quarta-feira, 29 de julho de 2020

2º Ano - PET Volume 3 - 1ª Semana (10ª Semana) - A economia no Brasil Imperial

História da Economia Brasileira

https://www.youtube.com/watch?v=CvVtzDFoQmU

Os Ciclos Econômicos do Brasil: https://www.youtube.com/watch?v=9gvlUomHh2g

O dinamismo econômico do Brasil está relacionado a processos socioeconômicos e históricos e ao estabelecimento de sua sociedade, organização política e cultura. Veja um resumo dos principais fatos ocorridos na história da economia brasileira.

A economia no início da colonização

O primeiro processo econômico desenvolvido em terras brasileiras no século XVI foi a exploração do pau-brasil. Surgiram então as feitorias no litoral atlântico, onde a madeira retirada da floresta era armazenada e depois encaminhada para a metrópole.


O plantation foi um sistema de exploração colonial utilizado entre os séculos XV e XIX principalmente nas colônias europeias da América, tanto a portuguesa quanto em alguns locais das colônias espanholas e também nas colônias inglesas. Através dos grandes latifúndios, com suas extensas terras, era possível produzir em grande escala um único produto, o que se denomina de monocultura. No Brasil, utilizou-se inicialmente a cana-de-açúcar, mas depois veio o algodão, o fumo e o café. Geralmente eram produtos tropicais que eram plantados nesses latifúndios.


Na metade do século XVI, com a implantação das lavouras de cana-de-açúcar e o estabelecimento de engenhos para a sua produção, atividade econômica que se desenvolveu principalmente no Nordeste.

Mas a ampliação do negócio açucareiro teve um alto custo ambiental, que foi a devastação da Mata Atlântica, além dos impactos sociais decorrentes da mão-de-obra escrava e da concentração de terras gerada pela histórica apropriação de terras no Brasil.

Nessa época, outro setor bem desenvolvido pela Coroa portuguesa foi o tráfico negreiro, que fornecia mão-de-obra para os canaviais. Ainda nesse período, surgiram os primeiros núcleos urbanos, e a cidade de Salvador foi fundada para sediar o governo português na colônia.

O ciclo da cana-de-açúcar

O segundo ciclo econômico foi o da cana-de-açúcar que durou até o final do século XVIII. Entre os motivos que levaram os portugueses a cultivarem essa cultura, podemos destacar: as condições climáticas e pedológicas (solo) eram favoráveis à germinação.


O Império Português já possuía técnicas de plantio, uma vez que havia plantado em outros locais e, principalmente, o açúcar era um produto de alto valor no mercado europeu. Cabe destacar que o sistema de plantio utilizado foi o plantation:

  • caracterizado pela monocultura, no caso, somente cana;
  • pelo latifúndio (enormes áreas de terras);
  • uso de mão de obra escrava proveniente da África;
  • e plantação voltada para o mercado externo, especialmente para Europa.

Esse ciclo entrou em crise graças à União Ibérica (domínio espanhol sobre o português, inclusive das colônias), pois, dessa forma, os espanhóis expulsaram os holandeses que plantavam cana no Nordeste.

Assim, os holandeses foram plantar cana-de-açúcar na América Central (na área insular – ilhas – conhecida como Antilhas ou Caribe), passando a ter o controle sobre a distribuição e a comercialização do açúcar.

Durante o século XVII, tivemos a economia açucareira ao mesmo tempo em que desenvolveu-se a pecuária, como atividade complementar. No final do século temos as primeiras ocorrências de ouro.

A pecuária, Mineração e as drogas do sertão.

Durante o século XVIII, as atividades econômicas tornaram-se mais diversificadas. Destaca-se a ocupação do interior do território, principalmente com a mineração e a presença da pecuária no sul do país, neste caso para a produção de carne, abastecendo a região sudeste.

Nos séculos XVII e XVIII, tiveram início a atividade pecuária, a organização de expedições para a captura de indígenas, transformados em escravos, e a exploração do interior em busca de metais preciosos.

A criação de gado bovino, que abriu os sertões nordestinos para os luso-brasileiros, tomou-se uma atividade econômica de grande rentabilidade, O mesmo sucedeu com a mineração, após a descoberta do ouro pelos bandeirantes paulistas nos últimos anos do século XVII.


A extração de metais preciosos assumiu tamanha importância que a sede do governo foi transferida de Salvador para a cidade do Rio de Janeiro, o porto do ouro, mais próximo dos núcleos de garimpeiros da “região das minas”. Ao mesmo tempo, a multiplicação das vilas mineiras criou, pela primeira vez na colônia, uma vida urbana de maior densidade, marcada por movimentos culturais, como a poesia dos árcades e a arquitetura e escultura do Barroco mineiro.

Outro destaque econômico do século XVIII foram as chamadas “drogas do sertão“, extraídas da Floresta Amazônica: produtos locais como cacau, baunilha e urucum alcançaram altos preços como condimentos.

Os Tratados de 1810

Os tratados de 1810 compreendiam entre eles: o Tratado de Comércio e Navegação, e o Tratado de Amizade e Aliança.

A transmigração da Família Real Portuguesa atendeu sem dúvida às necessidades do comércio inglês, sufocado pelas imposições do Bloqueio Continental. O fim do exclusivo no Brasil possibilitou a abertura de um canal para o escoamento das mercadorias britânicas estocadas.

Como consequências dos Tratados de 1810, podemos assinalar: anulação da burguesia mercantil lusa no comércio com o Brasil, em favor do crescimento do comércio britânico; invalidação, na prática, do Alvará de Liberdade Industrial, retardando o desenvolvimento industrial brasileiro; início da preponderância britânica sobre o Brasil, que seria incorporado à órbita do capi­talismo inglês.

Com a facilidade de mercadorias, não haviam muitos motivos para desenvolver uma indústria que competisse com a Inglaterra (já que ela dominava o mercado brasileiro), logo, o desenvolvimento industrial do Brasil não avançou como poderia ter avançado, isto é, o Tratado de Comércio e Navegação impediu/prejudicou o desenvolvimento da indústria brasileira.

A Economia no Brasil Imperial: https://www.youtube.com/watch?v=ou_xRFWE0zY


Economia do Primeiro Reinado e Segundo reinado:


A economia do Brasil era extremamente diversificada no período pós-Independência, mas foi necessário um grande esforço por parte do governo monárquico para realizar a transmutação de sistema econômico puramente escravocrata e colonial para uma economia moderna e capitalista. Contudo, a monarquia fora capaz de manter até o fim de sua existência o extremamente notável crescimento econômico iniciado com a vinda do então príncipe-regente dom João ao Brasil. Isto foi possível, em parte, graças ao liberalismo adotado pelo regime monárquico, que favorecia a iniciativa privada.

Em 1822, quando o Brasil se tornou independente e ocorreu o início do período imperial, a economia nacional era praticamente toda baseada na exportação de matérias-primas. Havia, anteriormente, falta de verba e as cidades eram quase totalmente autossuficientes, ou seja, o mercado interno era pequeno e as fazendas e vilas se dedicavam quase que exclusivamente à criação de animais e à produção de alimentos.

Já na primeira metade do século XIX, o então vigente Estado Imperial realizou intensos investimentos na infraestrutura do país, sobretudo nas estradas e nos portos. Tal feito possibilitou uma melhoria na relação comercial e na comunicação entre regiões. Dessa forma, pode-se dizer que no período pós-independência a economia brasileira se diversificou bastante, contudo, a alteração de um sistema escravocrata para uma economia capitalista e liberal necessitou de grande esforço governamental, que até então era defensor do regime monárquico.

Como em toda nova economia, a carência de capital se tornou um empecilho a ser superado pelo Brasil da época. Foi utilizada, como estratégia, uma política de grande incentivo às exportações, na intenção de alcançar o superavit financeiro (exportar mais do que importar). Entretanto, os planos foram atrapalhados pela falta de produtos manufaturados, o que acabou gerando um aumento de importações, levando a um déficit contínuo.

Mesmo com fatores contrários, dúvidas e o endividamento, a monarquia brasileira obteve sucesso em manter o desenvolvimento econômico do Brasil Imperial, enquanto esse durou, gerando grande crescimento do país.

Para um país carente de capitais, seria necessário investir o tanto quanto possível nas exportações, buscando alcançar uma balança superavitária. Contudo, tal feito fora complicado pela completa falta de produtos manufaturados no país, que resultou num aumento considerável das importações, criando um déficit contínuo.

Nos anos 1820, o Brasil exportou cerca de 11 mil toneladas de cacau, enquanto em 1880 o valor foi de 73.500 toneladas. Entre os anos 1821 e 1825, exportou-se 41.174 toneladas de açúcar, que atingiu o incrível valor de 238.074 toneladas entre 1881 e 1885. Até 1850 a produção de borracha fora insignificante, mas em entre 1881 e 1890, alcançou o terceiro lugar nas exportações brasileiras. Foram ao todo cerca de 81 toneladas entre 1827 e 1830, atingindo 1.632 toneladas em 1852, e em 1900 foram 24.301.452 toneladas. Exportou-se também, cerca de 3.377.000 toneladas de café entre 1821 e 1860, enquanto entre 1861 e 1889 alcançou 6.804.000 toneladas. A inovação tecnológica também contribuiu para o crescimento das exportações, como citado anteriormente. A principal razão foi à adoção da navegação a vapor e de ferrovias, que permitiu ao transporte de carga tornar-se bem menos oneroso e muito mais rápido. O valor absoluto das exportações do Império em 1850 era o mais elevado da América Latina (o triplo da Argentina, que estava em quarto lugar) e manteria esta posição (inclusive em termos econômicos gerais) ATÉ O FINAL DA MONARQUIA.

Com a falta de produtos manufaturados no país, muitos produtos eram importados. A maior parte das importações eram tecidos, vinhos, sabões, comestíveis, perfumarias, dentre outros. Até a década de 1850, itens como carvão, maquinaria, cimento, ferro, ferramentas e artigos de ferro representavam 11% das importações brasileiras em relação à Grã-Bretanha.

O Brasil comercializava produtos cujo preço e exportação estavam a cair, tais como algodão, açúcar e tabaco.

A comercialização do café, por usa vez, começava a se expandir. Contudo, o desenvolvimento do “ouro preto” como era chamado, não foi suficiente para evitar a crise econômica dessa época.

A economia durante do Segundo Reinado era baseada na agroexportação. Esse foi o período de auge da exportação de café para a Europa.

 

O café

Durante quase todo o século XIX o principal produto de exportação brasileiro foi o café. Seu desenvolvimento foi estimulado pela crescente procura por este produto no mercado internacional e por novas técnicas de industrialização e de transporte. A economia cafeeira foi acompanhada pela transição do trabalho escravo para trabalho livre, pela imigração em massa e pelo surto industrial causado pela Tarifa Alves Branco1.

Nas últimas décadas do século XIX, antes da abolição da escravatura, o Brasil passou a incentivara vinda de imigrantes livres para trabalhar na lavoura do café.

Base das finanças do Império, o café fortaleceu os laços da economia brasileira com o mundo, trouxe avanços no transporte coletivo por meio da construção de ferrovias e favoreceu a expansão da periferia nas áreas não-cafeeiras.

Ainda hoje, permanece como um dos principais produtos brasileiros de exportação, embora não disponha mais da importância política e sociocultural que assumiu durante a República Velha (1889-1930), quando a elite de cafeicultores paulistas concentrou em suas mãos o poder político nos municípios de São Paulo, no governo estadual e no plano federal.

Com as vendas do café, a agroexportação brasileira criou as bases necessárias para o desenvolvimento industrial na região Sudeste. Os empresários eram, em geral, antigos cafeicultores ligados às firmas exportadoras, que, com a queda das cotações do produto no mercado internacional, passaram a investir cada vez mais em máquinas.

Trazidos para o cultivo dos cafezais, os imigrantes forneceram boa parte dos primeiros contingentes da força de trabalho operária. Alguns mais audaciosos ou afortunados tornaram-se empresários, lançando pequenas indústrias têxteis, de alimentos e utensílios domésticos, que brotavam nas cidades fundadas junto às ferrovias e atendiam ao mercado regional. Foi essa a origem de impérios fabris como o de Francisco Matarazzo, criador do maior complexo industrial da América Latina nas primeiras décadas do século XX.

Tarifa Alves Branco


A Tarifa Alves Branco foi uma medida da política tarifária (de caráter alfandegário) protecionista, criada pelo ministro da fazenda Manuel Alves Branco, em 1844 (durante o reinado de Dom Pedro II).

Esta taxa incidia sobre os produtos importados pelo Brasil (cerca de 3 mil mercadorias). Os produtos importados que possuíam similares no Brasil foram taxados com 60% de impostos. Já os que não tinham similares brasileiros foram taxados com uma alíquota de 30%. Vale lembrar que antes desta revisão tarifária, os produtos estrangeiros (principalmente britânicos) entravam no Brasil com alíquota de apenas 15%.

A Tarifa Alves Branco foi aplicada no Brasil até meados da década de 1860.

Objetivos principais da Tarifa Alves Branco

- Desestimular a importação de mercadorias, favorecendo assim os produtos nacionais.

- Diminuir o grande déficit da balança comercial brasileira, tornando-a superavitária.

- Diminuir o déficit fiscal brasileiro.

- Incentivar o desenvolvimento de manufaturas no Brasil, que existiam em número muito baixo até então.

- Acabar com a dependência brasileira dos produtos manufaturados ingleses.

A Tarifa Alves Branco acabou gerando a instalação de muitas fábricas no Brasil, criando mais empregos em território nacional. Ela também intensificou a substituição dos produtos importados pelos nacionais. Porém, foi somente no final do século XIX e começo do XX, que a indústria brasileira deu um grande salto desenvolvimentista.

O Processo da Industrialização do Brasil

O desenvolvimento das atividades agrícolas, principalmente a cafeicultura no Centro-Sul, criou condições de acumulação de capitais para o aparecimento e desenvolvimento das atividades industriais..

O Brasil conheceu o seu primeiro grande surto industrial já durante o Segundo Reinado, teve como um de seus principais personagens Irineu Evangelista de Sousa (1813-1889), o Barão de Mauá. Natural do Rio Grande do Sul, o Barão de Mauá decidiu investir capital na economia brasileira após uma viagem realizada à Inglaterra na década de 1840, entre outros investidores da época. No entanto, podemos dizer que o país se industrializou de maneira mais sólida somente na primeira metade do século XX.


Barão de Mauá teve uma atividade econômica que se assemelhava a dos empresários capitalistas modernos da Europa e dos EUA, em decorrência principalmente das diversas atividades em que investiu. As condições criadas pela Tarifa Alves Branco (1844), com a criação de impostos sobre produtos importados, auxiliaram em seus negócios. Fundando inicialmente seu primeiro grande negócio com um estaleiro de construções navais, as ações de Mauá ganharam maior vulto quando, em sociedade com ingleses e portugueses, fundou os bancos Mauá, MacGregor & Cia. e a Casa Mauá & Cia, que chegaram a ter filiais em Londres, Paris, Nova Iorque, Montevidéu, Buenos Aires e diversas outras cidades.

O controle do capital financeiro permitiu a Mauá investir nas áreas de estaleiros navais, velas, curtumes, fundição de ferro e bronze, caldeiraria, serralheria, mecânica e também na área de comunicação, como na constituição de empresas de transportes navais, construção de ferrovias e infraestrutura de comunicação internacional.

Site: https://alunosonline.uol.com.br/historia-do-brasil/barao-maua-industrializacao-no-imperio.html

No início do século XX surgiram as primeiras indústrias no país no e eram basicamente indústrias de bens de consumo não-duráveis (alimentícias, têxteis, etc.). Impulsos de ordem econômica, como a dificuldade do país em importar devido à crise do preço dos produtos agrícolas nacionais, favoreceram a industrialização após 1930.

A multiplicação das fábricas tornou ainda mais nítidas as vantagens do Sudeste enriquecido pelo café em relação às demais regiões brasileiras, que não dispunham de tecnologia e infraestrutura para competir com a escala industrial de São Paulo e Rio de Janeiro.

Para se ter uma ideia do potencial econômico do país durante o Império, caso "tivesse podido manter o nível de produtividade conquistado em 1780 e conseguido ampliar as exportações com ritmo igual ao verificado na segunda metade do século XIX, sua renda per capita em 1950 seria comparável à da média dos países da Europa Ocidental, e o país não se teria atrasado tanto". Ou seja, no início da segunda metade do século XX, não só o país seria mais rico, mas o povo brasileiro também, que por sua vez teria uma condição de vida muito superior a existente atualmente. Para João de Scantimburgo, o que "atrasou política, econômica e socialmente o Brasil foi a primeira República, e suas consequências se estenderam pelo futuro".

Enquanto a República Velha procurava beneficiar os cafeicultores, Getúlio Vargas, desde a década de 1930, com sua política de protecionismo nacionalista, acelerou o processo industrial brasileiro com a concessão de créditos aos empresários.

Nas décadas seguintes, surgiram poderosas empresas estatais, como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Petrobras, a Usiminas e a Companhia Vale do Rio Doce (privatizada na década de 1990 e atualmente denominada Vale).

Países em desenvolvimento

País Periférico

Existem várias expressões para designar os países de menor desenvolvimento, tais como subdesenvolvidos, terceiro mundo, pobres, entre outros. Há também uma forma bastante difundida para a classificação de países com características econômicas inferiores, denominada de economias periféricas, que se difere das economias centrais, ou seja, de países desenvolvidos.

Essa expressão surgiu na década de 50, na América Latina, estabelecendo uma ligação entre o sistema capitalista e seus reflexos negativos relacionados às desigualdades sociais, desse modo as economias periféricas ficariam fora do desenvolvimento e da acumulação de capitais, ou seja, da prosperidade econômica. Lembrando que muitos países que se configuram socialistas, como Coréia do Norte e Cuba, também enfrentam o problema da pobreza, deixando evidente a ineficácia da idéia de que apenas o capitalismo é responsável pela pobreza.

Nesse mesmo contexto foi criada uma expressão para designar outra categoria de países, denominados de semiperiferia, nos quais se enquadram um grupo de nações que possui características de subdesenvolvimento, porém já alcançou um nível mais elevado de industrialização, podemos destacar nesse grupo Turquia, Índia, Brasil, Argentina, México entre outros.


Industrialização Tardia

Muitos países subdesenvolvidos e de economias periféricas se encontram localizados geograficamente no hemisfério sul, às vezes são referidos como países do sul, ou seja, subdesenvolvidos.


A partir dessa afirmação fica fácil identificar os países e continentes de economia e industrialização frágeis, localizados, sobretudo, no Continente Africano, América Latina, Ásia e alguns países da Oceania. Faz-se necessário ressaltar que essa condição dos continentes mencionados são heranças do processo passado de colonização e descolonização.


Um país de economia periférica é o retrato de um baixo nível de industrialização, apesar de que nas últimas décadas esse panorama tenha se modificado um pouco. Os países de economias periféricas geralmente têm sua atividade econômica restrita à produção primária (agricultura, pecuária, extração de recursos naturais, mineração), quando existem indústrias a produção se resume em bens de consumo não-duráveis.


Apesar de estarmos em pleno século XXI, muitos países ingressaram somente agora na perspectiva da Primeira Revolução Industrial, isso significa que suas indústrias produzem mercadorias de baixa tecnologia como tecidos, móveis, bebidas, alimentos entre outros. Poucas foram as economias desse grupo de países que ingressaram na Segunda Revolução Industrial que tem como base de produção a fabricação de automóveis, eletrodomésticos entre outros bens de consumo.


Esse atraso de industrialização em relação às grandes economias mundiais é denominado de industrialização tardia ou retardatária, isso quer dizer que essas economias só entraram muito depois da Primeira Revolução Industrial, que teve início no final do século XVIII, início do século XIX, na Inglaterra, portanto são quase cem anos de atraso em relação aos primeiros países a se industrializar como Inglaterra, Alemanha, França, Bélgica entre outros.

Países em desenvolvimento

A expressão países em desenvolvimento é empregada quando se busca referir ao subgrupo de países subdesenvolvidos que apresentaram crescimento significativo, quer nos aspectos econômicos, como nos indicadores sociais. Estas nações também podem ser denominadas de países emergentes.

Em geral são chamados países em desenvolvimento aqueles que, embora sejam países periféricos, alcançaram um nível de industrialização maior que os demais, e portanto apresentam valores expressivos de PIB.

Classificação complexa

Subdesenvolvidos, em desenvolvimento, emergentes, semiperiféricos, em crescimento”. A classificação de países quanto ao nível de desenvolvimento é alvo de discussões, uma vez que a depender dos critérios adotados, distintas entidades e organismos podem categorizar os países em diferentes condições.

Os termos desenvolvido e subdesenvolvido são, em geral, utilizados para separar países com alto desenvolvimento socioeconômico dos que países com expressivos problemas nas áreas sociais e/ou econômica.

Em crescimento

Países como China, Brasil, Índia, México, Argentina e outros, são frequentemente nomeados como países em desenvolvimento. A intenção é dizer que estas nações embora possuam atributos gerais de subdesenvolvimento, as condições relacionadas à qualidade de vida da população têm avançado e há uma nítida ampliação econômica, financeira e industrial.

A expressão país em desenvolvimento, neste caso, refere-se a uma subcategoria dos países subdesenvolvidos. Entram neste grupo, então, as nações que apresentam os melhores cenários no que diz respeito à economia (PIB e PIB per capita) e aos indicadores sociais (mortalidade infantil, escolarização, expectativa de vida, taxa de analfabetismo e outros).

De acordo com o critério acima descrito, é possível listar alguns países em cada continente, que se encaixariam no conjunto dos países em desenvolvimento.

No continente americano temos, o México, o Brasil e  a Argentina, países usualmente classificados como emergentes ou países de mercado em crescimento. Possuem Produto Interno Bruto – PIB mais elevado que seus vizinhos latino-americanos e os indicadores sociais tem tido melhoria gradativa.


 

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