XVI foi marcado por uma grave crise demográfica, económica e social que afetou profundamente a Europa.no início do século XV a economia estava a recuperar, a população aumentou, a produção voltou a crescer e o comércio desenvolveu-se. Contudo, a Europa tinha falta de metais preciosos para cunhar a moeda. A falta de ouro e prata para pagar as especiarias e os produtos de luxo do Oriente prejudicava o comércio, por isso alguns países europeus,como Portugal, desejavam chegar às terras do ouro em África. Desejavam também chegar à origem dos produtos do Oriente, para não terem de pagar elevados preços que cobravam os mercadores árabes que dominavam as rotas de comércio asiático.
O aumento da população e o desenvolvimento do comércio contribuíram para a necessidade de expansão dos povos da Europa . A busca de novas rotas comerciais e a procura de novas terras vistas como saídas para a crise. Era preciso expandir mas para onde?
O que levou os portugueses ao empreendimento das Grandes Navegações foi a progressiva participação lusitana no comércio europeu no século XV, em razão da ascensão de uma burguesia enriquecida que investiu nas navegações no intuito de comercializar com diferentes partes do mundo.
Outro motivo não menos fundamental que os outros expostos, que ajudou no processo do empreendimento português, foi o estudo náutico realizado na Escola de Sagres, sob o comando do astuto infante D. Henrique, o navegador (1394-1460).
A Escola de Sagres foi consolidada na residência de D. Henrique e se tornou uma referência para estudiosos como cosmógrafos, cartógrafos, mercadores, aventureiros entre outros. Iniciando o processo de conquistas pelos mares, os portugueses no ano de 1415 dominaram Ceuta, considerada primeira conquista dos europeus durante a Expansão Marítima.
Geocentrismo e Heliocentrismo
Por volta de 350 a.C., na Grécia antiga, Aristóteles desenvolveu uma teoria que defendia a ideia de que a Terra era o centro do universo e nove esferas ficavam girando em torno dela. Posteriormente, no século II d.C., o matemático e astrônomo Claudio Ptolomeu reforçou esse pensamento e elaborou a teoria Geocêntrica, também chamada de sistema ptolomaico. 
 Segundo essa teoria, a Terra está no centro do Sistema Solar, e os demais astros orbitam ao redor dela ao longo de um círculo (epiciclo).
A teoria heliocêntrica já vinha sendo desenvolvida durante o século III a.C., através de observações do astrônomo grego Aristarco de Samos. No entanto, somente no século XVI d.C. foi que Nicolau Copérnico sistematizou uma teoria que contrapunha o modelo geocêntrico, sendo denominado heliocentrismo. 
 Nicolau Copérnico (1473 – 1543), considerado o fundador da astronomia moderna, nasceu na Polônia e desenvolveu conhecimentos nos campos da matemática, geografia e astronomia. Sua teoria heliocêntrica afirmava que a Terra e os demais planetas se moviam ao redor de um ponto vizinho ao Sol, sendo, este, o verdadeiro centro do Sistema Solar. A alternância entre dias e noites é uma consequência do movimento que a Terra realiza sobre seu próprio eixo, denominado movimento de rotação. 


Rapidamente, a Igreja Católica se opôs à teoria heliocêntrica, e Copérnico só autorizou a divulgação de seus dados matemáticos que comprovavam a teoria após sua morte, pois temia ser condenado por heresia pela Igreja Católica.

Posteriormente, Galileu Galilei, durante o século XVII, reforçou a teoria heliocêntrica através de observações com lunetas holandesas. Como consequência de seu “atrevimento”, Galileu foi julgado pelo tribunal da Inquisição, tendo como opção negar sua teoria ou ser queimado na fogueira da Inquisição. Sem muitas alternativas, sua teoria foi negada.

Porém, o heliocentrismo foi sendo aperfeiçoado por cientistas e astrônomos como Michael Maestlin, Johannes Kepler e Isaac Newton, e, atualmente, é a teoria mais aceita pela comunidade científica. A Igreja Católica, por sua vez, só aceitou esse modelo de Sistema Solar em 1922


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