terça-feira, 8 de setembro de 2020

2º ANO - PET 4 - 2ª SEMANA (15ª SEMANA) - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

 



Revolução Industrial foi iniciada na segunda metade do século XVIII e causou profundas transformações para a humanidade, por meio do surgimento da indústria e do capitalismo.

A Revolução Industrial ficou marcada pelo desenvolvimento tecnológico e de máquinas que transformou o estilo de vida da humanidade.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E INÍCIO DO CAPITALISMO

Iniciada no século XVIII na Inglaterra, a Revolução Industrial transformou a sociedade mundial ao tornar o capitalismo uma realidade em todo o planeta.

A Revolução Industrial foi um processo histórico iniciado na Inglaterra no século XVIII, principalmente, sendo comumente associado ao início do modo de produção capitalista. Essa revolução consistiu primordialmente no desenvolvimento de novas técnicas de produção de mercadorias, com uma nova tecnologia, e em uma nova forma de divisão social do trabalho.

As bases da Revolução Industrial estão na passagem das corporações de ofício da Idade Média para a produção em manufaturas. Nas corporações de ofícios, os artesãos detinham individualmente suas ferramentas e matérias-primas, trabalhando sob a supervisão de um mestre-artesão. Na manufatura, esses mestres-artesãos passaram a deter a propriedade dos meios de produção, transformando os demais artesãos em trabalhadores assalariados.

Houve ainda outros fatores que contribuíram para a Revolução Industrial, como a produção rural doméstica, onde um comerciante levava matérias-primas para as famílias transformarem-nas em mercadorias, sendo que se pagava um montante de dinheiro por essa transformação. Ao longo do tempo, esse processo foi se expandindo, gerando acumulação de capital e fortalecendo a classe social dos burgueses, detentores dos meios de produção e controladores do tempo de trabalho alheio – o que antes era detido pelos artesãos –, constituindo a classe dos trabalhadores, que não controlava seu tempo de trabalho e recebia por esse mesmo tempo de trabalho um salário.

Outra consequência dessa transformação foi o fato do conhecimento detido pelo artesão sobre todo o processo de produção de uma mercadoria, do trabalho da matéria-prima até sua venda, ter sido parcelado, gerando o que se convencionou denominar de divisão social do trabalho. Cada trabalhador executava apenas uma parte do processo de produção, cabendo ao burguês o controle global de todo o processo.


A consequência dessa divisão do trabalho foi a possibilidade de acumulação de capital pelo burguês, decorrente da exploração da mais-valia produzida pelo trabalhador, que consistia no pagamento de um valor pelo tempo de trabalho menor do que ele produziu durante toda sua jornada.

A produção de mais-valia e a acumulação de capital permitiram investimentos em pesquisas científicas voltadas a aprimorar as técnicas de produção. O principal resultado desses investimentos foi o surgimento de uma nova maquinaria, movida inicialmente a vapor, e a utilização de novas matérias-primas, principalmente carvão e o ferro. Essa nova tecnologia de maquinário aprofundou a divisão social do trabalho e ampliou a exploração do trabalhador, pois houve o aumento da produtividade, criando a grande indústria.

A Inglaterra avança do capitalismo comercial mercantil e chega no capitalismo industrial acumulando grande capital que financiou transformações e inovações técnicas, como a criação de máquinas e implantação de fábricas. Esse acúmulo de capital foi proveniente do tráfico de escravos, colonialismo, expansão comercial e os cercamentos, que expulsa o camponês das suas terras e eles migram para as cidades para trabalhar como mão de obra barata na manufatura, e com a Revolução Industrial na maquinofatura, e as terras garantem a produção de lã para a indústria têxtil inglesa.


O desenvolvimento industrial na Inglaterra ainda foi fomentado com a expulsão de um grande contingente de camponeses da zona rural, em um fenômeno ocorrido em meados do século XVIII e conhecido como cercamentos. Com os cercamentos, os camponeses foram expulsos de suas terras para a produção agropecuária, sendo obrigados a se deslocarem para as cidades e acabaram ter que trabalhar na indústria como mão de obra barata na maquinofatura.

Com isso, houve um crescimento urbano vertiginoso no Reino Unido, aliado ao processo de industrialização. Mas as condições de vida e trabalho eram péssimas. Os trabalhadores laboravam e habitavam locais insalubres e recebiam baixos salários. Dessa situação resultaram greves e lutas por melhores condições de vida, em casa e nas empresas. Os burgueses foram obrigados a aceitar algumas reivindicações e a reprimir duramente outras. Dessa experiência, os trabalhadores puderam desenvolver uma consciência econômica e política de sua situação social, formando-se enquanto uma classe social específica, o operariado. A partir desse confronto cotidiano entre burguesia e operariado foi se desenvolvendo a sociedade capitalista, dando fôlego à Revolução Industrial.

Durante o século XIX, novos mercados consumidores e de fornecimento de matérias-primas foram conquistados no que se convencionou chamar de imperialismo. Por outro lado, novos países investiram na industrialização, principalmente na Europa Ocidental e os EUA, ampliando o espaço geográfico da Revolução Industrial. Com as descobertas do petróleo e outros produtos na área química, bem como a eletricidade e o aço, um novo surto industrial se verificou no final do século XIX, conhecido como Segunda Revolução Industrial.

Esse avanço tecnológico foi também uma resposta às lutas dos trabalhadores no século XIX, que pretenderam melhores salários e participação política, sendo que as lutas por esses objetivos foram vencidas também com melhorias salariais, que tornavam necessário o aumento da produtividade para serem recuperadas, em novo nível de acumulação de capital.

O capitalismo continua se desenvolvendo até os dias atuais, como consequência da primeira Revolução Industrial. Uma Terceira Revolução Industrial é apontada com o aprimoramento da tecnologia informacional, principalmente depois da década de 1970.

 


CERCAMENTOS E REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Os cercamentos começam no século XVI e vão até o século XVIII e acompanham o período de transformação do capitalismo comercial mercantil para o capitalismo industrial inglês.

Os cercamentos foi o fenômeno pelo qual as terras de uso coletivo na Inglaterra começaram a ser cercadas para que passassem a serem terras de uso individual.

Com a Lei de Cercamentos, a burguesia pôde se desenvolver na zona rural, transformando os camponeses em operários e criando as bases para a Revolução Agrícola.

A Revolução Industrial transformou o mundo após seu desenvolvimento na Inglaterra, principalmente a partir do século XVIII. A expansão urbana e industrial do capitalismo, que teve por base a exploração do trabalho assalariado por proprietários e controladores dos meios de produção, alterou profundamente o cenário de diversos países e retirou boa parte da população do campo.

No caso da Inglaterra, essa alteração iniciou-se ainda no século XVI, quando as Leis de Cercamentos (Enclosure Acts) foram sendo editadas por sucessivos monarcas ingleses, mas que ganharam maior fôlego a partir de meados do século XVIII. Essa alteração consistiu em uma crescente ação de privatização de terras que eram de uso comum dos camponeses, através do cercamento desses locais realizado por poderosos senhores locais. A paisagem rural inglesa que era caracterizada pelo openfield (o campo aberto, sem vedação) passou a ter sua exploração nos campos fechados.

As terras comunais inseriam-se em uma tradição econômica de utilização comunitária que remontava à Idade Média, e sua privatização representava a ruptura das relações capitalistas com o antigo mundo feudal. O senhor feudal deixava, assim, de ser o detentor da posse de terras para se tornar o seu proprietário.

Os camponeses que utilizavam as terras de forma comunal e dela extraíam madeira, caça e outros produtos viram-se privados dessa fonte de recursos. A incapacidade de produção em seus pequenos lotes de terras obrigou esses camponeses a abandoná-las – sendo então apropriadas pelos grandes proprietários – e a tentar melhores condições de vida nas cidades. Dentre elas, destacavam Bristol, Birmingham, Manchester, Liverpool, Londres e Glasgow, que contavam com inúmeras fábricas. Os camponeses passavam a ser, dessa forma, assalariados nas cidades, contribuindo para a formação da classe operária na Grã-Bretanha.


As fábricas eram incapazes de utilizar toda a força de trabalho que se concentrava nas cidades, gerando uma imensa massa de pessoas que ficavam desempregadas, o chamado exército industrial de reserva. Para os burgueses donos das fábricas, o excesso de força de trabalho servia para manter baixos os salários. Por outro lado, parte dos desempregados passava a mendigar e a viver de pequenos crimes. Novas leis contra “vagabundagem” foram estabelecidas, resultando em inúmeras prisões, açoites e enforcamentos.

Mas os cercamentos geraram ainda outra consequência. A terra passava a ser uma mercadoria, possível de ser comercializada através da compra e venda. Além disso, os antigos senhores tornavam-se fazendeiros, passando também a criar ovelhas para a produção de lã destinada a manufaturas têxteis e a produzir outros produtos agrícolas para o mercado, como batatas e beterrabas. A adoção de novas técnicas de plantio, como a rotação de culturas sem pousio e a utilização de adubos e maquinário, buscou aumentar a produtividade do solo. Para aumentar ainda mais as dimensões de suas terras, os fazendeiros passaram a drenar os solos pantanosos e a abater florestas, além de cercar as terras comunais. A ciência foi utilizada na seleção de novas espécies vegetais e no cruzamento de animais que garantiriam uma melhor produtividade. Esse processo ficou conhecido como Revolução Agrícola, cujo aumento da produtividade garantiu o abastecimento da população que passava a habitar as cidades, aumentando a expectativa de vida e o crescimento demográfico. Mas isso não representou o fim da miséria nas cidades inglesas.

Nesse sentido, é interessante notar como a prática dos cercamentos de terras esteve na gênese do capitalismo, contribuindo para a constituição da burguesia e do operariado, além de criar condições para o desenvolvimento da Revolução Industrial e da Revolução Agrícola na Inglaterra. As duas revoluções são indissociáveis da expansão que o capitalismo conheceu a partir do século XVIII, transformando-se em modelo de aplicação em várias partes do mundo.

Industrialização

De um modo geral, a Industrialização transformou não só o setor econômico e industrial, como também as relações sociais, as relações entre o homem e a natureza, provocando alterações no modo de vida das pessoas, nos padrões de consumo e no meio ambiente. Cada fase da revolução industrial representou diferentes transformações e consequências mediante os avanços obtidos em cada período.

A industrialização é um dos principais agentes de transformação do espaço. Quando uma área antes não industrializada recebe um relativo número de fábricas, a tendência é receber mais migrantes para a sua área, acelerando a sua urbanização.

Com mais pessoas residindo em um mesmo local, gera-se mais procura pela atividade comercial e também no setor de serviços, que se expandem e produzem mais empregos. Entre outros aspectos positivos, menciona-se a maior arrecadação por meio de impostos (embora, quase sempre, as grandes empresas não contribuam tanto com esse aspecto).

A expansão das indústrias está diretamente relacionada ao processo de urbanização e crescimento demográfico nas cidades, pois esse fenômeno exerce grande poder de atração para a população rural, fato que desencadeia os fluxos migratórios para as cidades. Outros aspectos da industrialização é o desenvolvimento de infraestrutura, transporte, comunicação, diversos ramos de serviços, degradação ambiental, entre outros.

A industrialização garantiu às nações a capacidade de produção internacional e acelerou no mundo o processo de expansão do capitalismo. As fronteiras do antigo Estado Nacional estão em questionamento e surgem novas organizações do trabalho social.

AS TRANSFORMAÇÔES E AS RELAÇÕES DE TRABALHO

Após a Revolução Industrial ocorreu um aumento extraordinário da produção. Isso aconteceu da seguinte forma: o que era feito artesanalmente, notavelmente os bens de consumo, começou a chegar à economia a partir da maquinofatura, o que levou bens industrializados à população, em escala muito maior. Assim, os populares deslocaram-se aos centros urbanos em busca de trabalho nas fábricas. Desta forma, milhares de trabalhadores começaram a praticamente viver dentro das fábricas, que naquela época apresentavam jornadas de trabalho que variavam entre 14 e 16 horas por dia. Esses operários vendiam sua força de trabalho em troca da remuneração.

Com isso, a economia começou a crescer de forma rápida, sendo que em momentos anteriores à Revolução Industrial a renda per capta aumentava com a demora de séculos. Sendo assim, a população começou a crescer de uma forma nunca vista antes. Apenas como exemplo, no período entre os anos de 1500 e 1780, apenas na Inglaterra, houve um aumento populacional de cerca de 3 milhões de habitantes para 8 milhões. Em 1880, este índice já estava em mais de 30 milhões. Isso ocorreu devido à queda drástica da mortalidade infantil.

Em outro aspecto, a forma de vida em sociedade e o cotidiano da população foram mudados completamente. Com a Revolução Industrial, os artesãos e, em geral, as pessoas que viviam no campo, passaram a viver nas cidades e se tornaram ferramentas fundamentais para a industrialização. Além disso, as urbes simbolizavam progresso e tornaram-se enormes e de grande importância àquela época.

Em 1850, na Inglaterra, as pessoas mais pobres viviam como podiam. Aglomeravam-se à margem, em subúrbios, moradias antigas e sem o menor conforto, além de enfrentarem a insalubridade. A diferença entre a vida na urbe e a vida no campo era basicamente, que as choupanas saíam de cena, dando a vez aos ratos, esgoto, ruas esburacadas e falta de água encanada. Em meio à miséria da população mais pobre, via-se, paradoxalmente, o surgimentos de modas, inovações nos bens de consumo e a formação de uma elite industrial.

FORMAÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA

 

O desenvolvimento dos ambientes fabris proporcionou uma forte demanda por um amplo número de trabalhadores. As fábricas necessitavam de uma mão-de-obra capaz de seguir o ritmo das encomendas e das projeções de lucro dos industriários da época. Dessa forma, em curto espaço de tempo, um amplo conjunto de trabalhadores foi recebido pelas indústrias instaladas nos centros urbanos. Chamados de operários, esses trabalhadores eram figuras típicas de um novo cenário urbano em formação.

As máquinas eram os novos meios de produção da riqueza econômica e o seu alto valor fazia com que apenas as classes economicamente abastadas tivessem condições de adquiri-las. Dessa forma, pontuamos que a revolução industrial separou os trabalhadores dos meios de produção. A figura do artesão possuidor de suas técnicas e ferramentas perdeu lugar para o operário submetido ao ritmo e às tarefas do maquinário. Não participando de todo o processo produtivo e afastado dos meios de produção, o operário desconhecia o valor da riqueza por ele produzida.

Subjugado por essa situação, o operário transformava sua mão-de-obra em uma mercadoria vendida a um preço determinado por seu patrão. Com a grande leva de pessoas que procuravam o trabalho nas fábricas, o preço estipulado pela força de trabalho do operário caia em função da grande disponibilidade de trabalhadores dispostos a venderem sua mão-de-obra sob as exigências impostas pelo patrão. Dessa maneira, nas primeiras fábricas, havia um aglomerado de trabalhadores se submetendo a extensas cargas horárias recompensadas por salários irrisórios.

A baixa remuneração para o trabalho repetitivo das fábricas obrigava que famílias inteiras integrassem o ambiente fabril. Por um salário ainda menor, mulheres e crianças eram submetidas às mesmas tarefas dos homens adultos. Ao mesmo tempo, as condições de trabalho oferecidas nas fábricas eram precárias. Sem instalações apropriadas e nenhuma segurança, as fábricas ofereciam risco de danos à saúde e à integridade física dos operários. As mortes e doenças contraídas na fábrica reduziam consideravelmente a expectativa de vida de um operário.

Tantas adversidades acabaram motivando as primeiras revoltas do operariado. Sem ter uma organização muito bem ideologicamente orientada, as primeiras revoltas se voltavam contra as próprias máquinas. Entre 1760 e 1780, as primeiras revoltas de operários foram registradas em alguns centros urbanos da Inglaterra. Logo, uma lei de proteção e assistência aos trabalhadores urbanos empobrecidos, conhecida como Lei Speenhamland, foi decretada com o intuito de amenizar os conflitos operários desenvolvidos nos centros urbanos da Inglaterra.


Ainda assim, os movimentos operários continuaram a existir sob a influência de outras orientações. No início do século XIX, o movimento ludita (ou ludismo) incentivava a destruição das máquinas industriais. Essas eram encaradas como as principais responsáveis pelos acidentes e o grande número de desempregados substituídos por tecnologias que exigiam uma mão-de-obra ainda menor. Anos mais tarde, o cartismo exigiu a participação política dos operários ingleses que, na época, não tinham direito ao voto.

Com o passar dos anos, os trabalhadores passaram a instituir organizações em prol dos seus próprios interesses. As chamadas trade-unions tinham caráter cooperativista e ao mesmo tempo político. Com sua força política representada, os trabalhadores conquistaram melhores condições de trabalho, a redução da jornada de trabalho e o direito à greve. Dessas mobilizações surgiram os primeiros sindicatos que, ainda hoje, tem grande importância para a classe trabalhadora.


 

LUDISMO

Ludismo ou Movimento Ludita é o nome dado a um movimento ocorrido na Inglaterra entre os anos de 1811 e 1812, que reuniu alguns trabalhadores das indústrias contrários aos avanços tecnológicos em curso, proporcionadas pelo advento da primeira revolução industrial. Os ludistas protestavam contra a substituição da mão-de-obra humana por máquinas. O ludismo pode ser considerado o primeiro movimento operário de reivindicação de melhorias nas relações e condições de trabalho. Tanto o Ludismo e como o Cartismo foram movimentos que colocaram em destaque a questão do trabalho e as suas condições.

O nome do movimento deriva do nome de um suposto trabalhador, Ned Ludd, que teria quebrado as máquinas de seu patrão. Mesmo sem qualquer comprovação, a história serviu de inspiração para vários operários que viam nas máquinas a razão de sua condição de miséria. Hoje em dia, o termo ludita (do inglês luddite) identifica toda pessoa que se opõe à industrialização intensa ou a novas tecnologias, geralmente vinculadas ao movimento operário anarcoprimitivista.

Para além de histórico, o termo passou a expressar um conceito político, usado para designar todos aqueles que se opõem ao desenvolvimento tecnológico ou industrial, num movimento chamado de neoludismo, que guarda muitas semelhanças com o movimento original.

Os luditas chamaram muita atenção pelos seus atos, apesar das reclamações contra as máquinas e a sua supressão da mão-de-obra humana já serem fatos normais, pois os operários, além desta ameaça de perder seus empregos, viviam em péssimas condições com jornada de trabalho extensa e remuneração baixa. Seus integrantes invadiam fábricas e causavam a destruição de todos os equipamentos que, segundo estes, por serem mais eficientes que os homens, tiravam seus trabalhos. Os luditas ficaram lembrados como "os quebradores de máquinas".

O Movimento Ludista atinge seu ápice após o assalto noturno à manufatura de William Cartwright, no condado de York, em Abril de 1812. No ano seguinte, na mesma cidade, teve lugar o maior processo contra os ludistas, onde sessenta e quatro foram acusados de terem atentado contra a manufatura, resultando em treze condenações à morte e duas deportações para as colônias.

O movimento ludista perderá força com a organização dos primeiros sindicatos na Inglaterra, as chamadas trade unions. Apesar de não carregar um conteúdo ideológico, os luditas foram importantes por levar a um questionamento do molde de desenvolvimento do capitalismo e pela consequente utilização de tantas máquinas e o seu efetivo benefício à coletividade. Ainda hoje, mesmo analisada sob o contexto da questão ambiental, a questão preocupa ambientalistas e estudiosos.





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