segunda-feira, 26 de outubro de 2020

7º Ano - PROGRESSÃO PARCIAL - MATÉRIA - AVALIAÇÃO

 

A importância de se estudar a História

A história tem uma relação direta com o homem em seu tempo.

A  história  é uma ciência que estuda a vida do homem através do tempo. Ela investiga o que os homens fizeram, pensaram e sentiram enquanto seres sociais. Nesse sentido, o conhecimento histórico ajuda na compreensão do homem enquanto ser que constrói seu tempo.

A história é feita por homens, mulheres, crianças, ricos e pobres; por governantes e governados, por dominantes e dominados, pela guerra e pela paz, por intelectuais e principalmente pelas pessoas comuns, desde os tempos mais remotos. A história está presente no cotidiano e serve de alerta à condição humana de agente transformador do mundo.

Ao estudar a história nos deparamos com o que os homens foram e fizeram, e isso nos ajuda a compreender o que podemos ser e fazer. Assim, a história é a ciência do passado e do presente, mas o estudo do passado e a compreensão do presente não acontecem de uma forma perfeita, pois não temos o poder de voltar ao passado e ele não se repete. Por isso, o passado tem que ser “recriado”, levando em consideração as mudanças ocorridas no tempo. As informações recolhidas no passado não servirão ao presente se não forem recriadas, questionadas, compreendidas e interpretadas.

A história não se resume à simples repetição dos conhecimentos acumulados. Ela deve servir como instrumento de conscientização dos homens para a tarefa de construir um mundo melhor e uma sociedade mais justa.


As etapas da Evolução Humana

Os pré-australopitecos

Essas primeiras espécies viveram logo após a separação do grupo que originou os hominídeos e os chimpanzés.

O registro fóssil remonta algumas das espécies desse período:

Sahelantropus tchadensis: Fóssil encontrado no continente africano, pertencente a uma espécie de primata. Essa espécie já possuía a postura bípede. É o mais antigo ancestral da linhagem humana.

Orrorin tugenensis: Fóssil encontrado no Quênia. Também já apresentava indicações da postura bípede. Os cientistas acreditam que a espécie viveu há 6 milhões de anos atrás.

Ardipithecus ramidus e Ardipithecus kadabba: Fóssil encontrado na Etiópia. Nessas espécies permanece a postura bípede. Os cientistas acreditam uma espécie do gênero Ardipithecus foi a ancestral dos australopitecus.

Os primeiros hominídeos pertenciam ao gênero Australopithecus.

Constituíram um grupo diversificado e bem sucedido.

As principais características desse grupo eram: a postura ereta, a locomoção bípede, a dentição primitiva e a mandíbula mais semelhante a da espécie humana.

Foram os primeiros hominídeos a dominar o fogo, o que permitiu sua expansão para outros territórios. Além da redução da musculatura da face, pois podiam cozinhar os alimentos, amaciando-os.

Australopithecus africanus: O primeiro fóssil de australopiteco encontrado. Provavelmente, habitou a Terra há 2,8 a 2,3 milhões de anos atrás.

Outros fósseis de australopitecos foram encontrados. Algumas espécies são: A. afarensis, A. robustus e A. boisei.

Acredita-se que muitos australopitecos tenham coexistido e competido entre si. Todas as espécies foram extintas.

Porém, uma delas teria sido a ancestral do gênero Homo.

O gênero Homo

A extinção da maioria dos australopitecos possibilitou o surgimento de uma nova linhagem.

O gênero Homo se destaca pelo desenvolvimento do sistema nervoso e da inteligência. Além disso, apresentava adaptações evolutivas, como o bipedalismo.

Homo habilis: Atualmente, com o estudo dos fósseis, o mais aceito é considerá-lo como australopiteco, sendo Australopithecus habilis. A espécie viveu por volta de 2 milhões de anos a 1,4 milhões de anos atrás.

Homo erectus: Essa espécie se destacou pela fabricação de instrumentos e utensílios de pedra, madeira, pele e ossos. O grupos saiu da África e alcançou a Europa, a Ásia e a Oceania.

Homo ergaster: Seria uma sub-espécie do H. erectus que teria migrado para a Europa e parte da Ásia, onde deu origem a várias linhagens, uma delas o Homo neanderthalensis.

Homo neanderthalensis: Conhecido por neandertais, tinham o corpo adaptado ao frio, ausência de queixo, testa baixa, pernas arqueadas e cérebro maior do que os dos seres humanos atuais.

Os neandertais apresentavam comunicação verbal rudimentar, organização social e sepultamento de mortos.

Esse grupo conviveu com os primeiros homens modernos. Atualmente, acredita-se que o homem moderno surgiu na África entre 200 mil a 150 mil anos atrás, a partir das linhagens de H. ergaster.

O Homo sapiens sapiens é a denominação científica do homem moderno, sendo uma subespécie do Homo sapiens. Surgiram há 40 mil anos o homo sapiens sapiens, que por suas habilidades altamente desenvolvidas podiam dominar melhor a natureza e assim adaptá-la ao seu modo de vida.

O homem moderno

A principal característica do homem moderno, comparado aos seus ancestrais, é o cérebro bem desenvolvido. Com isso, a capacidade de raciocínio, linguagem, introspecção e a resolução de problemas é avançada. Por possuir um corpo completamente ereto, a possibilidade de usar os braços e mãos para manipular os objetos foram desenvolvidas, o que permitiu que o meio fosse adaptado as vontades e anseios do homem.

A auto-consciência, racionalidade e a sabedoria diferem o homo sapiens sapiens não só dos seus ancestrais mas de todos os seres vivos que habitam o planeta terra. A sociedade humana se construiu e atualmente podemos utilizar diversos sistemas de comunicação, como o verbal, gestual e escrito, sendo possível a troca de ideias, as formas de expressão e até uma melhor forma de organizar o social.

A formação dos continentes

A divisão do mundo em continentes parece uma situação estática. Porém, se nos basearmos em um referencial de milhões de anos, tudo indica que não é bem assim.

Segundo a Teoria da Deriva dos Continentes, existe um movimento, ainda que imperceptível dentro de nossa vivência de tempo, que faz os continentes se deslocarem lentamente. Essa teoria foi proposta em 1912 pelo alemão Alfred Wegener (1880-1930), que observou o recorte da costa leste da América do Sul, comparou-o com o da costa oeste da África e notou algumas semelhanças, como se os dois lados tivessem estado juntos um dia.

De acordo com essa teoria, em determinada época, há centenas de milhões de anos, todos os continentes formavam um só bloco, a Pangeia (do grego, pan = toda e geo = terra). Ao longo de milhões de anos, com o movimento das placas tectônicas, a Pangeia dividiu-se inicialmente em duas partes: Gondwana e Laurásia. Daí em diante, as partes foram sendo fragmentadas, até assumirem a forma atual. (https://atlasescolar.ibge.gov.br/a-terra/formacao-dos-continentes )

Existem mais duas teorias que tentam explicar a chegada do homem ao continente americano: a teoria transoceânica e a teoria de Bering. Segundo a teoria transoceânica, há cerca de 10 mil anos os homens que habitavam a Polinésia (na região da Oceania) se locomoveram em direção à América do Sul em pequenos barcos. Esses teriam se movido por meio das correntes marítimas que os conduziram.

De acordo com a teoria de Bering, o homem teria chegado à América através do Estreito de Bering, localizado entre o extremo leste do continente asiático e o extremo oeste do continente americano, os dois pontos se encontram separados por 85 km. Segundo essa teoria, a chegada do homem ao continente americano ocorreu há, aproximadamente, 50 mil anos, quando nômades asiáticos atravessaram o Estreito de Bering; que nesse período encontrava-se congelado em razão da era glacial, formando assim uma ponte natural entre os dois pontos. A partir daí o homem migrou até a parte meridional do continente americano. Essas são teorias que possuem maior aceitabilidade no meio científico, mas não se tem certeza quanto às suas afirmações.

PRÉ – HISTÓRIA

A Pré-História é como conhecemos o período que acompanha a evolução humana a partir do momento que os hominídeos começaram a usar ferramentas de pedra. Encerrou-se com o surgimento da escrita, que aconteceu entre 3.500 a.C. e 3.000 a.C.

A Pré-História é, basicamente, dividida entre Paleolítico, Mesolítico (período intermediário) e Neolítico. Nesses períodos, acompanhamos o desenvolvimento dos hominídeos com a elaboração de novas ferramentas, além do surgimento do homo sapiens sapiens, há cerca de 300 mil anos.

Divisão da Pré-História

A Pré-História é um período da história humana particularmente grande. A sua nomenclatura e larga duração remetem ao século XIX, quando os primeiros vestígios da vida humana pré-histórica começaram a ser encontrados. Isso porque no século XIX existia a noção de que a História só poderia ser feita por meio de documentos escritos e, assim, todos os acontecimentos anteriores ao surgimento da escrita ficaram conhecidos como “Pré-História”.

A Pré-História abrange, aproximadamente, um período que se estende de 3 milhões de anos atrás a 3.500 a.C. e é dividida da seguinte maneira:

·         Paleolítico

·         O período Paleolítico é conhecido também como Idade da Pedra Lascada e esse nome faz referência aos objetos que eram utilizados pelo homem para sua sobrevivência, que eram produzidos exatamente de pedra lascada. Esse período estendeu-se de 3 milhões de anos atrás a 10.000 a.C. e foi subdividido em três fases que são Paleolítico Inferior, Médio e Superior.

·         Cada um desses períodos possui as suas particularidades e veremos um breve resumo de cada uma delas, começando pelo Paleolítico Inferior. Esse período começa a ser contado exatamente quando os hominídeos começaram a ter a habilidade de produzir as primeiras ferramentas para sua sobrevivência.

·         Essas ferramentas foram obra do homo habilis e do homo erectus (o primeiro hominídeo a ficar numa posição totalmente ereta). Essa fase estendeu-se de 3 milhões de anos atrás a 250 mil anos atrás.

·         O Paleolítico Médio compreendeu o período de 250 mil anos atrás a 40.000 a.C. e é caracterizado, principalmente, pela presença do homem de Neandertal. O homo sapiens já existia nessa época, uma vez que seu surgimento aconteceu há 300 mil anos. Os estudos arqueológicos mostram que nesse tempo o estilo de vida do homem tornou-se um pouco mais sofisticado com novas ferramentas sendo elaboradas e com o uso do fogo sendo mais difundido.

·         Por fim, há também o Paleolítico Superior, que foi de 50.000 a.C. a 10.000 a.C. Nesse período, as ferramentas utilizadas pelo homem passaram a ser elaboradas em grande diversidade. Eram produzidos pequenos anzóis, machados, agulhas e até mesmo a arte começou a ser concebida pelo homem. No caso da arte, o destaque vai para a pintura rupestre, realizada nas paredes das cavernas.

Abrangendo os três períodos, resumidamente, o Paleolítico é um período em que o homem sobrevivia da coleta e da caça, sendo fundamental, no caso da caça, a elaboração de ferramentas para auxiliá-lo na obtenção do alimento. Por depender da caça e coleta, o homem era nômade e mudava de lugar quando os recursos do local que estava instalado ficava escasso.

Como a temperatura geral da Terra era mais amena, sobretudo nos períodos de glaciação, o homem vivia nas cavernas para proteger-se do frio. As ferramentas utilizadas poderiam ser feitas de ossos, pedras e marfim. No fim do Paleolítico, o ser humano começou a experimentar as primeiras experiências religiosas, e o desenvolvimento do estilo de vida dos homens fez com que eles desenvolvessem rituais funerários, por exemplo.

·         Mesolítico

O Mesolítico é uma fase intermediária entre o Paleolítico e o Neolítico que aconteceu em determinadas partes do mundo. Os especialistas em Pré-História destacam que o Mesolítico aconteceu, sobretudo, em locais onde houve glaciações intensas. Aconteceu na Europa e em partes da Ásia e estendeu-se, aproximadamente, entre 13.000 a.C. e 9.000 a.C.

Esse período marcou a decadência dos agrupamentos humanos que viviam exclusivamente da caça em detrimento daqueles que eram caçadores e coletores. Ficou marcado também pelo desenvolvimento da olaria (produção de cerâmica) e da técnica para produção de tecidos. Considera-se o fim desse período o momento em que a agricultura foi desenvolvida.

·         Neolítico

O Neolítico é a última fase do período pré-histórico e estendeu-se de 10.000 a.C. até 3.000 a.C. Essas datas (que são aproximativas) assinalam dois marcos importantes para a história do desenvolvimento humano. Primeiro, houve o surgimento da agricultura, um importante marco para a sobrevivência do homem e, por fim, houve o desenvolvimento da escrita.

Com o desenvolvimento da agricultura, o homem conseguiu mudar radicalmente o seu estilo de vida, uma vez que a agricultura permitia o homem fixar-se em um só local (sedentarização do homem), sobrevivendo de tudo o que ele produzia. O domínio da agricultura também levou o homem a desmatar a floresta e desenvolver campos de plantio.

Junto do desenvolvimento da agricultura veio também a domesticação dos animais, que auxiliava o homem no transporte de carga, na agricultura, como animal de tração, servia de alimento e até mesmo como meio de transporte. Todas essas novidades, que possibilitaram a sedentarização humana, resultaram na formação de enormes agrupamentos humanos que, com o tempo e conforme cresciam, tornaram-se as primeiras cidades do mundo.

O Neolítico também ficou marcado pelo desenvolvimento da arquitetura, o que permitia o homem construir casas de pedra e construções megalíticas. Essas últimas, até hoje, não tiveram sua finalidade muito bem esclarecidas pela arqueologia. A olaria surgiu em muitos lugares e foi aprimorada em outros.

Ao passo que os agrupamentos humanos cresciam, as sociedades que se formavam tornavam-se mais complexas e mais desiguais, uma vez que as pessoas que estavam diretamente envolvidas com o gerenciamento dos recursos tornavam-se mais importantes e mais influentes.

O fim do período Neolítico ficou marcado pelo desenvolvimento da metalurgia, isto é, a capacidade de produzir ferramentas a partir da fundição de metal e pelo desenvolvimento da primeira forma de escrita da humanidade, a escrita cuneiforme.


África é considerada berço da humanidade

A História da África é grandiosa e cheia de conflitos étnicos, políticos e sociais. Berço da civilização, o continente africano surgiu há 300 milhões de anos a partir da divisão da Pangéia (supercontinente) em dois grandes blocos: a Laurásia; formada pelas áreas que hoje é América do Norte e Eurásia; e Gondwna composta pelas áreas da América do Sul, África, Índia, Austrália e as ilhas do Pacífico Sul. 

Durante a Idade Média, a África conseguiu desenvolver grandes Impérios como o de Gana; que dominou a África Ocidental; e o de Malia; considerado um dos mais poderosos da história da humanidade; além da civilização Egípcia. 

A colonização portuguesa, iniciada no século XV, mudou os rumos da história da África e o continente ficou a mercê dos interesses mercantis dos europeus. A partir de então, a África passou por intensos processos de exploração focados no tráfico de escravos. 

O domínio dos europeus resultou na Partilha da África e gerou problemas relacionadas a criação arbitrárias de fronteiras, que tinha o objetivo avançar sobre o continente em busca de matérias primas e mão de obra. 

Apesar das pesquisas relacionadas ao assunto serem inconclusivas, as descobertas de novos fósseis e o avanço da ciência e tecnologia comprovam a hipótese de que os primeiros humanos surgiram na África durante a era quaternária. 

O primeiro a afirmar que os seres humanos tiveram origem na África foi Charles Darwin (1809 – 1822). Posteriormente, pesquisas apontam a presença de Homo sapiens (espécie humana) no continente africano há cerca de 100 mil anos atrás. Em 1924, Raymond Dart identificou uma nova espécie de hominídeo e o denominou Australopithecus africanus

Em 1974, um fóssil da espécie Australopithecus afarensis – denominada de Lucy – foi descoberto na Etiópia por Yvens Coppens. Lucy possuía crânio, mandíbulas, dentes e andava de forma ereta. Ela foi considerada a "Mãe da humanidade" por vários anos, porém foi descoberto que na verdade ela não se tratava de um ancestral direto, mas uma descendente distante.

A atividade agrícola e o processo de domesticação dos animais começaram a ocorrer entre 5 mil e 10 mil anos, em áreas em que hoje é o deserto do Saara. O cultivo de arroz e inhame e o desenvolvimento da pecuária surgiram na parte meridional do continente há 2.000 anos a.C.  

A história da África informa ainda que durante a Idade do Bronze (1300-700 a.C) e Idade do Ferro (1200 anos a.C) ocorreu o desenvolvimento das cidades e das atividades comerciais e marítimas.

As correntes marítimas e a força dos ventos que cercavam a descida da parte meridional da África impossibilitavam que os europeus chegassem ao litoral do continente africano. Entretanto, os navios construídos pelos portugueses no século XV permitiram o desembarque no continente africano.

No início, os portugueses tiveram apenas interesses em lucrar com o comércio de ouro de Gâmbia, mas as mortes causadas por diversas enfermidades, como a malária e febre amarela, mudaram os objetivos. Somente um negócio bastante lucrativo atrairia novamente os europeus. Esse negócio era o de escravos juntamente com o de ouro. 

O tráfico de escravos cresceu a partir do descobrimento da América e da morte e guerra de povos indígenas. Os povos africanos foram então comprados e enviados para trabalharem de forma forçada e em péssimas condições no continente descoberto. Segundo estimativa, o Brasil recebeu entre 1550 e 1856 cerca de 10 milhões de escravos vindos da África.  

A história da África ainda contou com o imperialismo europeu durante o século XIX. Os colonizadores chegaram a dominar até 90% do território africano. Esse domínio tinha o objetivo de explorar as riquezas naturais da África, além de perpetuar o poder dos franceses, alemães e ingleses pela região.  

A Conferência de Berlim (1884-1885) repartiu a África entre potências europeias. O evento tinha a proposta de manter o comércio, ao mesmo tempo em que dava fim ao tráfico negreiro. Participaram da conferência de 13 países, incluindo Estados Unidos. Nenhum país africano foi convidado. 

História da África e História do Brasil 

As semelhanças entre a História do Brasil e a História da África aparecem desde a divisão do supercontinente Pangéia em dois novos blocos: a Laurásia e Gondwna. Como foi observado no início do texto, Gondwna era formado (entre outras regiões) pela parte Sul da América e África. Essa singularidade geográfica pode ser avistada pela forma como os dois litorais se encaixam. Por causa dessa semelhança na constituição territorial, algumas das mesmas formações rochosas, tipos de vegetações e espécie de animais são encontradas nos dois continentes. 

A história da África também se assemelha a do Brasil devido ao processo de colonização que sofreram. Tanto a África quanto o país sul-americano passaram pela colonização de exploração que resultou em diversos problemas econômicos e sociais observados atualmente. Além disso, o Brasil recebeu diversos povos escravizados vindos do continente africano. Esses homens e mulheres eram transportados como cargas para a América. Quando chegaram no Brasil, trabalhavam exaustivamente em troca apenas de comida e viviam acorrentados. 

Apesar dos anos de escravidão, esses povos deixaram um imenso legado cultural que contribuiu para a formação de uma cultura brasileira muito ligada a africana. Atualmente, o Brasil é considerado o país com a maior quantidade de negros fora da África. 

A ÁFRICA BERÇO DA PRIMEIRA CIVILIZAÇÃO HUMANA

Foi também nesta parte do planeta que surgiu o que chamamos a primeira civilização humana: o Egito Antigo.

As águas do rio Nilo permitiram o surgimento de um extenso e opulento império em meio ao deserto do Saara, na África.

A civilização egípcia antiga permaneceu nas margens do rio Nilo entre os anos de 3200 a.C a 32 a.c, onde se incia o domínio romano.

Para os egípcios o rio Nilo era sagrado. Algumas histórias bíblicas de Moisés citam o rio Nilo. Desde a antiguidade, o ele teve um papel preponderante na construção de diversas civilizações, posto que muitas populações ribeirinhas se desenvolveram em suas margens.

Por estar em meio ao deserto, o rio Nilo passou a ser fundamental para o desenvolvimento da civilização egípcia.

Suas águas também eram usadas para beber, pescar e fertilizar as margens na época das cheias, o que favorecia a fertilização do solo, essencial para a agricultura (sobretudo cultivo de cereais). Além da agricultura, o rio Nilo foi uma das mais importantes fontes de água para os egípcios e ainda,  era utilizado como via de transporte (de pessoas e de mercadorias) e do comércio na região.

A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada nas margens do fértil Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e artesanato. Como a sociedade estava dividida em castas, os trabalhadores rurais eram responsáveis por prestarem diversos tipos de serviços em obras públicas para o faraó (canais de irrigação, pirâmides, diques, templos e etc).

A escrita egípcia também era muito importante para os egípcios, pois era ela que permitia a divulgação de ideias, comunicação e controle de impostos. Dentro das paredes internas das pirâmides era possível ver textos sobre a vida do faraó, mensagens e orações.  Outro meio de registro se dava pela utilização do papiro, produzido a partir de uma planta que levava o mesmo nome, que levava sobre si os hieroglifos – a escrita da época. 

Sociedade egípcia

A antiga sociedade egípcia estava dividida de maneira rígida e nela praticamente não havia mobilidade social.

No topo da sociedade encontrava-se o Faraó e sua imensidão de parentes. O faraó era venerado como um verdadeiro deus, pois era considerado como o intermediário entre os seres humanos e as demais divindades. Por isso, era uma monarquia teocrática, ou seja, um governo baseado nas ideias religiosas.

Abaixo do faraó e de sua família vinham as camadas privilegiadas como sacerdotes, nobres e funcionários. Na base da pirâmide social egípcia estavam os não privilegiados que eram artesãos, camponeses, escravos e soldados.

Os sacerdotes formavam, junto com os nobres, a corte real. Tanto a nobreza como o sacerdócio eram hereditários compondo a elite militar e latifundiária.

Os escribas estavam a serviço do Estado para planejar, fiscalizar e controlar a economia. Por isso, sabiam ler e escrever e eram eles que anotavam os feitos do faraó durante o seu reinado. Estes textos seriam colocados nos seus túmulos quando morressem.

Já o exército era constituído por jovens que eram convocados em tempo de guerra e soldados mercenários estrangeiros contratados pelo Estado.

Por sua parte, os artesãos eram trabalhadores assalariados que exerciam diferentes ofícios como cortadores de pedra, carpinteiros, joalheiros, etc. Os camponeses formavam a maior parte da população, trabalhavam na agricultura, na criação de animais e deviam pagar altos impostos.

Na sociedade egípcia, as mulheres tinham uma posição de prestígio. Podiam exercer qualquer função política, econômica ou social em igualdade com os homens de sua categoria social. Isto significava, inclusive, que poderiam ser faraós, como foi o caso de Cleópatra.

Civilização Mesopotâmica

As civilizações mesopotâmicas, como o próprio nome indica, desenvolveram-se na região conhecida como Mesopotâmia, que compreende o atual Iraque no Oriente Médio. O nome mesopotâmia significa “região entre rios”, ou “terra entre rios”, isso porque se trata de uma região situada entre os rios Tigre e Eufrates. Essa região está inserida no que se convencionou denominar “crescente fértil”, isto é, uma área de terras férteis que vai da Mesopotâmia ao vale do rio Nilo no Egito.

A região da Mesopotâmia é esquematicamente dividida em Alta Mesopotâmia (uma parte montanhosa e não muito fértil) e Baixa Mesopotâmia (região do centro e do sul do vale que fica entre os rios Tigre e Eufrates). As primeiras formas de organização humana nessa região datam de cerca de 7000 a.C. e ocorriam no padrão de aldeias sedentárias. Só por volta de 4.000 anos depois que apareceram os primeiros centros urbanos complexos.

As primeiras civilizações mesopotâmicas foram aquelas criadas pelos povos sumérios e acádios por volta do final do quarto milênio antes de Cristo. Esses povos eram oriundos das regiões do planalto iraniano. Os sumérios foram responsáveis pelo desenvolvimento do sistema de drenagem dos pântanos e pela fundação de cidades como Eridu, Ur e Uruk, os primeiros núcleos urbanos da Mesopotâmia.

A forma de organização social na Mesopotâmia começou com núcleos familiares formados por camponeses, artesãos e pastores. O sistema de drenagem de pântanos, associado à irrigação dos rios e à prevenção contra as enchentes, possibilitou aos povos mesopotâmicos a criação de animais como ovelhas, porcos, cabras e gado. Esse último também era útil ao transporte de mercadorias e à agricultura nos vales férteis.

As construções urbanas e a produção artesanal demandavam grande quantidade de matérias-primas, que eram escassas na Mesopotâmia. A escassez de matérias-primas impeliu, por exemplo, os povos sumerianos a estabelecerem troca de produtos manufaturados com povos de outras regiões, que forneciam, entre outras coisas, madeira, estanho, pedras para construção e artigos de luxo, como lápis-lazúli (um tipo de pedra preciosa), ouro e prata.

As outras civilizações que se desenvolveram na Mesopotâmia foram os amoritas ou babilônios, os assírios e os caldeus. Cada uma dessas civilizações destacou-se por constituir impérios de grandes proporções na Mesopotâmia, tendo cada império organizado sua administração de uma forma peculiar. Os babilônios notabilizaram-se, por exemplo, pelo desenvolvimento de um sistema de código jurídico elaborado pelo rei Hamurabi, conhecido como Código de Hamurabi.

De forma geral, as cidades-estado da Mesopotâmia possuíam um rei que era também chefe militar e sacerdote religioso. O nome dado a quem possuía essas funções era Patesi. Na base social das cidades da Mesopotâmia estavam os agricultores, os pastores e os escravos; seguiam-se a esses os artesãos e comerciantes, e, por fim, estavam aqueles que armazenavam, registravam e distribuíam as mercadorias. Associados ao rei, estavam, no alto da hierarquia social, os escribas, que dominavam a técnica da escrita cuneiforme (escrita em forma de cunha) – outra característica fundamental das civilizações mesopotâmicas –, que era gravada em tabuletas de argila e utilizada para melhor organizar a administração dos impérios.

Ademais, as civilizações da Mesopotâmia também desenvolveram grandes obras de arquitetura e arte, como os templos conhecidos como Zigurates, esculturas de arte em relevo. Os jardins suspensos da Babilônia são considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo e uma das obras arquitetônicas mais complexas da história.

Civilizações pré-colombianas

As civilizações pré-colombianas mais estudadas são os incas, astecas e maias.

Estes três povos eram sedentários e viviam em cidades onde havia templos, palácios, mercados e casas. Embora sejam muito diferentes entre si, podemos destacar algumas características comuns das sociedades pré-colombianas.

As sociedade pré-colombianas eram extremamente hierarquizadas com o imperador no topo da hierarquia, seguido pelos sacerdotes, chefes militares, guerreiros e camponeses que cultivavam a terra.

A agricultura era a base de sua economia e plantavam milho, batata e abóbora, entre outros. Praticavam o artesanato, especialmente a cerâmica, mas também faziam peças de metais.

Igualmente, davam importância à vestimenta, na qual existia uma distinção muito clara entre as roupas dos nobres e as das pessoas comuns.

Por fim, outra característica das sociedades pré-colombianas é o politeísmo. Vários deuses ligados ao ciclo da vida eram cultuados em cerimônias que incluíam procissões e sacrifícios de humanos e animais.

Maias

Os maias se estabeleceram onde atualmente é o sul do México, Guatemala, Belize e Honduras. Cultivavam algodão, milho, tabaco e desenvolveram um sofisticado sistema numérico.

No entanto, o que mais nos chama atenção nos maias é sua impressionante arquitetura. Até hoje sobrevivem pirâmides onde se ofereciam sacrifícios humanos e de animais. Estas construções eram ricamente decoradas com estátuas de animais e símbolos diversos.

Como eram excelentes astrônomos, criaram calendários onde podiam conhecer as datas dos eclipses e estações do ano. Tudo isso era fundamental para a realização das atividades agrícolas e dos rituais aos seus deuses.

Astecas

Os astecas viviam, originalmente, no norte do atual México.

Imigraram para o centro deste território e foram submetendo vários povos e, em 1325, se estabeleceram no meio do planalto mexicano onde construíram sua capital, Tenochtitlan, no centro de um lago. Esta cidade se tornou o centro do grande império e impressionou aos espanhóis com suas ruas largas e limpas.

O povo asteca se organizava como um verdadeiro império e cobrava tributos dos povos subjugados. Cultivavam amendoim, milho, tomate, cacau (para fazer chocolate), feijão, abóbora, pimenta, melão, abacate e comercializavam artesanato com as populações vizinhas.

Os astecas também aproveitavam as guerras para capturar bravos guerreiros e assim oferecê-los aos deuses em rituais religiosos

Incas

Viveram na região onde estão os atuais Peru, Equador, parte do Chile e da Argentina.

Os incas submeteram vários povos e estabeleceram uma rede de impostos e contribuições de trabalho que atingia todo império. Registravam a cobrança de tributos e acontecimentos num sistema denominado quipo. Este consistia em uma série de fios coloridos onde eram feitos nós de 1 até 9.

Plantavam milho, bata e coca, e domesticaram animais como a lhana da qual obtinha lã, leite, carne, além de ajudar na carga de mercadorias.

Assim como os demais povos pré-colombianos, os incas eram politeístas e honravam a natureza. Para isso realizavam cerimônias grandiosas a cada mudança de estação que incluíam procissões, músicas, sacrifícios de animais e humanos.

Os quipus foram utilizados pelos incas como sistema de escrita, para registro de histórias e cantos em língua quéchua, e também de contagem, tanto de rebanhos quanto de pessoas, era um instrumento utilizado para comunicação, mas também como registro contábil e como registros memotécnicos entre os incas. Eram feitos da união de cordões que podem ser coloridos ou não, e poderia ter enfeites, como por exemplo ossos e penas, onde cada nó que se dava em cada cordão significava uma mensagem distinta. Cada cordão poderia ter um ou mais nós, ou nenhum nó, ou um nó na ponta, um na base, enfim, tudo era comunicado e transportado rapidamente ao imperador Inca.


Monoteísmo e Politeísmo

Monoteísmo é a crença em um deus único. Acredita em um único Deus onipresente, onisciente e onipotente, responsável pela criação de todas as coisas no Universo, diferindo dos politeístas que creem que cada particularidade da natureza ou atividade humana seja de responsabilidade de diferentes divindades.

Politeísmo é a crença em muitos deuses ou sua adoração. Resulta de crenças em espíritos, demônios e forças sobrenaturais, definidas vagamente em crenças como o animismo, totemismo e culto aos ancestrais. As forças sobrenaturais são organizadas e personificadas em uma família cósmica que é o núcleo do sistema de crenças de um povo ou etnia. O politeísmo se espalhou pelo mundo antigo e em muitas culturas antigas existiu a prática do politeísmo e seus deuses tinham características humanas (antropomorfismo) e funções específicas, como na Grécia e Roma antigas, onde havia um intrincado sistema mitológico e diversas divindades que interferiam nas atividades humanas (mitologia grega): Zeus, Hera, Palas-Atena, Poseidon, Ares, Apolo, Afrodite etc. O Império Romano assimilou o politeísmo grego e de outras culturas que conquistara (mitologia romana): Júpiter, Juno, Minerva, Netuno, Marte, Apolo, Vênus. No Egito antigo os deuses tinham formas híbridas de objetos da natureza, animais e humanos num sistema de crenças bem desenvolvido e que era a base de sua cultura. Os faraós eram as personificações de deuses na terra e seus deuses eram o sol (Amon-Rá), a fertilidade (Isis), a fecundidade (Osíris) e outros.

Pré-História brasileira

Dentro dos estudos arqueológicos desenvolvidos na América, o Brasil concede uma significativa contribuição proveniente de seus diversos sítios arqueológicos. Entre os estados que apresentam antigos vestígios da presença humana podemos destacar primeiramente os estados do Piauí, Minas Gerais e as regiões litorâneas do Centro-sul do país.

Em São Raimundo Nonato (PI), um grupo de arqueólogos liderados por Niède Guidon notificou a presença de facas, machados e fogueiras com cerca de 48 mil anos de existência. Entre as principais conclusões desses estudos, destaca-se a presença de comunidades coletivas que caçavam e utilizavam o fogo para protegerem-se e alimentarem-se.

Na região de Lagoa Santa (MG) é o local onde está registrado uma das mais notórias descobertas da arqueologia nacional. Foi ali que se achou o mais antigo fóssil das Américas. Trata-se do crânio feminino que existiu há cerca de 11.500 anos. Pesquisas desenvolvidas a partir desse fóssil (apelidado de Luzia) abriram portas para novas teorias sobre o processo de ocupação do continente. Os traços negróides de Luzia levantam a suspeita de uma onda migratória da Oceania, responsável pela ocupação do nosso continente.

Próxima das regiões de rio e no litoral do Brasil existe outro conjunto de vestígios pré-históricos. Nestes lugares, montes de conchas e esqueletos de peixe conferem a existência de comunidades inteiras que sobreviviam da pesca. Também conhecidos como povos sambaquis, essas populações foram usualmente detectadas no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. No ano de 2001, o mais antigo sambaqui brasileiro foi encontrado em Vale do Ribeira (SP).

Nas regiões do interior do Brasil também são encontrados riquíssimos sítios arqueológicos. Os chamados “cemitérios dos índios” são, na verdade, vestígios de antigas civilizações do território brasileiro. Ali encontramos grandes aldeias que realizavam sofisticados rituais funerários. Datados com cerca de mil anos, esses povos possuíam uma cultura bastante diferente da dos sambaquis.

Ainda na região amazônica, temos relato sobre um outro conjunto de povos pré-históricos. Designados como integrantes da civilização marajoara, esses povos deixaram interessantes vestígios materiais. Dotados de uma arte ceramista ricamente detalhada, os marajoaras faz parte dos mais complexos grupos humanos que viveram em terras brasileiras.

Com o passar dos anos, as civilizações ameríndias foram desenvolvendo-se em território nacional. Espalhados em diferentes tribos, os índios brasileiros integraram uma parte mais recente da História das populações nativas do Brasil. A partir do século XV, a chegada dos europeus transformou radicalmente a situação dos índios. A intolerância religiosa e cultural, a violência e as epidemias foram responsáveis pela dizimação dos povos indígenas no país.

Durante muito tempo acreditava-se que a escrita surgiu primeiro na Mesopotâmia, as novas descobertas arqueológicas indicaram que a escrita se desenvolveu, ao mesmo tempo, em diferentes lugares do mundo. A escrita pode ter sido inventada na Suméria, no Egito, ou na China.

A escrita cuneiformeé uma das mais antigas, foi criada pelos Sumérios, era produzida com auxílio de instrumentos em forma de cunha e registravam a contabilidade, administração dos bens, das propriedades, cálculos e transações comerciais.

Os Egípcios criaram um sistema de escrita chamada deescrita hieroglíficageralmente registravam os elementos do cotidiano, como o Sol, a Lua, os animais, as plantas, as pessoas e as partes do corpo.

Os Astecas não tinham um alfabeto, a escrita era representada por desenhos e símbolos, era utilizada para registrar os calendários sagrados, cenas do cotidiano e conhecimentos diversos. Não havia regras ou glifos: cada escriba criava suas próprias representações das ideias que ele desejava transmitir.

A diferença entre os registros  pré-colombianos no Brasil e dos povos da Mesopotâmia, eram os registravam suas atividades do dia a dia com pinturas rupestres. E eram realizadas com pigmentos. Representavam as atividades do dia a dia, o homem pré-histórico ainda não sabia ler, então seu meio de marca seus afazeres eram com gravuras (pinturas ruprestes) de suas atividades. Já os povos da Mesopotâmia, Registravam seus afazeres em blocos feitos de Argila, esse tipo de registro era denominado de: Escrita Cuneiforme. Para se fazer a escrita no bloco de argila eles usavam instrumentos pontiagudos chamado de cunha.  Os registros dos sumérios eram voltados para registros cotidianos, econômicos, administrativo e políticos deste período. 

  

ORIGEM DAS CIDADES-ESTADO

As cidades-estado foram uma forma de organização política e social que fizeram parte do mundo antigo. A partir do século VIII a.C. as experiências de pólis começaram a se espalhar pelas regiões do Mediterrâneo. Assim, a vida em uma comunidade estava organizada a partir de um centro urbano. Embora houvesse diferentes pólis, elas apresentavam formas de organização social semelhantes, o que conferiu certa integração para a região. É preciso lembrar que neste momento o Mar Mediterrâneo já estava conectado e a partir dele se efetivavam muitas trocas comerciais e, portanto, também culturais. Neste sentido, os diferentes grupos e comunidades trocavam saberes e formas de vida.

O termo cidade-Estado significa cidade independente, com governo próprio e autônomo, sendo comum, esta denominação, na antiguidade, principalmente na Grécia Antiga, tais como Tebas, Atenas e Esparta.

Esta forma de governar surgiu no século VIII a.C. A estrutura foi muito utilizada na antiguidade, onde grande parte das cidades possuíam o próprio monarca, linguagem e até a própria religião. Isso era possível, principalmente, pelo trabalho em conjunto, a população da época não era tão sedentária e o método de governo atual que vivemos nem era cogitado ainda.

Umas das referências ao termo é a Grécia antiga. Os gregos formaram as suas “pólis”, o nome foi dado para as cidades autônomas da época. Hoje em dia a palavra “política” vem da palavra “pólis”. Na Era Arcaica esta o ápice da cidade-estado, ali deram início ao atual conceito de cidadania. A cidade que mais se destacou foi Atenas, até hoje é conhecida como o “berço da democracia”.

Elas tinham uma grande massa de cidadãos, prontos para prestarem serviço ao Estado. Todos os que eram cidadãos sem distinção, se eram pobres ou ricos, tinham direitos políticos, no interior de cada uma havia certa organização, com privilégios para os homens cidadãos, cidadãs, crianças, estrangeiros e também escravos. Não eram considerados integrantes do Estado os escravos e os estrangeiros.

Engana-se quem pensa que só existia na Grécia essa estrutura governamental. Na Itália apareceram algumas cidades baseados neste sistema de governo, mas diferente do modelo pólis da Grécia. As primeiras a surgirem naquele território foram as cidades de Amalfi e Veneza.


GRÉCIA ANTIGA

A Grécia Antiga pode ser dividida pelo menos em cinco partes: Grécia continental, Grécia peninsular, Grécia Insular, Grécia Asiática e Magna Grécia (estes dois últimos são territórios mais longínquos que nos possibilitam perceber a migração dos gregos).

A Grécia continental também é chamada de península Balcânica era composta por terras férteis banhadas pelos mares, Egeu ao leste, Jônico a oeste e Mediterrâneo ao sul, cercadas de cadeias montanhosas o que influenciou muito a navegação marítima em todo o território.

A Grécia peninsular também conhecida de Peloponeso, ao sul da península Balcânica, tem como principal rio, o Eurotas, que forma um vale cercado de montanhas. As terras eram férteis e havia muitos minerais, o que movimentava a economia dos seus habitantes. Mais ao sul se encontra a Lacônia, área pantanosa e repleta de desfiladeiros onde tinham poucas áreas férteis que não favoreceram o comércio e desencorajaram a navegação marítima.

A Grécia Insular estava situada ao longo do mar Egeu, tendo grandes ilhas como Creta e ilhas um pouco menores, como Rodes, Lesbos e Delos. As ilhas têm aspectos geográficos semelhantes, muito montanhosas com vários portos naturais.

A Grécia Asiática localizada na Ásia menor, região onde atualmente está a Turquia que os gregos conheciam como Jônia, o lado mais ao leste do mar Egeu, tinha uma das cidades mais conhecidas da antiguidade que era Tróia, a mesma que foi relatada nos escritos de Homero a Ilíada e a Odisseia.

A Magna Grécia este situada no Mar Mediterrâneo ao sul da península Itálica e na ilha da Sicília, que futuramente os colonos gregos presentes nesta região iriam ajudar a formar a civilização Romana.

A Grécia Antiga é conhecida por sua profunda influência sobre o mundo ocidental e a criadora de muitos dos seus valores. Filosofia, retórica, democracia, teatro, política e muitas áreas se desenvolveram sob a Grécia Antiga que lançou as bases do mundo que vivemos hoje.

A Grécia Antiga era o que chamavam de colcha de retalhos: diversas cidades independentes que viviam sob a mesma cultura, mas sem grandes vínculos de união. Geralmente situadas ao redor do mar Egeu, tendo o mar Mediterrâneo ao sul, as cidades gregas se “expandiram” para diversos continentes.

Na ilha de Creta (sul do mar Egeu), mais ou menos no ano 3000 a.C., teria nascido e florescido a primeira grande civilização da Grécia Antiga, Creta, sendo esta civilização bastante ligada à vida no mar (por ser uma ilha).

Além disso, a ilha de Creta era um ponto de encontro entre os povos da Grécia Continental e pessoas que moravam na Região do Egito Antigo e da Mesopotâmia.

Por conta desse contato mais diversificado, o desenvolvimento de uma cultura bastante rica foi favorecido, cujo objetivo era valorizar a beleza e as expressões artísticas.

A civilização cretense também ficou conhecida por civilização minoica. Isso se deve ao fato de que os reis eram conhecidos por minos. No que se refere à política, eles eram caracterizados como uma monarquia.

Por volta do ano 2000 a.C., a Grécia passou a ser ocupada pelos jônios, aqueus, eólios e dórios. Esses povos indo-europeus fundaram cidades e deram seus traços culturais próprios. Assim, cada uma delas passou a ser organizada de acordo com as tradições de cada grupo.

Os genos constituíam a formação social primitiva desses grupos, que eram grupos governados pelo patriarca, o membro mais velho do grupo, e viviam da agricultura e pastoreio, sendo a terra de propriedade coletiva.

Como a terra era de propriedade coletiva e todos deveriam trabalhá-la, ocorria a divisão de alimentos entre seus membros.

Os genos evoluíram para cidades-Estados gregas, que eram chamadas de pólis. Essa evolução ocorreu por conta da união entre as famílias, que buscavam proteção contra outras famílias.

A Grécia Antiga não era um país unificado. A realidade é que era um conjunto de cidades que compartilhavam costumes, algumas leis e uma língua (traço importantíssimo para ser considerado grego).

Porém, muitas dessas cidades não se davam muito bem e outras eram inimigas ferrenhas, como no clássico caso de Esparta e Atenas.

De todas as formas, no Período Clássico, os gregos buscavam maneiras de cultivar a beleza e a virtude e faziam isso desenvolvendo as artes da pintura, arquitetura, música, escultura.

Assim, os gregos antigos acreditavam que as pessoas teriam como contribuir de alguma forma para o bem-comum, sendo dessa forma que a teria nascido a democracia na Grécia Antiga.

Anterior a implementação da Democracia em Atenas, a cidade-estado era controlada por uma elite aristocrática oligárquica denominada de “eupátridas” ou “bem nascidos”, os quais detinham o poder político e econômico na polis grega.

Entretanto, com o surgimento de outras classes sociais (comerciantes, pequenos proprietários de terra, artesãos, camponeses, etc.), as quais pretendiam participar da vida política, a aristocracia resolve rever a organização política das cidades-estados, o que mais tarde resultou na implementação da “Democracia”.

De tal maneira, por volta de 510 a.C. a democracia surge em Atenas através da vitória do político aristocrata grego Clístenes. Considerado o "Pai da Democracia", ele liderou uma revolta popular contra o último tirano grego, Hípias, que governou entre 527 a.C. e 510 a.C..

Após esse evento, Atenas foi dividida em dez unidades denominadas chamadas “demos”, que era o elemento principal dessa reforma e, por esse motivo, o novo regime passou a se chamar “demokratia”. Atenas possuía uma democracia direta, onde todos os cidadãos atenienses participavam diretamente das questões políticas da polis.

 

A educação dos atenienses

A educação formal grega praticada em Atenas era direcionada somente aos homens a partir dos sete anos de idade e visava o desenvolvimento físico e intelectual do ser humano, baseando-se em três pilares: a ginástica, a música e a escrita. 

 

O primeiro pilar, a ginástica ou gymnastike, contemplava atividades físicas com o objetivo de promover a saúde das crianças. Já no aspecto intelectual - mousike - as aulas eram focadas na apreciação da música, da dança e da poesia. Para os gregos, o equilíbrio entre o corpo físico e a alma era o modelo ideal para formar as virtudes da temperança e da moderação nos jovens. 

 

Ao longo da sua jornada educacional, que se estendia até a juventude, o menino era estimulado a exercer a liberdade de pensamento, através de discussões que envolviam o pensamento crítico e criativo, e a valorização da sabedoria dos mais velhos. Ao adquirir essa formação indispensável e atestar a sua capacidade oratória, ele poderia começar a participar ativamente das decisões políticas da pólis, ou seja, tornava-se cidadão.


Democracia Ateniense

A democracia ateniense foi uma das bases mais importantes para o desenvolvimento de uma democracia moderna. Entretanto, o conceito elaborado na pólis grega muito se difere do atual.

O modelo ateniense baseava-se na democracia direta, ou seja, as decisões relativas à coisa pública eram tomadas pelo grupo de cidadãos que pertencia à pólis. Tais decisões eram debatidas em espaços públicos, como a ágora. Por isso, havia diálogo e debates dos diferentes projetos e propostas e nesta sociedade a oratória era uma habilidade bastante útil. Este modelo se difere bastante do nosso modelo de democracia moderno, pois os cidadãos tinham poder de decidir e deliberar sobre os assuntos públicos. Por isso é caracterizada como uma democracia direta. Já no modelo moderno as democracias são representativas, e elegem-se representantes que façam valer as posições dos cidadãos.

Outra diferença fundamental está no entendimento de cidadão. Em Atenas eram considerados cidadãos apenas os homens gregos e livres. Ou seja, uma minoria da população era efetivamente cidadã. Não se tratava de uma democracia da maioria, apesar de direta. Nesta sociedade a democracia era um valor que regulava a vida em comunidade.

A democracia ateniense foi conquistada após disputas de poder e conflitos entre diferentes grupos sociais (comerciantes, artesãos e camponeses) e a aristocracia – os eupátridas ou bem-nascidos. No século VI a.C. conflitos entre os domos e a aristocracia apontavam para o início de uma guerra civil. O magistrado Sólon foi o escolhido pelos atenienses para encaminhar uma reforma nas leis com a criação de um tribunal do povo. Foi criada a Eclésia, que reunia todos os cidadãos maiores de 18 anos e nascidos em Atenas e a Bulé, um conselho formado por homens eleitos.

Apesar das reformas propostas por Sólon o poder continuou na mão dos magistrados e as reivindicações seguiram. Somente com a ascensão de Clístenes – o pai da democracia - ao poder é que se estabeleceu a democracia em Atenas. Neste momento foram elaboradas novas leis e efetivados novos mecanismos de organização da sociedade. Uma dessas medidas foi o ostracismo, em que aqueles que representavam ameaça à Atenas eram excluídos por dez anos. Esta medida foi importante para controlar possíveis tentativas de tomada de poder. A democracia ateniense estava baseada em três princípios: isegoria, isonomia, isocracia, ou seja, todos os cidadãos tinham direito à palavra nas assembleias, eram iguais perante à lei e participavam de forma igualitária nas decisões públicas.

A partir de então o poder não mais estava concentrado nas mãos dos eupátridas, mas as questões públicas eram debatidas e decididas por todos aqueles que eram considerados cidadãos.

Mesmo representando a base dos modelos de democracia modernos, pode-se concluir que a democracia ateniense se caracterizava por ser bastante excludente. Um número muito reduzido de homens detinha os poderes políticos neste sistema. Mulheres, estrangeiros e escravos ficavam fora do sistema e não participavam das decisões públicas. Embora a noção de democracia estivesse diretamente relacionada à noção de cidadania, poucos disfrutavam desta condição. Por isso é preciso muita cautela ao comparar os diferentes modelos de democracia – ateniense e moderna.

Diferenças entre a Democracia Grega e Democracia Atual

A democracia ateniense foi um modelo político que fora copiado por várias sociedades antigas, e que influencia até hoje o conceito de democracia no mundo.

No entanto, a democracia atual é um modelo mais avançado e moderno da democracia ateniense, em que todos os cidadãos (maiores de 16 ou 18 anos), inclusive mulheres, podem votar e aceder a cargos públicos, sem que seja excludente e limitada.

Além disso, na democracia ateniense, os cidadãos tinham uma participação direta na aprovação das leis e nos órgãos políticos da polis, enquanto na democracia atual (democracia representativa) os cidadãos elegem um representante.

Democracia é um regime de governo cuja origem do poder vem do povo. Em um governo democrático, todos os cidadãos possuem o mesmo estatuto e têm garantido o direito à participação política.

Um dos aspectos que define a democracia é a livre escolha de governantes pelos cidadãos através de eleições diretas ou indiretas.

Um sistema de governo que atua democraticamente, deve abranger todos os elementos de sua organização política: sindicatos, associações, movimentos sociais, parlamento, etc.

Nesse sentido, democracia não é apenas uma forma de Estado ou de Constituição, mas a ordem constitucional, eleitoral e administrativa.

Isto se reflete no equilíbrio dos poderes e órgãos do Estado, a prioridade política do Parlamento, o sistema alternativo de grupos governamentais e de oposição.

A democracia tem como princípios fundamentais:

  • liberdade do indivíduo perante os representantes do poder político, especialmente face ao Estado;
  • liberdade de opinião e de expressão da vontade política;
  • multiplicidade ideológica;
  • liberdade de imprensa;
  • acesso à informação;
  • igualdade dos direitos e oportunidades favoráveis para que o povo e os partidos se pronunciem sobre todas as decisões de interesse geral;

A democracia no Brasil

O Brasil, depois de 20 anos de ditadura, iniciou sua transição democrática com eleições livres, elegendo, pelo voto indireto, o primeiro presidente, José Sarney, em 1985.

Em 1988, uma nova Constituição foi promulgada e garante a democracia em seu primeiro parágrafo que afirma:

Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

O primeiro presidente eleito democraticamente no novo período foi Fernando Collor de Melo, nas eleições presidenciais de 1989.

A ECONIMIA NA GRÉCIA ANTIGA

A Grécia tinha uma economia dinâmica e, por isso, é considerada uma das civilizações da antiguidade que mais se desenvolveram economicamente. Cada cidade-estado funcionava de forma autônoma. Ou seja, tinha sua própria forma político-administrativa, organização social e até mesmo seus deuses protetores. 

Várias delas usavam moedas de metal, como prata, bronze e liga de ouro, o que foi fundamental para dar dinâmica ao comércio. Além de servirem para compra e venda de mercadorias, elas eram uma fonte de renda para os gregos, pois eram fabricadas por eles próprios. Veja, a seguir, um pouco mais sobre as principais atividades exercidas na Grécia e seu impacto na economia local. 

A agricultura foi a base da economia na Grécia Antiga. Apesar de o território ter muitas montanhas, os gregos aproveitaram para explorar os vales férteis, cultivando principalmente uvas, azeitonas, cereais, ervas e vegetais. 

No entanto, conforme a sociedade crescia, eles começaram a importar alguns produtos. Por falta de pasto, a pecuária não se desenvolveu tanto na região, com exceção da criação de cabras e ovelhas. Nas unidades de produção agrícola, era comum o emprego tanto de mão de obra livre quanto escrava.

O artesanato também foi uma importante atividade econômica na Grécia Antiga. Os artesãos eram trabalhadores livres e produziam mercadorias de diversos tipos, como móveis, roupas, ferramentas, entre outros. 

Objetos de cerâmica também foram um grande tema dos artesãos, principalmente na região do Mar Mediterrâneo. Eles produziam objetos como as ânforas decoradas, um dos principais elementos do artesanato grego. Na época, elas eram muito usadas no transporte e conservação de azeite, perfumes e vinhos.

O litoral significativo e as inúmeras ilhas favoreceram o desenvolvimento do comércio marítimo. Por mar, os gregos mantiveram contato comercial com o Egito, Ásia Menor, Sicília e cidades ao longo do Mar Negro. 

Eles importavam trigo, papiro, especiarias, madeira, entre outros produtos. Por outro lado, exportavam muito vinho, azeite e cerâmica. A construção dessa relação com outras civilizações foi fundamental para a expansão cultural e o enriquecimento das cidades.

A religião na Grécia

Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses, assim como a maioria  dos povos da Antiguidade. Mas, ao contrário dos outros povos, tinham uma grande intimidade com seus deuses, pois acreditavam  que eles estavam a serviço das pessoas.

Os deuses gregos possuíam características humanas, defeitos e qualidades, fraquezas e paixões. A diferença existente entre eles e os humanos é que os deuses eram imortais.

Os gregos acreditavam na existência de 12 grandes divindades, (mitologia grega) que se reunião em seus tronos no alto do Monte Olimpo, onde moravam. O pai de todos os deuses era Zeus, casado com Hera. Apolo era o deus do Sol e protetor das artes, Ares era o deus guerra, Posêidon, do mar. Afrodite era a deusa do amor, e Palas Atena, da sabedoria, entre outros.

Geralmente, esses deuses e deusas eram associados a fenômenos naturais. A arma de Zeus, por exemplo, era o raio – as tempestades seriam efeito de sua cólera. Por sua vez, os terremotos, que eram comuns na Grécia, eram explicados pelo mau-humor de Posêidon, que batia com seu tridente no fundo do mar.

 

A GUERRA DE TROIA

A Guerra de Troia foi um conflito travado entre gregos e troianos em meados de 1250 a.C. (Idade do Bronze) na cidade de Troia, que se localizava em um território correspondente a parte da atual Turquia.

Essa guerra durou aproximadamente 10 anos e foi narrada nos poemas épicos Ilíada, que narra o conflito em si, e Odisseia, que narra o retorno de Odisseu (Ulisses) à sua terra natal (Ilha de Ítaca). Tais obras épicas são atribuídas ao poeta grego Homero

Contexto histórico

A Guerra de Troia ocorreu durante o Período Pré-Homérico (XX - XII a.C.) da Grécia Antiga. Durante o período que se sucede, o Período Homérico (XII - VIII a.C.), um poeta chamado Homero (o nome do período é dado em sua homenagem) escreveu os poemas épicos Ilíada e Odisseia. Suas obras são de extrema importância para o entendimento do pensamento grego da época. 

Causa mitológica da Guerra

Segundo a mitologia grega, todos os deuses foram convidados ao casamento de Tétis e Peleu, exceto Éris (deusa da discórdia). Éris, ressentida, deixou um pomo de ouro com a seguinte inscrição: “à mais bela”. Então, Hera, Afrodite e Atena competiram pelo pomo a fim de decidir quem era a mais bela.

Zeus não quis decidir quem era a mais bela, então ele deu essa responsabilidade a Páris, príncipe de Troia. Para que ganhassem o título de mais bela, as deusas Hera, Afrodite e Atena ofereceram, respectivamente, riqueza e poder; o amor da mulher mortal mais bela do mundo; e poder na batalha e sabedoria.

O príncipe troiano deu o pomo a Afrodite, escolhendo, portanto, o amor da mulher mortal mais bela do mundo - que era Helena, filha de Zeus e Leda e esposa de Menelau, rei de Esparta.

Páris foi a Esparta em uma missão diplomática e lá encontrou Helena. Ele se apaixonou por ela e a sequestrou, levando-a para Troia, deixando Menelau enfurecido. Então, Agamenon assumiu o comando do exército para atacar Troia. O exército era constituído pelo famoso estrategista Odisseu (Ulisses) e por diversos guerreiros, como Aquiles (filho de Tétis e Peleu) e Ajax.

Dessa forma, segundo a mitologia grega, a causa do conflito foi o rapto de Helena por Páris.

A Guerra 

Estima-se que o conflito tenha durado 10 anos. Agamenon, irmão de Menelau, rei de Micenas, assumiu o comando do exército de mil navios e, pelo Mar Egeu, chegou a Troia. O conflito perdurou, pois Troia era protegida por grandes muralhas, às quais os gregos não conseguiam transpor. 

Durante a guerra, muitas pessoas morreram. As mortes mais notáveis foram a de Heitor e a de Aquiles. Heitor matou o primo de Aquiles, Pátroclo, e, para vingar o seu primo, Aquiles matou Heitor. Aquiles então é morto por Páris, que atinge o seu calcanhar, seu único ponto vulnerável.

Os gregos venceram a Guerra de Troia graças a uma estratégia criada por Odisseu. A estratégia consistia em fingir desistir do conflito e entregar um presente aos troianos. Esse presente era um cavalo de madeira oco, o cavalo de Troia, repleto de soldados gregos dentro, inclusive Odisseu.

Durante a noite, enquanto todos estavam dormindo, os soldados saíram do cavalo e abriram os portões de Troia para que o restante dos combatentes gregos entrassem. Os gregos incendiaram e destruíram Troia, matando a maioria de seus habitantes. Por fim, Menelau recuperou Helena.

Guerra de Troia: mito ou História? 

Muito já se discutiu sobre o assunto entre os estudiosos da área, no entanto, não há consenso. Alguns creem que a Guerra de Troia foi um evento histórico, outros, acreditam que se trata apenas de uma lenda da mitologia grega.

Estudos mais recentes descobriram que houve um conflito entre gregos e os povos que habitavam a região correspondente a Troia. Porém, essa descoberta não é suficiente para confirmar que a Guerra de Troia, de fato, ocorreu.

Os estudiosos que acreditam que a Guerra de Troia existiu afirmam que a causa não foi o rapto de Helena, mas sim a disputa pelo domínio do estreito de Dardanelos (que ligava o Mar Egeu ao Mar Negro e era uma importante rota comercial na época). 

Assim, há uma explicação mitológica e uma explicação histórica para a Guerra de Troia, porém, não há consenso quanto à sua veracidade.

 

CIVILIZAÇÂO ROMANA

Lenda da Fundação de Roma

A lenda da fundação da cidade de Roma conta que os gêmeos Rômulo e Remo, nascidos de Reia em 771 a.C., foram jogados no rio Tibre, por ordem do então rei de Alba Longa, Amúlio – tio de Reia – que havia usurpado o trono e queria assassinar todos os possíveis herdeiros

O cesto onde os garotos estavam encalhou próximo onde atualmente é a cidade de Roma. Eles foram encontrados por uma loba, que os amamentou e os garotos escaparam da morte. Mais tarde, um pastor encontrou os dois bebês e cuidou de ambos até a idade adulta.

Depois de adultos, ambos os irmãos fundaram uma cidade nesta mesma região onde foram encontrados e criados. Após um desentendimento entre os irmãos, Rômulo assassinou seu irmão Remo e se tornou o primeiro rei de Roma. Apesar da origem “lendária”, naquela região haviam povos extremamente bem desenvolvidos.

Organização política de Roma

Entre 753 a.C. e 509 a.C., Roma teve sete reis, sendo os quatro primeiros latinos ou sabinos e os últimos três, etruscos.

O monarca, ou seja, o rei estabelecido hereditariamente, tinha poderes militares, podia escolher e nomear pessoas para cargos públicos, controlava a elaboração e a execução das leis e era uma autoridade religiosa, considerado um mediador dos deuses, o único acesso dos súditos ao divino.

O rei controlava sozinho os poderes, mas tinha o auxilio de dois grupos políticos: o senado e a assembleia Curiata.

  • Senado: formado por patrícios com mais de 60 anos, que tinham o poder de assegurar a coroação do rei ou vetar as propostas feitas por ele.
  • Assembleia Curiata: formada por patrícios de diferentes origens e tinha função consultiva, sem direito a veto.

A república de Roma

A monarquia vigorou em Roma até 509 a.C., quando o rei, que buscava ampliar ainda mais seus poderes, tentou enfraquecer o senado e acabou sendo deposto por um grupo de patrícios. Foi nesse momento que o senado assumiu o governo, derrubando a monarquia e implantando a república.

Estrutura social

Era comum nas sociedades da antiguidade que a organização social fosse desigual e com pouca ou nenhuma mobilidade. A participação política era restrita, e poucos eram considerados cidadãos. A estrutura da Roma antiga era basicamente formado pelos seguintes grupos:

  • Patrícios: considerados descendentes dos fundadores de Roma. Eram proprietários de terra e os únicos que participavam das decisões políticas;
  • Clientes: eram plebeus que viviam sob a proteção física, econômica e jurídica de um patrício, ao qual deviam fidelidade, e também para quem trabalhavam;
  • Plebeus: homens livres que formavam a massa de trabalhadores, como: artesões, agricultores, comerciantes e pequenos proprietários. Não tinham direito à participação política;
  • Escravos: eram plebeus endividados ou prisioneiros de guerra. Eram considerados bens patrimoniais. Também não tinham direito político.

Instituições republicanas

Com o fim da monarquia foi instaurado o governo de duas pessoas, eles eram os cônsules. Os cônsules tinham um mandato de um ano e eram controlados por outras instituições que foram criadas para organizar a governabilidade: o senado, a assembleia do povo e a magistratura.

Senado

O senado era formado por patrícios, assim como era na monarquia, e seus cargos eram vitalícios. Eles tinham grande influência em todos os assuntos, assessoravam os magistrados na organização dos cultos públicos, no controle das finanças e na administração das províncias romanas. Também eram responsáveis por sancionar a assembleia do povo.

Assembleia do povo

A assembleia do povo era composta pelos patrícios e pelos plebeus enriquecidos. Eles tinham representantes na assembleia Curiata (que tratava de assuntos religiosos); nas tribos que dominavam os territórios urbanos e rurais; e nas centúrias (as forças armadas). Essa assembleia aprovava leis, administrava a justiça penal e elegia os membros para a magistratura.

Magistratura

A magistratura era composta por um corpo de funcionários administrativos que exercia o cargo por um ano. Era integrada por:

  • Cônsules: que faziam executar as leis e comandavam o exército;
  • Pretores: encarregados das funções judiciárias;
  • Edis: cuidavam da manutenção da cidade;
  • Questores: dirigiam as finanças;
  • Censores: ex-cônsules eleitos a cada cinco anos, responsáveis pela vigilância e preservação dos costumes e tradições e pelo censo (contagem da população e organização dela de acordo com a renda).

Tribunato da Plebe

Com o aumento do endividamento da plebe e as constantes promessas de melhorias nas condições econômicas e jurídicas feitas pelos patrícios, que não as cumpria, os plebeus se organizaram para reivindicar medidas governamentais que aumentassem sua participação política e, consequentemente, melhorar as suas condições de vida.

Foram inúmeras lutas que pressionaram os patrícios a aprovar medidas e leis que beneficiassem as classes mais baixas como o Tribunato da Plebe, onde aconteceu uma seleção de um grupo de plebeus que tinham o poder de convocar e presidir a Assembleia do povo, convocar reuniões do senado, propor novas leis, intervir em nome dos plebeus em assuntos legais e vetar ações de magistrados para proteger os interesse da classe.

Leis que beneficiaram a plebe:

  • Lei Canuleia: permitia o casamento entre patrícios e plebeus.
  • Lei Licínia: abolia a escravidão por dívidas e determinava que um dos cônsules eleitos deveria ser plebeu.
  • Lei Ogúlnia: permitia que plebeus se tornassem sacerdotes.
  • Lei Hortência: determinava que as decisões da assembleia do povo se tornassem lei por meio de votação, conhecido como plebiscito.

Expansão militar

Uma vez que o conflito interno entre patrícios e plebeus foi se tranquilizando, os romanos passaram a conquistar outras regiões da Península Itálica até dominá-la totalmente.

Em seguida, invadiram a Grécia, de onde trouxeram os deuses, a filosofia e vários costumes. Partiram, então, para a guerra no outro lado do Mediterrâneo contra cidade de Cartago, num conflito que durou cerca de 120 anos e acabou com a vitória romana.

Expansão comercial e marítima

Era por meio do Mar Mediterrâneo que os romanos realizavam uma parte considerável de suas trocas comerciais, transportavam os seus exércitos e estabeleciam a ligação entre as diversas partes do Império (que chegou a estender-se por três continentes) com a administração central em Roma.

De tão importante que era o controle do Mediterrâneo os romanos travaram guerras contra outras organizações políticas que tinham influência na região e chamavam o mar de "Mare Nostrum" (literalmente, "nosso mar".

Triunvirato

A história da Roma Antiga é dividida didaticamente em três fases políticas, sendo elas a Monarquia, a República e o Império. O primeiro e segundo triunvirato ocorrem no final do contexto da República, sendo assim o período que antecede a ascensão do primeiro imperador de Roma.

O Primeiro Triunvirato

Durante o período de expansão territorial da fase republicana, após a morte do ditador Sila, constituiu-se o primeiro triunvirato, que foi uma forma de governo em que três generais dividiam o governo de Roma. Os três governantes eram Crasso, Pompeu e Júlio César.

Crasso, que se tornou famoso por liderar a repressão à maior revolta de escravos de Roma (Revolta de Espártaco), era um rico banqueiro. A expressão erro crasso deve-se ao erro grosseiro que esse general teria cometido ao enfrentar os partos (povo persa que tentava conquistar onde hoje é o Oriente Médio). Ao subestimar o povo inimigo, foi derrotado e morto nessa batalha.

Júlio César, diante do rio Rubicão, que constituía a fronteira entre sua província e Roma, proclamou “alea jacta est”, que significa “a sorte está lançada”. A frase proclamada por César devia-se ao fato de que não seria mais possível regressar, sendo que iria vencer Pompeu ou ser derrotado.

Pompeu, temendo ser derrotado por César, fugiu para a Grécia e posteriormente para o Egito, onde foi assassinado. No Egito, César apoiou Cleópatra (com quem teve um relacionamento amoroso) em uma disputa pelo trono, derrotando o faraó Ptolomeu. Após derrotar tropas sírias na Ásia Menor, dirigiu-se para Roma, sendo aclamado ditador romano.

O cargo de ditador em Roma era cedido apenas em casos extremos, podendo o governante exercer a autoridade máxima por, no máximo, seis meses. No entanto, Júlio César governou como ditador vitalício.

No ano de 44 a.C., César, que estava sendo acusado por seus opositores políticos de querer se tornar rei, foi assassinado no Senado romano. De acordo com a tradição, César teria dito: “até tu brutus”, em referência a um filho adotivo que estaria apunhalando-o juntamente com seus conspiradores.

A morte de César provocou revoltas populares, originando um novo triunvirato em Roma.

O Segundo Triunvirato

O segundo triunvirato foi constituído por Marco Antônio, Otávio e Lépido.

Otávio venceu o exército de Marco Antônio na batalha de Ácio, no Grécia e posteriormente no Egito. A vitória de Otávio provocou o suicídio de Marco Antônio e sua aliada (com quem também teve um relacionamento amoroso), Cleópatra.

A derrota de Marco Antônio para Otávio marcou o fim do segundo triunvirato e o início do Império em Roma. Otávio acumulou os títulos de príncipe (primeiro cidadão de Roma), augusto (divino), imperador, sumo pontífice (chefe da religião) e tribuno da plebe vitalício.

A queda do Império Romano e os Bárbaros

Os Bárbaros eram povos germânicos que não habitavam o Império Romano. Entre eles estão os francos, os lombardos, os hunos, os visigodos, os vikings e os ostrogodos. Cada povo possuía política e organização social própria. Eram povos harmônicos, que viviam da agricultura e eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses, aos quais ofereciam oferendas e dedicavam suas vitórias. Plantavam grãos e cultivavam animais para o comércio e seu próprio consumo. De todos os povos bárbaros, um deles merece maior importância: os hunos.

Bastante ambiciosos, os hunos eram hábeis guerreiros, porém violentos. Dedicavam-se a invasões, saques e pilhagens para sua sobrevivência e expansão territorial. Por conta desta ambição, durante anos pressionaram os demais povos bárbaros para uma invasão ao Império Romano com o intuito de explorar terras férteis (a Germânia era um território infértil, coberto por pântanos, o que dificultava o plantio) e acumular riquezas. Quando finalmente conseguiram, no século V, contribuíram intensamente para a queda do Império, mas não foram os principais responsáveis, pois na época das invasões o Império já se encontrava em crise.


Progressão Parcial - 7º Ano – HISTÓRIA – 100 PONTOS

E. E. Conselheiro Fidélis    Prof. Ricardo H. Laporta Gonçalves

DATA DE ENTREGA:                                                                      DATA DE DEVOLUÇÃO:

Nome do Aluno: ______________________________Turma:______________                     

TEXTO

“Umas das formas mais importante de compreender o mundo em que vivemos é a história. É bom conhecê-la para que os homens de amanhã escolham o seu destino com algum conhecimento de causa e, se possível, consigam evitar os erros que no passado fizeram sofrer tantos milhões de homens.”

O estudo da História é importante para sabermos os fatos que ocorreram no passado e que poderão nos ajudar a viver melhor no futuro.

Os registros históricos nos ajudam a entender melhor como ocorreram os fatos pela ação dos homens. Por meio da história podemos analisar os acontecimentos e perceber as ações transformadoras do homem no mundo. Conhecendo melhor o nosso passado podemos compreender melhor qual é o nosso papel na transformação da sociedade em que vivemos e a importância da nossa luta por um mundo melhor é mais justo.

1 - Escreva com suas palavras sobre a importância do conhecimento da história para nossa vida.

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A evolução humana começa há 6 milhões de anos atrás nas savanas africanas onde surgiram os primeiros hominídeos. Eles evoluíram dando origem a diferentes espécies. Há cerca de aproximadamente 3 milhões de anos surgiu o primeiro antepassado do ser humano: o Homo habilis. Essa espécie evoluiu até o Homo erectus, seu descendente que surgiu há 1,8 milhões de anos. Foi a primeira espécie humana a atingir outros continentes. Há cerca de 200 mil anos surgiu o Homo Sapiens. Há aproximadamente cem mil anos atrás essa espécie saiu do continente africano em uma série de ondas migratórias, espalhando-se por toda a terra, deixando variados instrumentos que garantiam sua sobrevivência feitos de pedra, osso e marfim.

Observe a imagem da origem e evolução do homem na Terra.

 2 - Complete na linha do tempo o que aconteceu em cada um dos marcos temporais: 

6 milhões de anos:_________________________________________________________

3 milhões de anos: _________________________________________________________

1,8 milhões de anos:________________________________________________________

200 mil anos:______________________________________________________________

30 mil anos:_______________________________________________________________

 

Sobre o povoamento da América, existem muitas discussões e duas teorias muito debatidas:

A Teoria do Estreito de Bering, a Teoria das Pequenas Embarcações que teriam chegado ao continente americano e a Teoria da Deriva dos Continentes, de que em determinada época, há centenas de milhões de anos, todos os continentes formavam um bloco, a Pangeia (do grego, pan = toda e geo = terra). Ao longo de milhões de anos, com o movimento das placas tectônicas, foi se dividindo até formar os continentes como os conhecemos hoje.

3 - Se considerarmos a Teoria do Estreito de Bering para o povoamento da América como a mais correta, a ocupação populacional do nosso continente se deu do norte para o sul. Dessa maneira o ser humano teria chegado ao Brasil tempos depois da sua chegada ao continente americano. O que leva os pesquisadores acreditarem que a Teoria do Estreito de Bering é mais assertiva ao explicar o povoamento da América? O que explica o movimento feito pelos homens pré-históricos do norte do continente para o sul?

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4 - Tradicionalmente, podemos definir a Pré-História como o período anterior ao aparecimento da escrita. Portanto, esse período é anterior a 4000 a.C., pois foi por volta dessa época que os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme. Com base nesse entendimento, assinale a alternativa abaixo que caracterizaas atividades desenvolvidas pelo ser humano durante o período Paleolítico.

a) Os homens aprenderam a polir a pedra. A partir de então, conseguiram produzir instrumentos (lâminas de corte, machados, serras com dentes de pedra), mais eficientes e mais bem acabados.

b) Os homens descobriram uma nova forma de obter alimentos: a agricultura, que os obrigou a conservar e cozinhar os cereais.

c) Semeando a terra, criando gado, produzindo o próprio alimento, os homens não tinham mais por que mudar constantemente de lugar e tornaram-se sedentários.

d) Os homens passaram a se dedicar a um intenso comércio marítimo, o que os obrigou a cunhar as primeiras espécies de moedas.

e) Os homens ainda não produziam seus alimentos, não plantavam e nem criavam animais. Em verdade, eles coletavam frutos, grãos e raízes, pescavam e caçavam animais, não tendo moradia fixa.

Descoberto o berço da humanidade na África

 

Todos nós sabemos que o continente africano protagonizou o surgimento da humanidade. Lá foram encontrados os fósseis mais antigos do planeta e todas as pesquisas apontam para lá como o lugar onde tudo começou. Para além da origem da humanidade, a África também foi palco da construção de grandes civilizações. Entre essas civilizações, podemos destacar o Egito Antigo, sociedade que se organizou às margens do Rio Nilo.

 

5 - Observe o mapa atual da África e o que destaca a região do Egito Antigo. Em seguida, responda às questões abaixo:

 


 

a) O que você sabe a respeito do continente africano?

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b) Você já ouviu falar no Egito Antigo? O que você sabe sobre essa civilização?

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c) Repare na Imagem 2. Observe que o Egito Antigo era composto por desertos e que em sua geografia ganha destaque o Nilo, que é o rio mais extenso do mundo. No contexto do Egito Antigo, qual seria a importância do rio Nilo?

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d) Ainda sobre o rio Nilo, observe que as comunidades que compunham o Egito Antigo estavam localizadas nas margens do rio. Elabore hipóteses que possam justificar a organização dessas comunidades nas margens do rio.

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6 - A sociedade do Egito Antigo era organizada em classes de pessoas que se agrupavam de acordo com a função que desempenhavam. Abaixo, temos uma pirâmide com a representação social de cada grupo. Com a ajuda do seu livro didático ou pesquisando na internet, complete os espaços com os segmentos correspondentes.

 


7 - A Mesopotâmia foi palco das primeiras civilizações da nossa história. Os sumérios, em aproximadamente 3500 a.C., já tinham formado uma série de cidades que se destacaram como as mais importantes da região. Ur, Uruk, Nipur e Lagash eram conhecidas como cidades-Estado, ou seja,eram independentes entre si. Esse povo se dedicou ao comércio local e também com outras cidades distantes. Com o crescimento dessas atividades, os sumérios começaram a registrar suas transações comerciais. Esses registros eram feitos pelos escribas em tabuletas de argila como podemos observar na imagem a seguir.

 


Após analisar a imagem, responda às questões abaixo:

 

a) Quem eram os escribas e qual o seu papel na sociedade da mesopotâmia?

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b) Como se chamava a escrita criada pelos sumérios?

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c) Em relação à imagem, de que maneira os povos mesopotâmicos faziam os registros comerciais?

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d) Você consegue entender o que está escrito na tabuleta? Segundo a legenda, que tipo de regis-

tro está contido na imagem?

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8 - Diferentemente dos maias e dos astecas, os incas — povos que habitaram o sul do continente americano — não desenvolveram um sistema de escrita. Porém, os funcionários do imperador utilizavam um instrumento que ficou conhecido como quipo. Abaixo podemos observar a representação de um quipo inca. Faça uma pesquisa no seu livro didático ou na internet e, em seguida, responda as questões abaixo.



a)      a) O que era um quipo?

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b)      b) Qual era a função do quipo dentro da sociedade inca?


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9 - O Parque Nacional Serra da Capivara é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral à natureza, que se localiza nos municípios piauienses de Canto do Buriti, Coronel José Dias, São João do Piauí e São Raimundo Nonato. Esta área tem a maior e mais antiga concentração de sítios pré-históricos da América. Estudos científicos confirmam que a cadeia montanhosa de Capivara era densamente povoada na era pré-colombiana. Abaixo, você pode observar uma das milhares de pinturas rupestres do Sítio Arqueológico da Serra da Capivara. Observe com atenção e, em seguida, responda às questões:


a)   a) Qual nome se dá a esse tipo de registro?


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 b ) Quais as diferenças entre os registros feitos pelos povos pré-colombianos no Brasil e os povos da mesopotâmia?

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10 - Com auxílio de seu livro didático ou pesquisando na internet, responda:

 

a)      O que é uma religião monoteísta? Cite uma:

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b)      O que é uma religião politeísta? Cite uma:


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c)       O que eram cidades-estado num mundo antigo? Cite uma:

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11 - Pesquise no seu livro didático ou na internet a definição dos seguintes termos gregos:

a) Democracia:_____________________________________________________________

b) Política:_________________________________________________________________

c) Aristocracia:______________________________________________________________


d) Diáspora:________________________________________________________________


12 - Atualmente, a grande maioria dos países ocidentais vivem regimes considerados democráticos e defendem a Democracia como fator essencial para a vida pública de suas sociedades. Sabendo que este conceito surgiu em Atenas no século VI a.C e que nações como o Brasil são adeptos deste regime, escreva o que você entende como democracia na atualidade.

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13 - Roma deu origem à uma das mais importantes sociedades do mundo antigo, dominando as regiões da Europa, desde a atual Grã-Bretanha à todo o mar Mediterrâneo, o norte do continente africano e parte do Oriente Médio. A convivência imposta pelos romanos aos povos dominados, favoreceu uma intensa troca de informações culturais, políticas e religiosas entre Roma e demais sociedades, originando ao menos duas teorias para a própria criação da cidade italiana, uma baseada da mitologia e outra pautada nos registros históricos.

Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma. De  acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da península itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris.

a) De acordo com os textos estudados, qual a teoria sobre a criação de Roma pode ser considerada oficial e aceita pela comunidade história científica? Justifique sua resposta.

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b) Sabemos que um dos povos originários de toda a sociedade romana é o povo latino. O idioma Latim era usado na Roma Antiga como língua oficial e atualmente é utilizado pelos membros da Igreja Católica em Roma. Entretanto, a língua latina originou outros idiomas atuais, comprovando a importância da sociedade romana antiga para a formação das sociedades ocidentais. Pesquise na internet ou com seu professor de Língua Portuguesa e indique cinco idiomas atuais que tem sua origem no Latim Romano:

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A res publica de Roma e sua divisão social

Por volta do ano 509 a.C os membros do Senado romano assumem o poder em Roma, colocando fim ao sistema da Monarquia na cidade. Buscando evitar que o poder permanecesse centralizado na figura de uma só pessoa, o Senado cria um sistema político de governo onde o poder passa a ser exercido por vários cidadãos (nesse caso somente os Patrícios). Este sistema foi chamado de res publica ou coisa do povo e atualmente chamamos de República. Mantendo os privilégios políticos dos Patrícios, a sociedade política de Roma passa a ser dividida da seguinte forma:

Cônsules: vigoravam no posto mais alto da administração romana, presidiam o Senado e comandavam os exércitos em tempos de guerra. A função era sempre distribuída entre dois Cônsules escolhidos pelo Senado;

Pretores: magistrados responsáveis pela aplicação da justiça na sociedade romana;

Edis: eram responsáveis pela administração dos serviços públicos, obras de infraestrutura e

jogos públicos;

Censores: responsáveis pela contagem populacional e pela fiscalização dos serviços públicos;

Questores: responsáveis pela guarda do tesouro público;

Todos estes cargos públicos dentro da administração romana eram ocupados por Patrícios, mantendo o poder nas mãos daqueles com maior poder aquisitivo e limitando o acesso dos plebeus a maior participação nas tomadas de decisão sobre questões ligadas às políticas de Roma. Visando evitar um maior descontentamento da grande massa populacional romana, as questões política eram levadas à discussão nas Assembleias romanas, que estavam divididas em três grupos:

·         Assembleia dos Curias: Formada apenas por patrícios, os cidadãos eram divididos de acordo com local de origem ou residência;

       • Assembleia dos Centúrias: Formada por patrícios e plebeus, com o poder de decisão nas mãos dos mais poderosos. A composição seguia de acordo com a riqueza e postos militares;

       • Assembleia da plebe: Formada por plebeus que podiam eleger magistrados, porém não podiam exercer cargos públicos;

Ciente que precisavam conquistar maior participação administrativa através de seus próprios esforços, os plebeus recorrem a rebeliões contra os patrícios, ocasionando importantes transtornos a sociedade romana e reações as vezes violentas por parte dos poderosos. Entretanto, apesar de toda a dificuldade, importantes direitos foram sendo conquistados e o primeiro deles ocorreu em 494 a.C, quando os plebeus conquistaram o direito de eleger um magistrado para defender seus interesses, o Tribuno da Plebe.

No ano 450 a.C, foi promulgada a Lei das Doze Tábuas, onde várias conquistas dos plebeus foram definitivamente escritas. Entre as maiores conquistas estavam o direito a posse e a propriedade e o estabelecimento de punições para crimes como roubo e assassinato. Em 367. a.C os plebeus puderam se candidatar ao cargo de Cônsul e em 326 a.C é extinta a prática de escravidão por endividamento. A maior conquista da plebe no que abrange a participação política ocorreu em 286 a.C com a instauração dos plebiscitos como ferramenta da vontade da plebe, a partir deste momento suas reivindicações passariam a ser ouvidas e acatadas como lei dentro da sociedade romana.

14 – Sobre a divisão social da República Romana, descreva abaixo as funções de cada grupo citado:

 a) Cônsul:__________________________________________________________________

 b) Questor:_________________________________________________________________

 c) Censor:__________________________________________________________________

 d) Edil:____________________________________________________________________

 e) Pretor:__________________________________________________________________

 f) Tribuno da Plebe:__________________________________________________________

15 – De acordo com o texto estudado, quais eram as principais queixas dos plebeus quanto sua participação nas tomadas de decisão na República Romana?

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16 - Pesquise no livro didático ou na internet e responda às seguintes questões acerca da expansão territorial romana no período republicano.

a) Porque era de suma importância dominar a região do Mar Mediterrâneo?

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b) Quem era considerado bárbaro na sociedade romana?

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c) Descreva as consequências das ações dos Triunviratos romanos ao final da República para a política romana. 

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17 - Uma das heranças gregas mais apreciadas pelo homem contemporâneo são os mitos, ou seja, algumas histórias que atribuíam aos deuses a responsabilidade sobre uma série de acontecimentos que não podiam ser explicados racionalmente. Um exemplo de mito para o povo grego é a Guerra de Tróia.

 

a) Descreva as causas da Guerra de Tróia segundo a mitologia e segundo os estudos históricos.

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b) Elabore um texto e nele descreva as principais características da religião dos gregos.

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18Observe o mapa abaixo, que apresenta o território da Grécia e depois responda as questões propostas.

 


a) Localize a Grécia.

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b) Descreva as principais características do território grego.

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c) Cite as principais atividades econômicas da Grécia Antiga.

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d) Nomeie as duas principais cidades-Estados da Grécia Antiga.

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O povoamento da Grécia foi lento, durou quase milanos. Vários povos de origem indo-europeia aí foram se estabelecendo: aqueus, eólios, jônios e dórios. Esses povos foram criando comunidades autônomas, que deram origem às cidades com independência política, chamadas pelos gregos de pólis. Apesar de uma mesma matriz de cultura, religião e língua, eles desenvolveram comunidades diferentes no plano econômico, social e principalmente político. (FEIJÓ, Martin Cezar. A democracia grega.São Paulo : Ática, 1989, p. 27.)

A partir do texto, podemos concluir que as cidades gregas da Antiguidade:

a) tinham um mesmo governo, porém cultuavam deuses distintos e falavam línguas diferentes.

b) estavam submetidas ao poder de um único imperador, que fazia leis que eram cumpridas por todas as cidades.

c) apesar de possuírem independência política, possuíam elementos em comum na cultura, religião e língua.

d) desenvolveram cidades com a mesma organização econômica, social e política, sob o controle de um mesmo chefe, que também comandava a religião e o exército nacional.

e) apesar de falarem línguas diferentes, havia um aspecto cultural comum entre elas: o monoteísmo, isto é a, crença em um único Deus.

 

19 – Na Grécia Antiga, apenas uma minoria da população ateniense era considerada cidadã, podendo participar das decisões políticas. Podemos explicar esse fato, da seguinte maneira:

a) em Atenas, apenas os soldados, que constituíam cerca de 10% da população, eram considerados cidadãos, podendo participar das assembleias.

b) a minoria da população, formada por homens e mulheres descendentes dos fundadores da cidade, é que tinham direitos políticos.

c) apenas os sacerdotes, que administravam os templos, tinham o direito de participar da democracia ateniense.

d) em Atenas, a maioria dapopulação formada por mulheres, escravos, estrangeiros e crianças, não era reconhecida como cidadã. Dessa maneira, eram excluídos das assembleias.

e) apenas os homens livres ou escravos, que pagassem impostos, eram considerados cidadãos em Atenas

 

Na Antiguidade, a cidade-estado grega de Atenas destacou-se nas áreas de artes, teatro, literatura e outras  atividades culturais. Dessa forma, a educação ateniense refletiu os anseios e valores dessa sociedade.

 

20 - Assinale a alternativa abaixo que caracteriza a educação ateniense.

a) Em Atenas, as crianças de ambos os sexos eram obrigadas a frequentar as escolas, a partir dos seis anos de idade.

b) O ensino era gratuito e realizado em escolas públicas.

c) Em Atenas, apenas os meninos estudavam, preparando-se para serem bons cidadãos.

d) O objetivo da educação em Atenas era formar guerreiros obedientes e resistentes.

e) O Estado era o responsável pela educação em Atenas, contratando professores que ensinavam para os meninos apenas o básico da leitura e da escrita.

 

BONS ESTUDOS!

 

 

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