segunda-feira, 4 de abril de 2011

Aula de História - 3º Ano - Tema 3

EIXO TEMÁTICO: DO IMPERIALISMO AOS NOSSO DIAS
Tema 3: A Segunda Guerra Mundial e as questões do Oriente Médio

Segunda Guerra Mundial

O adiamento da revolução socialista mundial — iniciada com a Revolução de Outubro de 1917 — foi pago pela humanidade trabalhadora com um preço inédito em vidas humanas, especialmente fortes nos países que estiveram no centro desse adiamento: 20 milhões de mortos na União Soviética, 13 milhões na Alemanha. Isto sem contar a qualidade das mortes, que incluíram cenários de degradação humana como nunca tinham sido vistos na História: campos de concentração nazistas; câmaras de gás; políticas de extermínio total de judeus, ciganos, homossexuais, deficientes mentais e muito mais. 60 milhões de homens em armas, 50 milhões de mortes (a maioria na população civil) como resultado direto dos combates, ou "80 milhões de pessoas, sem contar também as que morreram por fome e doença (...) oito vezes mais do que na Primeira Grande Guerra": ao todo, aproximadamente, 4% da população mundial da época, e tudo isso, em escassos cinco anos. Os números da Segunda Guerra Mundial estão aí para demonstrar a validade da alternativa histórica que Rosa Luxemburgo colocara imediatamente após a Primeira Guerra Mundial: "Socialismo ou Barbárie".
Embora os números não expressem a qualidade das mortes, eles refletem a quantidade dos massacres absurdos da população civil, desnecessários do ponto de vista militar, levados adiante por todos os principais protagonistas da guerra, mas especialmente pelos "democratas" Aliados, a exemplo do inútil bombardeio da cidade alemã de Dresden (quando a capitulação da Alemanha já era questão de horas), ou das bombas atômicas lançadas sobre Hiroxima e Nagasaki, com suas centenas de milhares de mortos civis e seus efeitos ainda sensíveis décadas depois. Na Segunda Guerra, porém, a participação dos Estados Unidos não foi preventiva, mas central, embora existisse uma forte corrente isolacionista no seio da classe dominante americana até dezembro de 1941 (ataque japonês a Pearl Harbor), que marcou seu ingresso na guerra. 
Até esse momento, a política americana com relação ao Japão era ambígua, e o mesmo pode-se dizer com relação à Alemanha hitlerista (o que desmente a visão ideológica retrospectiva de uma guerra da democracia contra o fascismo), isto ao ponto de Hitler ter como um de seus objetivos principais, já em plena guerra, a manutenção da neutralidade dos Estados Unidos. O próprio Trotsky já tinha analisado que a emergência dos Estados Unidos como principal potência capitalista e imperialista mundial tinha sido uma das principais conseqüências da Primeira Guerra Mundial.
No período anterior à Guerra, a ambigüidade das democracias européias com relação às tentativas alemãs de revisar a Paz de Versalhes e, em geral, com relação a toda a política do Eixo nazi-fascista, tinha sido marcante. A política dita de "apaziguamento" remonta à tolerância com a invasão japonesa da Manchúria em 1931, passa por atitude semelhante com a invasão italiana da Etiópia em 1935, atinge a vergonha com a política de não-intervenção na Guerra Civil Espanhola de 1936-1939 (quando a ajuda nazi-fascista ao campo franquista foi fundamental para o desfecho do conflito), e tem seu ponto culminante com a Conferência de Munique de 1938 (Alemanha, Itália, Grã-Bretanha, França) e sua conseqüência imediata, o desmembramento da Tchecoslováquia pela Alemanha nazista (invasão dos Sudetos). Esta política é comumente analisada hoje como produto da cegueira dos governos democráticos acerca das verdadeiras intenções do Terceiro Reich. Sua raiz, porém, está na própria natureza do conflito mundial que se avizinhava.
A Segunda Guerra Mundial foi simultaneamente um conflito interimperialista (contradições nacionais) e contra-revolucionário (contradições sociais ou de classe) em que a destruição da URSS visava interromper de vez o processo revolucionário iniciado em 1917, já seriamente abalado pelo isolamento da revolução soviética (e sua principal conseqüência, a emergência do stalinismo) e pela vitória do nazismo na Alemanha, com a conseqüente derrota histórica do mais importante proletariado ocidental. Não afirmamos que os democratas ocidentais tenham se caracterizado pela lucidez com relação ao nazismo. Dizemos, porém, que estavam dispostos a dele se servir, sem o menor preconceito ideológico, contra a União Soviética (isto é, contra as bases econômicas e sociais remanescentes do Estado Operário) e contra o movimento operário do Leste e do Oeste. Quanto à lucidez, basta dizer que, ainda em 1940, o Presidente norte-americano, Roosevelt, acreditava que a Alemanha atacaria o hemisfério ocidental, provavelmente primeiro na América Latina10, enquanto já em 1931, isto é, antes da tomada do poder por Hitler, Trotsky havia predito que se o nazismo assumisse o poder desencadearia uma guerra contra a URSS.
A evidência explícita do caráter contra-revolucionário do caminho político que levaria à Segunda Guerra Mundial está também no fato de que a aliança Alemanha-Itália-Japão, configurada na década de 30 (e que seria um dos blocos do conflito), autodenominou-se Pacto Anti-Komintern, isto é, explicitamente dirigido a conter a "expansão mundial do comunismo". O outro aspecto está no fato de que a economia armamentista, posta em pé na década prévia à Guerra (em primeiro lugar nas potências totalitárias), foi a única via de saída para a crise em que a economia capitalista mundial tinha entrado em 1929.
Nos Estados Unidos, a produção industrial de armamentos duplicou em cinco anos, perfazendo entre 40% e 45% do total da produção, período no qual o setor civil não variou em valor absoluto. Os empregos industriais passaram de 10 para 17 milhões, entre 1939 e 1943. O total de empregos era de 47 a 54 milhões no mesmo período. Se o PNB aumentou de 150%, a concentração econômica espantosa determinou a feição definitiva do capital monopolista nos Estados Unidos — 250 sociedades industriais passam a controlar 66,5% da produção total, uma percentagem equivalente àquela controlada por 75 mil empresas antes da guerra.
As exportações dos Estados Unidos passaram de pouco mais de 5 bilhões de dólares, em 1941, para quase 14,5 bilhões, em 1944. No período 1938-1944, a produção de guerra passou de 2 para 100 nos Estados Unidos; de 4 para 100 na Inglaterra; de 16 para 100, na Alemanha; de 8 para 100 no Japão. A transformação das economias capitalistas em economias de guerra e os diversos pontos de partida para atingir tal objetivo determinam, em última instância, a superioridade dos Aliados: calcula-se em 80 bilhões de dólares o valor do material de guerra produzido pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e pelo Canadá, no período anterior ao desembarque de 6 de julho de 1944. No mesmo período, a Alemanha e seus aliados tiveram uma produção equivalente a 15 bilhões, isto é, uma superioridade de mais de 5 para 1 em favor dos Aliados, do ponto de vista dos recursos econômicos consagrados ao esforço bélico.
O fato de a Segunda Guerra ter sido a única solução possível para a crise econômica marca uma diferença importante em relação à Primeira Guerra, na qual a questão principal era a redistribuição do mundo entre as potências imperialistas, e não a anexação de um motor artificial (a economia armamentista e, posteriormente, a economia de guerra) à máquina capitalista enguiçada, que se transformará, doravante, numa peça essencial para o funcionamento da economia capitalista mundial.

Introdução

Muitos historiadores citam como uma das causas de SEGUNDA GUERRA MUNDIAL os problemas não solucionados da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Com o fim da Primeira Guerra Mundial e dos tratados que também terminaram surgiram novos problemas políticos e econômicos. Líderes de vários países tiraram proveito desses problemas para conseguir poder. O desejo de ditadores na Alemanha, Itália, e Japão para conquistar mais território trouxeram conflitos entre as nações democráticas. O que o trabalho passa a seguir conta mais detalhadamente o que realmente acontece.           
Segundo Taylor, o conflito mundial teria sido imposto pelas Potências Aliadas, inclusive no que diz respeito ao Japão, o qual, após o embargo imposto pelos Estados Unidos em agosto de 1941, "estava fadado a render-se ou ir à guerra". É perfeitamente possível estar de acordo com isto e, ao mesmo tempo, reconhecer que o caráter objetivo das contradições às quais estava submetido o imperialismo alemão, obrigava-o a envolver-se numa disputa de alcance mundial, devido ao choque inevitável com o imperialismo norte-americano.
Para o historiador revisionista alemão Ernst Nolte, a objetividade do segundo conflito mundial está determinada pela "perspectiva mais adequada na qual o bolchevismo e a União Soviética e o nacional-socialismo e o Terceiro Reich devem ser considerados que é a de uma guerra civil européia"15. O mérito do enfoque — a procura das causas profundas da Segunda Guerra não apenas nos conflitos interestatais, mas no processo de revolução/contra-revolução — se esvai ao se considerar apenas a Europa como cenária dessa hipotética guerra civil. Desta forma, ela não teria por base, portanto, a crise mundial das forças produtivas capitalistas. Tal enfoque exclui, por exemplo, o Extremo-Oriente que é, desde o início da revolução chinesa de 1919, protagonista central tanto do conflito de classe quanto do conflito nacional (guerra China-Japão). Sem falar no abuso que consiste em colocar sob a etiqueta bolchevismo tanto a direção inicial (Lenin-Trotsky) da Revolução de Outubro, que defendia a perspectiva de uma revolução proletária mundial, quanto o messianismo nacionalista da direção stalinista, erguida sobre o cadáver da primeira, e cuja política nacionalista foi um elemento central no prólogo, no desenrolar e no desfecho da Segunda Guerra. O nazismo, porém, não fazia senão levar adiante uma tendência objetiva presente na lógica da guerra imperialista.
O nazismo realizaria a sombria perspectiva do holocausto. Os Estados Unidos e o Vaticano tinham conhecimento do genocídio que estava sendo posto em prática, pelo menos desde 1942, fatos e conhecimentos diante dos quais se omitiram.
Sublinhar o caráter contra-revolucionário do segundo conflito mundial e dos preparativos que levaram ao mesmo, não significa justificar a política da burocracia russa para se manter afastada da guerra, mas ao contrário, apontar para o seu caráter ilusório e igualmente contra-revolucionário que acabaria custando 20 milhões de mortos à União Soviética (o preço mais alto paga por qualquer um dos beligerantes). Do Pacto Laval-Stalin, em 1935, que desarmou o proletariado francês para lutar contra o militarismo da sua burguesia, até o Pacto União Soviética-Japão de 1941 (nas vésperas da invasão pelo exército nazista), passando pelo "Pacto maldito" — o Pacto Germano-Soviético, de 23 de agosto de 1939, que deu o sinal verde para a invasão da Polônia pela Alemanha — a política externa da União Soviética foi o complemento necessário da política que, no plano interno, levou, nos Processos de Moscou de 1936-1938, à aniquilação de tudo o que restava da velha guarda bolchevique e inclusive, em 1937, à decapitação do Exército Vermelho. Os processos sobre o Exército Vermelho se abateram não só ao nível da cúpula, mas até dos comandos médios. Foram promovidos a partir de falsas acusações fabricadas pelos serviços secretos nazistas. Uma vez realizados tais expurgos, Hitler proclamou: "neutralizamos a Rússia por dez anos", o que lhe permitiu preparar a conquista da Tchecoslováquia e a guerra na frente ocidental.
Antecedentes da Segunda Guerra Mundial -  As razões que levaram à  segunda guerra
Tratado de Versalhes
No Palácio de Versalhes, em Paris, reuniram-se os representantes de 32 países, que assinaram um acordo em 28 de junho de 1919, elaborado na verdade pelos representantes dos "Três Grandes" -- o presidente Woodrow Wilson dos EUA, e os primeiros ministros da Inglaterra e França, David Lloyd George e Georges Clemanceau -- e que foi imposto à Alemanha derrotada.
Segunda guerra mundial
O Tratado, que punha fim oficialmente a I Guerra, pretendia devolver a paz à Europa e ao mesmo tempo, eliminar o potencial bélico e industrial alemão, mas criou uma nova realidade marcada pela postura imperialista dos vencedores e pelo fortalecimento do sentimento nacionalista e de vingança na Alemanha.
A Alemanha foi obrigada a entregar todo seu equipamento bélico ( 5 mil canhões, 25 mil metralhadoras, 3 mil morteiros, 1700 aeroplanos, 5 mil locomotivas, 150 mil vagões, 5 mil caminhões, 6 cruzadores, 10 encouraçados, 8 cruzadores e 50 destróieres), a retirar suas tropas da região do Reno, próxima da França, a reduzir o efetivo militar, foi proibida de se unir à Áustria e perdeu todos os seus territórios na África e Ásia. Na Europa, o país foi obrigado a devolver as regiões da Alsácia e Lorena à França e as regiões de Dantzig (de população predominantemente alemã) `a Polônia.
Desempregados na alemanhadesempregados na Alemanha
O governo alemão foi obrigado a pagar pesada indenização não somente aos países que haviam sido invadidos, mas também aos EUA, Inglaterra e algumas de suas colônias, fortalecendo o imperialismo britânico. O valor inicial da indenização foi fixado em 24 bilhões de libras, que foi reduzido gradualmente, redução que não impediu o desastre econômico no país.
A Itália pode ser considerada como grande derrotada na I Guerra. Apesar de ter lutado a favor dos Aliados, de ter contribuído com recursos materiais e de ter parte de seu território ocupado e destruído durante a guerra, não conseguiu ver atendidas suas reivindicações territoriais e recebeu uma parcela irrisória das indenizações pagas pela Alemanha.
Veja os vídeos no sites:
http://www.colegioweb.com.br/historia/o-que-foi-a-segunda-guerra-mundial-.html



Imperialismo e Nacionalismo

O nacionalismo exacerbado que tomou conta de vários países da Europa após a Primeira Guerra, foi uma reação à nova ordem geopolítica imposta pelos Tratados do pós Guerra, principalmente pelo Tratado de Versalhes, que teve efeitos diretos sobre a Alemanha e indiretos sobre a Itália. A nova situação foi caracterizada pela formação de democracias muito frágeis, que seriam responsáveis pelo difícil processo de recuperação econômica.
No quadro do imperialismo desenvolvido desde o século XIX, o papel das colônias era visto como fundamental para o desenvolvimento das grandes potências. A Itália perdeu ao final da guerra os territórios na fronteira com a Áustria, a Dalmácia, e nem foi considerada sua pretensão de anexar a Albânia, que se tornou um país independente. O Japão perdeu territórios no litoral da China. Inglaterra e França dividiram entre si as possessões alemãs na África e Ásia.
A luta por territórios, importantes do ponto de vista econômico e estratégico, foi determinante para reforçar o sentimento nacionalista em vários países. No caso de países vencedores, a manutenção ou ampliação dos territórios sob seu domínio reforçou a política imperialista, de reserva de mercado, consequentemente reduzindo o espaço econômico de outros países. Para os países derrotados e para a Itália, a perda de territórios e de influência significou a estagnação da economia, num momento onde o esforço para a recuperação exigia maior produção e fornecimento de matérias-primas. Para esses países, a retomada do crescimento econômico somente seria possível com a ampliação de seus territórios, retomando a política imperialista (desenvolvida pelas demais potências) e isso não seria possível sem um forte ideal nacionalista.
A radicalização do sentimento nacionalista está associada a idéia de crescimento e ao mesmo tempo à idéia de repúdio àqueles que impedem o crescimento, e contribuiu para a implantação de governos totalitários e militaristas. Uma outra fórmula que serviu para reforçar tanto o sentimento nacionalista como os governos militares, foi a posição do empresariado destes países, frente a possibilidade de avanço comunista.

A situação da alemanha
Ao final da Primeira Guerra a monarquia fora eliminada, considerada como culpada pelo fracasso da política bélica alemã, e desta forma, o exército procurou sair da guerra como uma instituição vitoriosa: cumprirá sua missão, o território alemão não havia sido invadido. O sentimento difundido pela cúpula militar pretendia atingir não apenas a grande massa de soldados, mas a sociedade em geral, e o exército continuará a Ter um papel importante na vida política e social do país.
Adolf Hitler

Com o fim da monarquia, iniciou-se um período que ficou conhecido como a " República de Weimar" que se dizia um governo liberal, apoiado em uma nova Constituição, mas que se iniciava sob o espectro da crise econômica e social. O novo governo, ao aceitar as imposições imperialistas do Tratado de Versalhes, nascera fadado a viver sob constante crise. Se num primeiro momento obtivera o apoio das camadas populares, em pouco tempo conheceu um processo de greves e manifestações contra a situação marcada pela hiperinflação e pelo desemprego crônico. Para se preservar no poder, o novo governo adotou uma posição conservadora, não atendendo as expectativas dos trabalhadores que o haviam apoiado, voltando-se para os setores mais conservadores da sociedade, como militares e empresários ultranacionalistas.
Dessa maneira, o governo da Social Democracia tornou-se cada vez mais centrista e abriu a possibilidade de uma constante radicalização e polarização, marcada pela tendência de as forças mais conservadoras se unirem em torno de um projeto comum ao longo de poucos anos, o mesmo acontecendo com as forças mais a esquerda, não obstante suas divisões internas.
Manifestação nazista
manifestação nazistaO nazismo passou a se aproveitar das divisões internas dos grupos que apoiavam o governo e do caos econômico. Hitler começou a conquistar o apoio do povo alemão defendendo uma política de força como solução para os grandes problemas alemães. Sua propaganda era extremamente nacionalista e xenófoba, dirigida contra o comunismo e contra os judeus.
O inicio da década de 30 foi marcado pelo acirramento das disputas políticas e de uma forma geral pelo avanço do nazismo. Em 30 de janeiro Hitler foi nomeado Chanceler; em fevereiro as forças paramilitares incendiaram o Reichstag, atribuindo a culpa aos comunistas, originando violentas perseguições aos sindicatos e aos membros do partido Comunista. A ameaça comunista e a necessidade de limitar a ação dos judeus foi o pretexto utilizado para reforçar a centralização. Em março, com maioria de nazistas, o parlamento concede plenos poderes a Hitler através do Ato de Autorização, que lhe permitiria decretar leis sem aprovação. Com a morte do presidente Hindenburg., assume também a presidência. O governo ditatorial passa a desenvolver então uma política belicista, de reorganização militar e investimento na indústria bélica, com vistas a colocar em prática sua política expansionista.

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A paz humilhante e revanchista imposta no Congresso de Versalhes aos derrotados na 1ª Guerra Mundial foi, sem dúvida, uma das causas da 2ª Guerra Mundial, iniciada 20 anos depois.
Podemos citar ainda, causas determinantes do segundo conflito mundial, a crise de 1929, a implantação dos regimes totalitários de direita e de esquerda e os interesses imperialistas e expansionistas de algumas das grandes potências mundiais, como a Alemanha, a União Soviética, o Japão, a Itália e outras.
No período entre guerras, as nações européias reiniciam suas políticas de alianças político-militares, a corrida armamentista e acordos de não-agressão, que não foram respeitados, principalmente pelos alemães e italianos.
As anexações da Áustria e da Tchecoslováquia pela Alemanha prenunciavam a eclosão da guerra, que finalmente teve início quando os exércitos de Hitler invadiram a Polônia.
Em 1941, os Estados Unidos entraram na guerra ao lado dos seus aliados tradicionais, França e Inglaterra, e a Alemanha invadiu a União Soviética, quebrando o acordo de não-agressão e neutralidade assinado por Hitler e Stalin em 1939.
As vitórias alemães nos primeiros anos de guerra e a ocupação nazista de países como França, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Grécia, Iugoslávia e outros geravam a crença de que Hitler poderia dominar o mundo.
A entrada dos Estados Unidos na guerra e o fim da neutralidade soviética começaram a inverter tal situação.
A partir de 1943, depois da vitória da União Soviética na Batalha de Stalingrado, começou a supremacia dos exércitos soviéticos sobre as tropas alemães.
A partir do famoso Dia D, quando os aliados iniciaram a grande ofensiva para libertar a França, os exércitos nazistas, que já sofriam sucessivas derrotas na frente oriental para os soviéticos, foram recuando para suas fronteiras até a rendição final, em Maio de 1945.
O Japão, que insistiu em continuar a guerra, foi bombardeado pelos norte-americanos, que lançaram bombas atômicas sobre Hiroxima e Nagasáqui. O Japão finalmente assinou sua rendição em Setembro de 1945.

PANORAMA DO MUNDO PÓS-GUERRA

Após a 2ª Guerra Mundial o mundo foi dividido em dois grandes blocos: o capitalista e o socialista.
No mundo capitalista a propriedade privada é intocável, existe a possibilidade de mobilidade social, a burguesia capitalista é dona dos meios de produção, o operariado para sobreviver vende a sua força de trabalho e a produção é organizada pelo capitalista, que visa à obtenção de lucro.
No mundo socialista a economia é planificada e controlada pelo Estado, que dirige a administra todos os meios de produção.
A desejada paz mundial não foi alcançada após 1945. Pelo contrário, o mundo pós-guerra é cheio de conflitos e divergências entre os povos.
As disputas pela liderança mundial entre as duas superpotências – União Soviética e Estados Unidos – geraram a Guerra Fria, uma guerra ideológica na qual cada uma delas procura ampliar sua área de influência.
A Guerra Fria foi causada pelo expansionismo soviético do Leste europeu, pela Doutrina Truman e pelo Plano Marshall.
Depois de um período de declínio no final dos anos 50, as tensões mundiais aumentaram no início dos anos 60 com a construção do muro de Berlim e a crise dos mísseis, esta última motivada pela pretensão soviética de instalar bases de lançamento de mísseis em Cuba.
A reação norte-americana, com o bloqueio naval da ilha, fez os soviéticos recuarem.
A 2ª Guerra Mundial trouxe também como consequência a descolonização da África e da Ásia, devido ao fim do mito racista de superioridade do homem branco, à crescente consciência nacionalista dos povos daqueles continentes e à luta pelo direito de autogoverno e autodeterminação defendidos pela ONU.
Na Conferência de Bandung, em 1955, os países participantes não aceitaram a divisão do mundo em dois blocos , nascendo daí o chamado Terceiro Mundo.
No contexto pobre e miserável da quase-totalidade dos países africanos, a África do Sul é uma exceção. É o país mais industrializado de todo o continente africano e o mais rico pelas suas minas de diamante, ouro, urânio e carvão.
Porém, a minoria branca dirigente da África do Sul impôs um regime segregacionista, conhecido como apartheid, com base no falso mito da inferioridade biológica do negro.
A frágil estabilidade da paz mundial é constantemente ameaçada por conflitos armados e divergências entre vários povos, cujo exemplo maior são as rivalidades entre árabes e judeus, no Oriente Médio.
Nos países da América Latina predominam a dependência econômica em relação às grandes potências capitalistas e uma estrutura produtiva basicamente agrária, em que as oligarquias latifundiárias dominam a política e o latifúndio é responsável por profundas desigualdades sociais.
A concentração da riqueza nas mãos de poucos e a miséria das massas camponesas e urbanas geram constantes crises políticas e tornam a América Latina receptiva às ideologias estrangeiras.
Em vários países da América Latina predominam as multinacionais e as economias desnacionalizadas.
O expansionismo soviético no pós-guerra resultou na sovietização dos países do Leste europeu, onde os governos se submeteram à orientação da União Soviética, a economia é controlada pelo Estado, os meios de produção foram estatizados e a direção política acabou nas mãos dos partidos comunistas.
A estrutura política do Leste europeu foi profundamente afetada com a ascensão de Gorbatchev ao poder na União Soviética e com o conjunto de suas reformas econômicas e políticas, conhecidas respectivamente por perestroika e glasnost.

Conflitos do Oriente Médio

Conflito árabe israelense (1948-1949)
Por volta do século IX, comunidades judaicas foram restabelecidas em Jerusalém e Tibérias. No século XI, a população judaica crescia nas cidades de Rafah, Gaza, Ashkelon, Jaffa e Caesarea. Durante o século XII, muitos judeus que viviam na Terra Prometida foram massacrados pelas Cruzadas, mas nos séculos seguintes, a imigração para a Terra de Israel continuou. Mais comunidades religiosas judaicas estavam se fixando em Jerusalém e em outras cidades.
Um dos pontos fundamentais da fé judaica é que todo o povo será liderado de volta à Terra de Israel e que o Templo Sagrado será restabelecido. Muitos judeus acreditam que o Messias, que será enviado por Deus, irá liderar o retorno de todo o povo judeu à Terra de Israel.
Contudo, muitos judeus acreditavam que eles próprios deveriam iniciar seu retorno à sua terra histórica. A idéia de estabelecer um estado judeu moderno começou a ganhar grande popularidade no século XIX na Europa. Um jornalista austríaco chamado Theodor Herzl levou adiante a idéia do sionismo, definido como o movimento nacional de libertação do povo judeu. O sionismo afirma que o povo judeu tem direito ao seu próprio estado, soberano e independente.
No final do século XIX, o aparecimento do anti-semitismo, o preconceito e ódio contra judeus, levaram ao surgimento de pogroms (massacres organizados de judeus) na Rússia e na Europa Oriental. Esta violência notória contra judeus europeus ocasionou imigrações maciças para a Terra de Israel. Em 1914, o número de imigrantes vindos da Rússia para a Terra de Israel já alcançava os 100.000. Simultaneamente, muitos judeus vindos do Iêmen, Marrocos, Iraque e Turquia imigraram para a Terra de Israel. Quando os judeus começaram, em 1882, a imigrar para seu antigo território em grande escala, viviam por lá menos de 250.000 árabes.
O povo judeu baseia suas reivindicações pela Terra de Israel em diversos fatores:
1. A Terra de Israel foi prometida por Deus aos judeus. Esta é a antiga terra dos patriarcas e profetas bíblicos.
2. Desde que os judeus foram exilados pelos romanos, a Terra de Israel nunca foi estabelecida como um estado.
3. O estado de Israel foi criado pelas Nações Unidas em 1947. É um estado democrático, moderno e soberano.
4. Toda a Terra de Israel foi comprada pelos judeus ou conquistada por Israel em guerras de defesa, após o país ter sido atacado por seus vizinhos árabes.
5. Os árabes controlam 99.9% do território no Oriente Médio. Israel representa apenas um décimo de 1 % da região.
6. A história demonstrou que a segurança do povo judeu apenas pode ser garantida através da existência de um estado judeu forte e soberano.
Em 1517, os turcos otomanos da Ásia Menor conquistaram a região e, com poucas interrupções, governaram Israel, então chamada de Palestina, até o inverno de 1917-18. O país foi dividido em diversos distritos, dentre eles, Jerusalém. A administração dos distritos foi cedida em grande parte aos árabes palestinos. As comunidades cristãs e judaicas, porém, receberam grande autonomia. A Palestina compartilhou a glória do Império Otomano durante o século XVI, mas foi negligenciada quando o império começou entrar em declínio no século XVII.
Em 1882, menos de 250.000 árabes viviam no local. Uma parte significante da Terra de Israel pertencia aos senhores, que viviam no Cairo, Damasco e Beirute. Por volta de 80% dos árabes palestinos eram camponeses, nômades ou beduínos.
Em 1917-18, com apoio dos árabes, os britânicos capturaram a Palestina dos turcos otomanos. Na época, os árabes palestinos não se imaginavam tendo uma identidade separada. Eles se consideravam parte de uma Síria árabe. O nacionalismo árabe palestino é, em grande parte, um fenômeno do pós Primeira Guerra Mundial.
Em 1921, o Secretário Colonial Winston Churchill separou quase quatro-quintos da Palestina – aproximadamente 35.000 milhas quadradas - para criar um emirado árabe, a Transjordânia, conhecida hoje como Jordânia. Este país, que é uma monarquia árabe, é em sua maioria composto por palestinos que hoje representam aproximadamente 70% da população.
Em 1939, os britânicos anunciaram o White Paper (Carta Branca), um documento relatando que um estado árabe independente e não dividido seria estabelecido na Terra de Israel (chamada de Palestina) dentro de 10 anos. O nacionalismo árabe cresceu com a promessa de um estado forte. Mas, como discutiremos futuramente, os britânicos não foram capazes de manter sua promessa aos árabes. Em vez disso, em 1947, as Nações Unidas decidiram dividir a Terra de Israel em dois estados: um judeu e outro árabe. Em 1948, foi estabelecido o estado de Israel. Quando seus vizinhos árabes atacaram o novo estado judeu, teve início a primeira guerra árabe-israelense. Durante o estabelecimento do estado de Israel e durante a primeira guerra entre árabes e israelenses, mais da metade dos árabes que viviam na Terra de Israel fugiram, dando início ao problema ainda hoje vigente de refugiados palestinos, que discutiremos nos próximos artigos.
O povo palestino baseia suas reivindicações pela Terra de Israel em diversos fatores:
1. Os árabes muçulmanos viveram no local por muitos anos.
2. O povo palestino tem o direito à independência nacional e à soberania sobre a terra onde viveram.
3. Jerusalém é a terceira cidade sagrada na religião muçulmana, local de elevação do profeta Maomé aos Céus.
4. O Oriente Médio é dominado por árabes. Outras religiões ou nacionalidades não pertencem à região.
5. Todos os territórios árabes que foram colonizados tornaram-se estados completamente independentes, exceto a Palestina.
6. Os palestinos tornaram-se refugiados.
Veja o Vídeo: http://www.colegioweb.com.br/tv/questao-palestina.html

Guerra de Suez (1956)

Com o objetivo de garantir o acesso dos ocidentais (principalmente franceses e ingleses) ao comércio oriental, antes realizado pelo contorno do sul da África. O controle das operações realizadas no canal ficou sob o domínio inglês e continuou mesmo após a independência do Egito. No entanto, em 1952, um Golpe de Estado realizado pelo revolucionário Gamal Abdel Nasser pôs fim ao regime monárquico do rei Faruk. A liderança de Nasser no governo egípcio revelou uma política de caráter nacionalista, buscando a modernização do Estado por meio da reforma agrária, do desenvolvimento da indústria e de uma melhor distribuição de renda. A luta contra o Estado de Israel, entretanto, não deixou de ser alimentada.
Numa atitude de combate ao colonialismo anglo-francês, Abdel Nasser nacionalizou o Canal de Suez e proibiu a navegação de navios israelenses no local. A medida causou um grande impacto na Inglaterra, França e Israel que, então, iniciaram uma guerra contra o Egito. No desenrolar do conflito, os egípcios foram derrotados, mas os Estados Unidos e a União Soviética interferiram, obrigando os três países a retirarem-se dos territórios ocupados. Ao final, o Canal de Suez voltava, definitivamente, para o Egito, mas com o direito de navegação estendido a qualquer país.
A Guerra de Suez revelou uma nova referência para o contexto político da região: a cumplicidade de Israel com as potências imperialistas ocidentais. Tal constatação acentuou a ruptura entre árabes e judeus, abrindo precedentes para novos conflitos.
Veja o Vídeo: http://www.youtube.com/results?search_query=Guerra+de+Suez

Guerra dos Seis Dias

A Guerra dos Seis Dias foi mais um desdobramento dos conflitos entre árabes e judeus. Ela recebeu esta denominação devido ao efetivo contra-ataque israelense à ofensiva árabe, promovido pelo Egito.
O presidente Nasser, buscando fortalecer o mundo árabe, tomou medidas importantes: deslocou forças árabes para a fronteira com Israel, exigiu a retirada de representantes militares da ONU mantida na região desde 1956, e ameaçou fechar a navegabilidade do Estreito de Tiran aos israelenses.
No entanto, a reação israelense a essas medidas foi rápida e decisiva: atacou o Egito, a Jordânia e a Síria, encerrando o conflito num curto espaço de tempo -- 5 a 10 de junho (6 dias) de 1967. Israel dominava as forças aéreas e, por terra, contava com forças blindadas comandadas pelo general israelense Moshé Dayan. O resultado da guerra aumentou consideravelmente o estado de Israel: foram conquistadas áreas do Egito, Faixa de Gaza, Península de Sinai, região da Jordânia, a Cisjordânia, o setor oriental de Jerusalém, partes pertencentes à Síria e às Colônias de Golan.
A Guerra dos Seis Dias fortaleceu o Estado de Israel e agravou o nível de tensão entre os países beligerantes.
Veja o Vídeo: http://www.youtube.com/results?search_query=Guerra+dos+Seis+Dias

Guerra do Yom Kippur

Em 1970, morreu no Egito o presidente Nasser. Seu sucessor, Anuar Sadat, imprimiria uma política mais pragmática. Sua preocupação inicial foi recuperar os territórios perdidos para Israel durante a Guerra dos Seis Dias. Com esse objetivo, o Egito e a Síria arquitetaram uma nova ofensiva militar contra Israel.
O ataque foi em 6 de outubro de 1973, quando os judeus comemoravam o Yom Kippur, ou Dia do Perdão. A Guerra do Yom Kippur começou com uma ampla vantagem para os árabes. A Síria conseguiu recuperar as Colinas do Golã, ao passo que o Egito tomou de volta um trecho da península do Sinai. Os israelenses reverteram à situação com a ajuda dos Estados Unidos. Depois de duas semanas, o exército de Israel já havia retomado as colinas do Golã e do Sinai, com exceção de uma estreita faixa junto à margem oriental do canal de Suez.
O fim da guerra do Yom Kippur trouxe importantes modificações no tabuleiro geopolítico do Oriente Médio. O Egito esfriou suas relações com a União Soviética e partiu para uma aproximação com os norte-americanos. A Síria, ao contrário, aprofundou os laços com Moscou. Desde 1971 o país era governado pelo jovem oficial Hafez al-Assad, um nacionalista de "linha dura" que misturava elementos do socialismo e da ortodoxia islâmica.
Veja Vídeo: http://www.youtube.com/results?search_query=Guerra+do+Yom+Kippur

Acordo de Camp David

Com o cessar-fogo estabelecem-se as relações diplomáticas, iniciando-se um processo que é designado por paz americana. Iniciado em 1974/1975 com a metodologia dos pequenos passos de Henry Kissinger e, continuada pelo presidente Jimmy Carter em 1978/1979, ela visa, por parte dos E.U.A., a divisão do mundo árabe. A visita do presidente egípcio a Israel (1977) e os Acordos de Camp David (1978), que preparam um tratado de paz separado entre Isarel e o Egipto, concluído em 1979, constituem acontecimentos de relevo político na região. O presidente Sadate terá procurado nesta estratégia discutir a solução do problema palestino. Numa outra perspectiva, o tratado deveria atrair outros estados árabes, nomeadamente a Jordânia. A realidade posterior não viria a confirmar estas perspectivas, e os dirigentes israelitas prosseguirão até 1983 uma política assente na agressividade e na ocupação (os Montes Golan em 1980). Quanto às conversações sobre a autonomia dos Territórios Ocupados, previstas no Tratado de Paz entre o Egito e Israel, elas são praticamente ignorado continuando Israel a instalar colunatas na Cisjordânia.
Veja o Vídeo: http://www.youtube.com/results?search_query=Acordo+de+Camp+David+

Intifada

Como Arafat insistia em negociar uma solução para a Questão Palestina, houve uma dissidência dentro da Organização para a Libertação da Palestina e, em maio de 1983, as forças leais a Arafat começaram a enfrentar rebeldes chefiados por Abu Mussa.
Arafat, por sua vez, firmou novas alianças com o presidente do Egito, Hosni Mubarak, e com o Rei Hussein, da Jordânia, e se reelegeu presidente da OLP no ano seguinte.Em 1985, Yasser e Hussein fizeram uma oferta de paz a Israel, em troca de sua retirada dos territórios ocupados. Os judeus, além de rejeitarem a proposta, mantiveram o exército naquelas regiões.
Em 1987 explodiu uma rebelião popular em Gaza, cujo estopim foi o atropelamento e morte de quatro palestinos por um caminhão do exército israelense. Adolescentes, munidos de paus e pedras, enfrentaram, nas ruas, os soldados israelenses e o levante se alastrou. A repressão israelense foi brutal. Os soldados combatiam os paus e pedras com bombas de gás, tanques e balas de borracha.
Os resultados da Intifada foram vários espancamentos, detenções em massa e deportações. A ação judaica foi condenada pelo Conselho de Segurança da ONU, o que influenciou a opinião pública mundial a favor da OLP.
Como resultado da Intifada, as facções da OLP se uniram na intenção de criar um Estado palestino e, em novembro de 1988, o Conselho Nacional Palestino proclamou o Estado Independente da Palestina, ao mesmo tempo em que aceitava a existência de Israel. Além disso, o Conselho declarou sua rejeição ao terrorismo e pediu uma solução pacífica para o problema dos refugiados, aceitando, também, participar de uma conferência internacional de paz.
Veja o Vídeo: http://www.youtube.com/results?search_query=Intifada


Guerra do Líbano

O território do Líbano viveu uma guerra civil a partir de 1958, causada pela disputa de poder entre grupos religiosos do país: os cristãos maronitas, os sunitas (muçulmanos que acreditam que o chefe de Estado deve ser eleito pelos representantes do Islã, são mais flexíveis que os xiitas), drusos, xiitas e cristãos ortodoxos. O poder, no Líbano, era estratificado. Os cargos de chefia eram ocupados pelos cristãos maronitas, o primeiro ministro era sunita e os cargos inferiores ficavam com os drusos, xiitas e ortodoxos. No entanto, os sucessivos conflitos na Palestina fizeram com que um grande número de palestinos se refugiasse no Líbano, descontrolando o modelo de poder adotado, já que os muçulmanos passaram a constituir a maioria no Líbano. A Síria rompeu sua aliança com a OLP e resolveu intervir no conflito ao lado dos cristãos maronitas. Durante a ocupação israelense aconteceram os massacres de Sabra e Chatila. Foi com o apoio norte-americano que o cristão maronita Amin Gemayel chegou ao poder em 1982.
Revoltados com a presença das tropas norte-americanas na região, o quartel-general da Marinha americana foi atacado em outubro de 1983 e causou a morte de 241 fuzileiros. O atentado e a pressão internacional fizeram com que os Estados Unidos retirassem suas tropas do Líbano em fevereiro de 1984. As tropas israelenses também foram retiradas do Líbano, o que enfraqueceu os cristãos.
Os drusos se aproveitaram desta situação, dominaram a região do Chuf, a leste de Beirute, e expulsaram as comunidades maronitas entre 1984 e 1985. De outro lado, o sírio Hafez Assad e seus partidários libaneses detonaram uma onda de atentados a bairros cristãos e tentavam assassinar os auxiliares do presidente Amin Gemayel, que resistiu e permaneceu no poder até 1988.
Desde então, o Líbano está tentando reconstruir sua economia e suas cidades. O país é tutelado pela Síria.
Veja os Vídeos:
http://www.colegioweb.com.br/tv/guerra-do-libano.html
http://www.youtube.com/results?search_query=Guerra+do+Lib%C3%A2no

Conflito Irã Iraque

Começa em setembro de 1980 com a invasão do Irã e a destruição de Khorramshar, onde fica a refinaria de Abadã, por tropas iraquianas. O pretexto é o repúdio, pelo governo iraquiano, ao Acordo de Argel (1975), que define os limites dos dois países no Chatt-el-Arab, canal de acesso do Iraque ao golfo Pérsico.
O Iraque quer soberania completa sobre o canal e teme que o Irã sob Khomeini tente bloquear o transporte do petróleo iraquiano ao golfo Pérsico pelo canal. Khomeini havia sido expulso do Iraque em 1978, a pedido do xá Reza Pahlevi, e o presidente iraquiano, Saddam Hussein, dera apoio aos movimentos contra-revolucionários de Baktiar e do general Oveissi.
O novo regime iraniano apóia o separatismo dos curdos no norte do Iraque e convoca os xiitas iraquianos a rebelarem-se contra o governo sunita de Saddam. O Irã bloqueia o porto de Basra e ocupa a ilha de Majnun, no pântano de Hoelza, onde estão os principais poços petrolíferos do Iraque. Este bombardeia navios petroleiros no golfo, usa armas químicas proibidas e ataca alvos civis. Há pouco avanço nas frentes de luta, mas o conflito deixa 1 milhão de mortos ao terminar em 1988.
Veja o Vídeo: http://www.colegioweb.com.br/tv/guerra-irairaque.html

Guerra do Golfo

Conflito militar ocorrido inicialmente entre o Kuwait e o Iraque de 2 de agosto de 1990 a 27 de fevereiro de 1991, que acaba por envolver outros países. A crise começa quando o Iraque, liderado pelo presidente Saddam Hussein (1937-), invade o Kuwait. Como pretexto, o líder iraquiano acusa o Kuwait de provocar a baixa no preço do petróleo ao vender mais que a cota estabelecida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Hussein exige que o Kuwait perdoe a dívida de US$ 10 bilhões contraída pelo Iraque durante a guerra com o Irã (1980) e também cobra indenização de US$ 2,4 bilhões, alegando que os kuweitianos extraíram petróleo de campos iraquianos na região fronteiriça de Rumaila. Estão ainda em jogo antigas questões de limites, como o controle dos portos de Bubiyan e Uarba, que dariam ao Iraque novo acesso ao Golfo Pérsico.
A invasão acontece apesar das tentativas de mediação da Arábia Saudita, do Egito e da Liga Árabe. As reações internacionais são imediatas. O Kuwait é grande produtor de petróleo e país estratégico para as economias industrializadas na região. Em 6 de agosto, a ONU impõe um boicote econômico ao Iraque. No dia 28, Hussein proclama a anexação do Kuwait como sua 19ª província. Aumenta a pressão norte-americana para a ONU autorizar o uso de força. Hussein tenta em vão unir os árabes em torno de sua causa ao vincular a retirada de tropas do Kuwait à criação de um Estado palestino. A Arábia Saudita torna-se base temporária para as forças dos EUA, do Reino Unido, da França, do Egito, da Síria e de países que formam a coalizão anti-Hussein. Fracassam as tentativas de solução diplomática, e, em 29 de novembro, a ONU autoriza o ataque contra o Iraque, caso seu Exército não se retire do Kuwait até 15 de janeiro de 1991. Em 16 de janeiro, as forças coligadas de 28 países liderados pelos EUA dão início ao bombardeio aéreo de Bagdá, que se rende em 27 de fevereiro. Como parte do acordo de cessar-fogo, o Iraque permite a inspeção de suas instalações nucleares.
Conseqüências – O número estimado de mortos durante a guerra é de 100 mil soldados e 7 mil civis iraquianos, 30 mil kuweitianos e 510 homens da coalizão. Após a rendição, o Iraque enfrenta problemas internos, como a rebelião dos curdos ao norte, dos xiitas ao sul e de facções rivais do partido oficial na capital. O Kuwait perde US$ 8,5 bilhões com a queda da produção petrolífera. Os poços de petróleo incendiados pelas tropas iraquianas em retirada do Kuwait e o óleo jogado no golfo provocam um grande desastre ambiental.
Tecnologia na guerra – A Guerra do Golfo introduz recursos tecnológicos sofisticados, tanto no campo bélico como em seu acompanhamento pelo resto do planeta. A TV transmite o ataque a Bagdá ao vivo, e informações instantâneas sobre o desenrolar da guerra espalham-se por todo o mundo. A propaganda norte-americana anuncia o emprego de ataques cirúrgicos, que conseguiriam acertar o alvo militar sem causar danos a civis próximos. Tanques e outros veículos blindados têm visores que enxergam no escuro graças a detectores de radiação infravermelha ou a sensores capazes de ampliar a luz das estrelas. Mas o maior destaque é o avião norte-americano F-117, o caça invisível, projetado para minimizar sua detecção pelo radar inimigo.
Veja o Vídeo: http://www.youtube.com/results?search_query=Guerra+do+Golfo

Momento jornalístico do conflito do Oriente Médio

1.ª Guerra Árabe-Israelense (1948-49) – Exércitos de cinco países árabes atacam Israel, que resiste e no final do conflito tem sob seu controle 70% da antiga Palestina britânica. A Jordânia ocupa a Cisjordânia e o setor oriental (árabe) de Jerusalém, controlando o acesso aos santuários da Cidade Velha. O Egito ocupa a Faixa de Gaza. Um milhão de palestinos se refugiaram em países árabes vizinhos.
Guerra dos 6 Dias (1967) – Diante de sinais repetidos de uma invasão sendo preparada no Egito, Síria e Jordânia, Israel lança um contra-ataque preventivo. Uma semana depois, conquista a Cisjordânia e Gaza e ainda ocupa as colinas de Golan (Síria) a Península do Sinai (Egito) até a margem do Canal de Suez. Jerusalém é unificada sob domínio israelense e depois anexada e proclamada capital "eterna e indivisível" de Israel, sob protestos internacionais. Com a derrota árabe, o líder guerrilheiro Yasser Arafat, do movimento Al-Fatah, assume o comando da OLP.
Guerra do Yom Kippur (1973) – No dia mais sagrado do calendário judaico, Síria e Egito atacam Israel, recuperando numa ofensiva fulminante os territórios que perderam em 67. A contra-ofensiva israelense restabelece a situação anterior.
Camp David - Em 78, Egito e Israel assinam em Camp David, nos EUA, um acordo de paz que permite a devolução do Sinai e inclui um plano de concessão de autonomia para os palestinos na Cisjordânia e Gaza sob ocupação israelense.
Invasão do Líbano (1982) – Determinado a afastar de sua fronteira norte os guerrilheiros palestinos que atacam do sul do Líbano, Israel invade o país vizinho e ocupa a capital, Beirute, forçando a retirada do comando da OLP para a Tunísia. Israel retira as tropas em 85 mas mantém uma faixa do sul do Líbano ocupada até maio de 2000.
Intifada (1987-93) – Uma rebelião explode na Cisjordânia e Gaza e jovens palestinos enfrentam diariamente (com pedras) as tropas israelenses. Centenas são mortos e a violência só arrefece depois da derrota do Iraque (apoiado pelos palestinos) na Guerra do Golfo (1991).
Veja o Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=AurpZk_eV_4
                      http://www.youtube.com/results?search_query=Guerra+no+Oriente+M%C3%A9dio

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