A Primeira Guerra Mundial foi um conflito que aconteceu entre 1914
e 1918, e os principais cenários de guerra ocorreram no continente europeu. Foi
resultado de inúmeros fatores, como a rivalidade econômica, ressentimentos por
acontecimentos passados e questões nacionalistas. Teve como estopim o
assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa, Sofia, em
Sarajevo, na Bósnia, em junho de 1914.
Os principais fatores que contribuíram para o início da Primeira Guerra Mundial foram:
· disputas
imperialistas;
· nacionalismos;
· alianças
militares;
· corrida armamentista.
Rivalidades entre nações;
Rivalidade anglo-alemã: A origem desta
rivalidade entre Inglaterra e Alemanha foi a competição industrial e comercial.
Rivalidade franco-alemã: Esta rivalidade entre
franceses e alemães remetesse que na frança o anti-germanismo era muito forte
devido a derrota francesa na guerra franco-prussiana e a perda dos territórios
de alsácia e Lorena para a Alemanha.
Rivalidade austro-russo: Esta rivalidade se deu por
que a Rússia desejava dominar o império turco – otamano.
A
Primeira Guerra Mundial foi travada pelas principais potências dos dois lados
como um tudo ou nada, ou seja, como uma guerra que só podia ser vencida por
inteiro ou perdida por inteiro. O motivo era que essa guerra, ao contrário das
anteriores, tipicamente travadas em torno de objetivos específicos e limitados,
travava-se por metas ilimitadas. Na Era dos Impérios a política e a economia se
haviam fundido. A rivalidade política internacional se modelava no crescimento
e competição econômicos, mas o traço característico disso era precisamente não
ter limites.
Estendeu-se por quatro anos em duas fases distintas: Guerra de
Movimento e Guerra de Trincheira. A última fase é a mais conhecida por ter sido
a mais longa (de 1915 a 1918) e por ter sido efetivamente caracterizada por um
alto grau de mortalidade dos soldados envolvidos. O saldo do conflito foi,
aproximadamente, 10 milhões de mortos e uma Europa totalmente transformada.
A “Belle Époque”, do francês “bela época”, foi um período de
grande otimismo e paz, desfrutado pelas potências ocidentais, sobretudo as
europeias, entre 1871 até 1914, quando eclode a Primeira
Guerra Mundial.
Esta “época áurea” foi possibilitada em grande
parte pelos avanços científicos e tecnológicos, os quais tornaram a vida
cotidiana mais fácil, bem como firmaram a crença de prosperidade e esperança
no futuro.
Neste período aconteceram diversas mudanças,
principalmente quando se trata de tecnologia. Muito do que aconteceu, como a
invenção do telefone, do telégrafo sem fio, do cinema, do avião e do automóvel,
inspirava a todos com novas percepções da realidade. Paris, com os balés,
livrarias, óperas, teatros e diversas expressões de cultura, era considerada o
centro produtor e exportador de cultura mundial. Estes ambientes tornaram-se,
nesta época, muito comuns na rotina dos burgueses e apenas eles tinham acesso
ao mundo da arte.
Principais Causas
Com o fim da guerra Franco-Prussiana, surge na Europa uma
política de estabilidade, apesar da insatisfação francesa em perder os
territórios de Alsácia-Lorena para a Alemanha em 1871, o que acabou gerando
também uma tensão militar entre aquelas potências.
A despeito da corrida armamentista que se desenrolava, o
clima de progresso da Segunda Revolução Industrial provocou
um forte êxodo rural e favoreceu o desenvolvimento de uma cultura urbana
cosmopolita e de divertimento, fomentada pelos avanços nos meios de comunicação
e transporte.
Principais Características
O ponto marcante desta época foi o estilo de vida
boêmio e otimista, com destaque para a França, a qual se tornou o centro
Global de toda influência educacional, científica, médica e artística após
a instauração da Terceira República Francesa, em 1870. Ademais, se a nação
francesa era o polo difusor, Paris era o núcleo da Belle Époque Mundial.
Ora, foram criações francesas (parisienses) notáveis
deste período: as políticas de saneamento público e urbanização de Haussmann –
que renovaram Paris (drasticamente) sob os preceitos dos saberes médicos-higienistas
e reduziram as taxas de mortalidade, tornando aquela um modelo para o Mundo; os
cabarés, como o Moulin Rouge; a Torre Eiffel (1889); o Casino de Paris (1890);
o Metrô de Paris, etc.
Paralelamente, a Belle Époque se
desenvolvia nos Estados Unidos
após a recuperação da crise econômica de 1873; no Reino Unido pós era
vitoriana; na Alemanha do Kaiser Wilhelm I & II; e na Rússia de
Alexandre III e Nicolas II. No Brasil, este período ficou marcado nas cidades
de Fortaleza, Manaus e Rio de Janeiro, sobretudo após a Proclamação da
República, em 1889.
De toda forma, pudemos vislumbrar em todo Ocidente, as
revoluções provocadas com a melhoria nos transportes públicos de massa (trens e
navios a vapor) ou individuais (Ford T e a bicicleta), pelas tecnologias de
telecomunicações (telefone e telégrafo sem fio), ou pela substituição da
iluminação a gás pela elétrica.
Do ponto de vista cultural, assistimos a multiplicação
das livrarias, salas de concertos, boulevards, atêliers, cafés e as galerias de
arte, principalmente as parisienses, de onde saíam quase todas as tendências
estéticas e artísticas globais produzidas durante o período.
Não obstante, vale destacar enquanto movimento artístico
da Belle Époque, o estilo “Art Nouveau”, um fazer ornamental de cores
vibrantes e formas sinuosas, presente desde as fachadas dos edifícios até nos
objetos decorativos, como joias e mobiliários. No âmbito da pintura, também se
destacou o Impressionismo de
Claude Monet (1840- 1926).
Outros artistas de renome da Belle Époque foram Odilon
Redon (1840-1916), Paul Gauguin (1848-1903), Henri Rousseau (1844-1910), Pierre
Bonnard (1867-1947), Émile Zola (1840-1902), dentre outros.
Apesar das inovações
tecnológicas e científicas terem mudado o modo como a população vivia e
enxergava o mundo, a Belle Époque também teve o lado negativo. Isso porque, com
o avanço tecnológico vários tipos de armamento foram desenvolvidos para serem
utilizados nas guerras. Assim, foram desenvolvidas bombas, carros blindados,
canhões, metralhadoras, gases tóxicos e vários outros artefatos, uma maneira
precipitada pois suas tecnologias científica se tornou uma arma contra eles já
que sua tecnologia foi aplicada em armas de guerra de grande poder de
destruição por potências como França, Rússia, Inglaterra e Alemanha.
A influência Europeia
Eurocentrismo e etnocentrismo
O
etnocentrismo é uma atitude de considerar sua própria cultura como superior ou
melhor, inferiorizando as demais. Ou seja, é ter no seu centro de referência
apenas a sua cultura.
De
um modo geral, o termo se aplica a uma atitude coletiva de repúdio aos modos de
vida de outras sociedades. Trata-se, fundamentalmente, de uma crítica aos
costumes dos outros povos, ao mesmo tempo que se exaltam como pertinentes e
corretos os hábitos e costumes daqueles que estão julgando os outros.
O
princípio do julgamento etnocêntrico costuma ser aquilo que os antropólogos
chamam de “choque cultural”, ou seja, o encontro de duas perspectivas culturais
distintas.
Percebe-se,
então, que toda perspectiva etnocêntrica é um julgamento de valor. Quem julga
considera seu grupo como a fonte das manifestações verdadeiras, corretas e
moralmente aprovadas. Todos os outros grupos são, portanto, algo que não atinge
o mesmo padrão de qualidade daquele exposto pela sociedade do observador. Desse
modo, aquele que julga toma a si mesmo como referência para avaliar todos os
outros.
Esse
tipo de atitude possibilita a manifestação de atitudes preconceituosas e
discriminatórias, ou mesmo de organizações que têm por objetivo combater todos
aqueles que não se enquadram nos comportamentos que, segundo elas mesmas, são
os desejáveis e únicos a serem respeitados.
Decerto,
essa é uma definição parecida com o eurocentrismo: a postura de ter os valores
europeus, principalmente aqueles ligados à história da colonização e do
racismo, como o seu centro de referência e verdade.
Portanto,
é possível dizer que o eurocentrismo é um etnocentrismo. Entretanto, ele não é
qualquer atitude etnocêntrica: o olhar eurocêntrico foi responsável por
diversas violências e está relacionado com muitas desigualdades sociais.
A superioridade cultural do europeu
sempre foi predominante pela sua influência e imposição.
Os europeus apresentam uma visão preconceituosa sobre os
demais povos, o etnocentrismo por vezes é denominado eurocentrismo. Trata-se da noção de que os padrões
culturais do continente europeu são superiores ao dos demais povos. O Eurocentrismo designa
a centralidade e superioridade da visão europeia sobre as outras visões de
mundo. As pessoas eurocêntricas levam em conta somente os valores europeus.
O
eurocentrismo é um sistema ideológico, donde a cultura europeia é colocada como
a mais importante das culturas constitutivas das sociedades do mundo, no
entanto, essa visão é tida como preconceituosa, já que não contempla as outras
formas de expressões.
O
eurocentrismo se apresenta universalista quando propõe a todos os povos imitar,
nos termos simbólicos e princípios de realidade multifacetados (nos termos da
cultura, economia, política e social), a expressão moderna de existir.
Modernidade e Modernização são categorias constitutivas do discurso
eurocêntrico.
O
autor Samir Amin é sua obra “Eurocentrismo”, de 1988 descrever o termo como uma
expressão ideológica de dominação.
O
eurocentrismo como
categoria histórica é uma perspectiva de conhecimento e pensamento que surgiu
em alguns países da Europa Ocidental e que posteriormente se expandiu por
grande parte do ocidente. Quanto ao período que emerge o conhecimento
eurocêntrico ainda existem muitas controvérsias; se desde o século XV, com a
descoberta das Américas, ou se desde o século XVIII quando a ciência se torna
um conhecimento sistemático e atribuído como “superior” em relação a todas as
outras formas de conhecimento.
Há
de considerar que nesse período, com as inovações tecnológicas a partir da Segunda
Revolução Industrial (1850-1950), irão permitir um avanço das forças
imperialistas de um modo sem precedentes na história. Sob a égide do progresso,
as nações imperialistas do período moderno lançaram-se numa corrida civilizacionista pelo
mundo. Seu domínio sobre outro país era justificado pelas correntes teóricas
que pregavam o etnocentrismo,
o qual afirmava a superioridade de alguns povos sobre outros. Nesse sentido,
vale lembrar que os europeus se consideravam superiores a todos os outros
povos. Também podemos citar aqui, o darwinismo social, que promovia a
sobrevivência dos mais fortes como um fator social.Os países imperialistas,
principalmente os europeus, dominaram e exploraram os povos de quase todo o
planeta.
Trata-se ideológica de superioridade, tendo em vista a imposição de um
modelo “ideal” de sociedade, como uma marcha inexorável das histórias locais e
regionais, inseridas em uma história planetária, decide-se o destino do
planeta, gerada a partir de uma determinada parte da Europa.
O
eurocentrismo é a perspectiva de conhecimento que foi elaborada sistematicamente
a partir do século XVII na Europa, como expressão e como parte do processo de
eurocentralização do padrão de poder colonial/moderno/capitalista. Em outros
termos, como expressão das experiências de colonialismo e de colonialidade do
poder, das necessidades e experiências do capitalismo e da euro-centralização
de tal padrão de poder. Foi mundialmente imposta e admitida nos séculos
seguintes, como a única racionalidade legítima. O colonialismo, o imperialismo e o neocolonialismo são
expressões do capitalismo e das aspirações econômicas da burguesia. E com o passar do tempo, a Burguesia
capitalista se consolida e passa a dominar o cenário político e econômico
mundial.
Desta
forma, observa-se o orgulho da burguesia europeia, devido aos seus avanços
tecnológicos. A Belle Époque ou Bela Época foi um período marcado pela euforia provocada pelo progresso tecnocientífico.
[…] avanços tecnológicos, sociais e políticos alastravam-se
pela Europa e pelos Estados Unidos numa escala nunca vista em qualquer outro
período, um piscar de olhos da experiência humana. Einstein anunciou a sua
teoria especial da relatividade, Marie Curie isolou o rádio, e Leo Baekeland
inventou a baquelita, o primeiro polímero sintético. Telefones, gramofones,
veículos motorizados, sessões de cinema e casas com eletricidade tornaram-se
lugar-comum entre pessoas abastadas nas sociedades mais ricas. Jornais de
circulação em massa adquiriram influência social e poder político sem
precedentes[...]
Esse momento histórico criou um clima de grande entusiasmo.
Esse entusiasmo com o progresso refletia-se também na própria vida cotidiana
dos grandes centros urbanos – principalmente no continente europeu, como Paris,
Londres e Viena – e era visto na moda, nos cafés, no teatro, nas praças e
parques públicos, nas galerias de arte etc
Podemos
dizer que tomam de empréstimo da Europa, valores, ideias e comportamentos, levando a perda da própria
identificação. O respeito pela
própria identidade não implica ter una visão etnocêntrica do mundo: pelo
contrário, ao valorizarmos as diferenças culturais, estamos a realizar a nossa
própria história.
Assim,
o progresso torna-se uma necessidade para aqueles que enxergavam na
civilização européia a própria civilização, as elites identificavam-se
plenamente com ideais burguesa, imitando um modelo europeu de modernização,
o caminho de acesso ao consumo do conforto material, característico da Belle
Èpoque.
Dessa
forma, a “bela época” testemunha um momento da história do Ocidente em que os
homens esperavam um futuro melhor, encorajados pelas invenções que aos seus
olhos se apresentavam. Construído pela burguesia, assimilada pelas demais
classes, o que se têm em comum é um imaginário coletivo alimentado pela
ideologia do progresso. O progresso também era, na visão dos contemporâneos da
Belle Époque, esplêndido, claro, fixo, e “perfeitamente igual”. Mas também
observa-se o racismo e o eurocentrismo, cultivados na Europa e típicos da Belle
Époque.
A Primeira Guerra Mundial, estourada em julho de 1914, e toda
a leva de destruição que veio com ela decretaram o fim do clima eufórico da Belle Époque, colocando
em questão a própria razão de ser da civilização moderna. A Belle Époque
termina com a Crise de 1929.
Observação: Etnocentrismo e Relativismo -
conceitos antagônicos.
O modo do pensamento etnocêntrico toma os valores do grupo de
referência como critérios de julgamento dos outros grupos, o Relativismo busca
o abandono de seus valores de referência para abrir-se ao novo, pretendendo
assim aumentar a possibilidade de entendimento dos outros grupos. Desse modo,
enquanto o pensamento etnocêntrico tende a hierarquizar os grupos humanos de
acordo com os valores daqueles que fazem a avaliação, o Relativismo exalta a
diversidade, observando-a como a verdadeira expressão da humanidade. Nesse
sentido, o Relativismo exalta a pluralidade cultural como ideal, ao passo que o
Etnocentrismo enfatiza a singularidade dos valores e comportamentos.
O Etnocentrismo, enquanto conceito, designa um tipo de ação
caracterizada pela sustentação de um grupo social como centro do mundo,
detentor dos valores mais elevados e da moral mais apreciável. Nesse sentido,
todos os outros grupos são julgados e pensados através dos valores deste
primeiro grupo. Trata-se de uma forma de avaliar o grupo ou os grupos dos
“outros” baseada simplesmente nos critérios estabelecidos pelo grupo do “eu” ou
do “nós”. Um tipo de pensamento como este acarreta uma série de problemas, pois
não apenas impossibilita a compreensão da diversidade cultural, mas também
suscita inúmeros preconceitos, discriminações e, consequentemente, confl itos.
Isto porque todos os grupos tendem a ser etnocêntricos, o que levará a disputas
pelo domínio de uns sobre os outros. Nessa perspectiva, a diversidade é
hierarquizada e a diferença, desvalorizada. O pensamento oposto ao etnocêntrico
é o relativista. Nele ocorre uma incessante tentativa de “colocar-se no lugar
do outro”, de tentar compreender suas motivações e seus pontos de vista. Não se
trata aqui de um julgamento, pois os valores passam a ser vistos como
relativos, mas sim de uma busca por compreender a si mesmo e aos outros. A
diversidade aqui é a condição básica da humanidade, assim como a diferença.
AVANÇOS
TECNOLÓGICOS, BURGUESIA CAPITALISTA, IMPERIALISMO E A CONQUISTA DE MERCADO.
A expansão para outros
territórios já era uma prática comum para muitos Impérios antigos. Porém, o
termo imperialismo foi
cunhado para abarcar especialmente as políticas de expansão e de conquistas de
novos mercados adotadas pelas potências industriais durante a segunda metade do
século XIX.
Na segunda metade do século 18, que surge em
meio a um processo de revoluções políticas e tecnológicas, uma nova fase desse
sistema econômico, o capitalismo industrial, com o desenvolvimento do capitalismo Industrial, a
expressão "burguesia" passou a designar a classe dos ricos
proprietários de indústrias e dos grandes negociantes.
O Imperialismo é o nome
dado para o conjunto de políticas que teve como objetivo promover a expansão
territorial, econômica e/ou cultural de um país sobre outros.Os estados poderosos procuram ampliar e manter seu controle ou influência sobre povos ou nações mais fracas.
Esse termo pode ser usado para fazer menção a acontecimentos modernos, mas é comumente utilizado para se referir à política de expansão territorial e econômica promovida pelos países europeus em boa parte do planeta no século XIX.
Esse termo pode ser usado para fazer menção a acontecimentos modernos, mas é comumente utilizado para se referir à política de expansão territorial e econômica promovida pelos países europeus em boa parte do planeta no século XIX.
Esse
último uso do termo Imperialismo também pode ser chamado de Neocolonialismo,
pois foi um novo processo de colonização – dessa vez da África, Ásia e Oceania. Como o
próprio nome já sugere, o Imperialismo foi responsável pela formação de
gigantes impérios ultramarinos.
As causas
da expansão imperialista ligaram-se às transformações de estrutura capitalista
geralmente na Segunda Revolução Industrial e marcaram, o início do capitalismo
monopolista e financeiro. Razões humanitárias, filantrópicas e culturais foram usadas para
justificar a política imperialista; a Europa assume uma missão
"civilizadora".
Estabelecido
por potências europeias, como Inglaterra, Alemanha, Holanda e França, além dos
Estados Unidos e do Japão, o imperialismo foi uma medida expansionista, que
pregava a interferência em outros territórios com o objetivo de garantir os
interesses da nação soberana. Muitas vezes, as atitudes colonizadoras passaram
por cima das necessidades locais a fim de atender somente aos desejos do país
conquistador.
A
política colonizadora imperialista fundamentou-se na "diplomacia do
canhão", ou seja, foi conseguida pela força, embora travestida de ideais
que a justificavam: os colonos eram portadores de uma "missão
civilizadora, humanitária, filantrópica e cultural" e estavam investidos
de altruísmo, já que abandonavam o conforto da metrópole para
"melhorar" as condições de vida das regiões para onde se dirigiam.
As
Grandes Navegações, ocorridas entre os séculos XV e XVII, foram responsáveis
pela conquista de uma série de territórios nas Américas pelas potências
europeias da época. Na segunda metade do século XIX, houve uma retomada das
expansões em um movimento que ficou conhecido como neocolonialismo. O
objetivo das potências europeias, representadas por Inglaterra, França, Holanda
e Alemanha, era buscar novos mercados para os produtos industrializados, bem
como recursos naturais que favorecessem o desenvolvimento de novas tecnologias.
Durante imperialismo ou o
ciclo neocolonialista, cerca de 25%
das terras do planeta foram ocupadas por alguma potência imperialista.
Inglaterra: aumentou seu território
em 10 milhões de km2
França: aumentou seu território em 9
milhões de km2
Alemanha: aumentou seu território em
2,5 milhões de km2
Bélgica
e Itália: aumentou seu território em cerca de 2 milhões de km2
O Imperialismo mudou
totalmente a organização do mapa da Terra. Impérios existentes nos continentes
ocupados foram destruídos e suas populações foram colocadas sobre uma cruel
exploração de seu trabalho.
O Imperialismo é fruto do
desenvolvimento do capitalismo,
que nasceu com as transformações causadas pela Revolução
Industrial. Junto com a Revolução Industrial surgiram novas máquinas, novos
meios de transporte, novos meios de comunicação, novas formas de explorar a
produção e utilização de energia etc.
A maior característica do capitalismo
financeiro ou monopolista foi a expansão Imperialista.
A grandiosa acumulação de capital da
indústria moderna era organizada de acordo com os trustes (fusão de diversas empresas do mesmo
ramo), os cartéis (grupo
de grandes empresas independentes que estabelecem entre si um acordo com o
objetivo de controlar os preços ou o mercado de um determinado setor) e as holdings (empresa que
domina o controle de ações sobre outras empresas, como possuidora da maior
parte de suas ações). A Holding
não intromete na produção, mas recebe seus lucros pagos pelas
unidades produtoras.
A concorrência econômica
gerou nas nações industrializadas uma intensa necessidade de obter fontes de matérias-primas
e novos mercados
consumidores para adquirir as mercadorias produzidas.
Além das motivações
econômicas e industriais, o imperialismo também precisou de justificativas
culturais e científicas para ser empregado de fato pelas principais potências. No século XIX, época da supremacia econômica
europeia e da expansão imperialista, ganhou força a teorias, doutrina, racistas do filósofo inglês Herbert Spencer,
conhecida como Darwinismo Social, sustentavam que os povos da África e da Ásia
não conseguiriam se desenvolver por conta própria, defendendo a ideia de que o
homem branco europeu teria a missão de levar o progresso e a inovação até esses
locais “atrasados”.
O Imperialismo chegou ao seu ponto de saturação no início do século XX, quando as tensões nacionalistas se tornaram mais veementes.
O Imperialismo chegou ao seu ponto de saturação no início do século XX, quando as tensões nacionalistas se tornaram mais veementes.
As disputas por novos mercados
consumidores intensificaram as tensões políticas entre as principais potências
industriais europeias, chegando por vezes a conflitos armados. É notável que
esse quadro político contribuiu para a eclosão da Primeira Guerra Mundial, fruto direto da saturação imperialista, que viria a ocorrer na segunda
década do século XX.
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