segunda-feira, 6 de julho de 2020

7º Ano - PET Volume 2 - 2ª Semana (7ª Semana) - REFORMA PROTESTANTE

 

Reforma Protestante 

Por ocasião da Reforma Protestante - movimento que rompia as relações com a Igreja Católica - foram surgindo doutrinas que se distinguiam pelo fato de assumirem características conforme os seus precursores.

Luteranismo


                                                     Martin Lutero

Assim, a primeira doutrina protestante surge na Alemanha, o Luteranismo insere-se na Reforma Protestante, com a precursão do seu líder Martin Lutero, no ano 1517 .Lutero, que era um monge católico , contestou alguns pontos da doutrina católica, manifesto conhecido como 95 teses, no qual dentre várias objeções ao catolicismo, enfatiza especialmente o pagamento de indulgências - remuneração paga à igreja pelos fieis em função do perdão dos seus pecados, a venda de relíquias sagradas e o comportamento dos padres.
Com isso, Lutero pretendia reformar e, não, dividir a igreja católica, mas a sua iniciativa não foi aceite e como consequência da publicação das 95 teses que Martinho Lutero escreveu e afixou na porta da igreja de Wittemberg, na Alemanha, o mesmo foi excomungado anos depois pelo Papa Leão X.
Luteranismo é a doutrina protestante, vertente do Cristianismo. 
Dentre as crenças luteranas, a principal é a salvação pela fé. Os luteranos acreditam que a salvação é alcançada mediante as atitudes das pessoas somado à paixão e morte de Cristo em expiação dos pecados dos homens. Defendia cultos mais simples, e determinava que não houvesse imagens nas igrejas.
A livre interpretação da Bíblia, crença luterana acredita que a Bíblia é a palavra de Deus e que a mesma deve ser lida e interpretada por todos.
Os luteranos dedicam o domingo para irem à igreja. Dos sete sacramentos pregados pelos católicos, praticam a Comunhão, bem como o Batismo. Distinguem-se dos católicos, também, pelo fato de não reconhecer a autoridade do papa.

CALVINISMO

Todas são doutrinas protestantes, que se distinguem pelo fato de assumir diferentes características mediante os seus precursores.
Assim, a primeira doutrina protestante é o Luteranismo, na Alemanha, a qual influenciou o Calvinismo, de João Calvino, na Suíça.
             João Calvino
Ao contrário dos luteranos, os calvinistas acreditam na Doutrina da Predestinação, o que significa que caminho de cada pessoa já está traçado por Deus, cujo chamado não pode ser negado, Deus que escolhe as pessoas que deveram ser salvas, decorrendo daí a ideia do destino espiritual. Nesta visão o Calvinismo criticava a confissão religiosa nas igrejas católicas.

Características: as ideias de Calvino

Baseando-se em Santo Agostinho, Calvino diz que nós viemos ao mundo predestinados por Deus a sermos salvos ou condenados. Desta forma, a nossa salvação não depende da fé e nem das boas obras, mas sim da escolha divina.
Os sinais da escolha divina se manifestariam na vida dos indivíduos. O trabalho, a pureza de costumes, o cumprimento dos deveres para com a sociedade e a família seriam alguns desses sinais. Esse cidadão teria também a sua vida abençoa­da por Deus, resultando no progresso econômico.
No pensamento calvinista, ganhou corpo a ideia de que, com a vida dedicada ao trabalho, oriundo de uma vocação particular estabelecida por Deus, era possível, por meio do desempenho na atividade que trouxesse acumulação, saber se o homem era ou não predestinado a ir para o Paraíso Celestial.
Aquilo que fosse conseguido com o trabalho deveria ser reinvestido na atividade desenvolvida para o engrandecimento da vontade divina.

ANGLICANISMO 
                 Henrique VIII
Na sequência, o Anglicanismo tem, por sua vez, origem na Inglaterra, percebemos um movimento reformista bastante peculiar. Desde meados do século XIV, o teólogo John Wyclif realizou duras críticas ao poder material da Igreja e fez a tradução da Bíblia para o inglês. Além dele, Thomas Morus também teceu críticas ao papel desempenhado pela Igreja Católica durante o século XVI.
No reinado de Henrique VIII, o Estado tinha controle sobre os cargos religiosos, nomeando padres, bispos e cardeais. Nesse período, as relações entre Henrique VIII e a Igreja chegava ao seu fim quando o papa se negou a anular seu casamento com Catarina de Aragão. Dos cinco filhos que teve com Catarina, apenas uma menina havia sobrevivido.
Preocupado com a linha sucessória de sua dinastia, Henrique VIII desejou casar-se com Ana Bolena, buscando o nascimento de um herdeiro homem. Tendo negada a anulação de seu casamento, Henrique VIII resolveu criar uma nova instituição religiosa e anular os poderes da Igreja Católica na Inglaterra. Em 1534, o parlamento inglês aprovou o Ato de Supremacia que anunciou a criação da Igreja Anglicana.
Porém, não foi apenas a não aceitação do divórcio pelo papa que levou Henrique VIII a romper com a Igreja Católica. Havia ainda sérias críticas ao clero católico na Inglaterra desde ao menos o final do século XV. Tais críticas eram tanto doutrinárias quanto sobre o comportamento luxuoso dos clérigos católicos em momentos de penúria econômica da sociedade inglesa.O Anglicanismo defende a dissolução do casamento, isto é, podendo se separar e casar novamente, os anglicanos também entendem o casamento como rito sacramental.
Após Henrique VIII ser excomungado, foi decretado na Inglaterra o Ato de Supremacia, pelo qual o soberano inglês passava a ser o chefe supremo da Igreja da Inglaterra. Com essa medida, era criada a chamada Igreja Anglicana. O rei inglês passava a ter o poder de nomear os ocupantes dos cargos eclesiásticos, além de decidir sobre assuntos de ordem religiosa. A estrutura eclesiástica foi mantida, adotando-se, porém, posteriormente, a doutrina teológica desenvolvida por João Calvino.
No aspecto econômico, o Estado Inglês confiscou todos os bens da Igreja Católica, principalmente as terras dos mosteiros, que foram vendidas a vários nobres, comerciantes e fazendeiros. Tais medidas agradaram aos gentry, membros da pequena nobreza ligados ao comércio e às atividades econômicas do nascente capitalismo.
Por ironia dos acontecimentos, Henrique VIII não conseguiu ter um filho homem com Ana Bolena. A filha do casal, Elizabeth, tornar-se-ia rainha anos depois.  Henrique VIII ainda se casou mais quatro vezes, sendo que no terceiro casamento conseguiu ter um filho homem, Eduardo, que o sucederia. 
Características e ideias do anglicanismo
Como o rei não era teólogo, como Martinho Lutero e João Calvino, a solução doutrinária para a Igreja Anglicana foi a adoção da predestinação calvinista, mas com a manutenção de elementos retirados do catolicismo. Isso criou um intenso debate religioso na Inglaterra envolvendo católicos e calvinistas (puritanos).
Foi Thomas Cranmer, o Arcebispo de Cantuária da época, o mentor teológico da Reforma anglicana, elaborador do Livro de Oração Comum, livro que contém a Liturgia básica utilizada na Igreja Anglicana e que no reinado de Elizabeth se torna o líder máximo dos anglicanos.

Características: as ideias do Anglicanismo

O anglicanismo resultou da combinação de ideias católicas, luteranas e calvinistas. Em síntese, estabelecia os seguintes princípios:
    • Extinção do culto aos santos.
    • A Bíblia é a única fonte de fé.
    • A salvação humana se dá pela predestinação.
    • Cristo está presente na eucaristia em espírito.
  • Manutenção de dois sacramentos: o batismo e a eucaristia.
  • Culto celebrado em inglês.
  • Liturgia (cerimônia religiosa) semelhante à do catolicismo.
  • Hierarquia eclesiástica semelhante à do catolicismo, menos o papa, pois o chefe da Igreja anglicana era o próprio rei.

Contrarreforma

A Reforma Católica, antes chamada Contrarreforma, é um movimento católico que culminou em 1545 com o Concílio de Trento. 

A reativação da Inquisição e o fortalecimento da Companhia de Jesus caracterizam esse acontecimento histórico.

A Contrarreforma, de modo geral, consistiu em um conjunto de medidas tomadas pela Igreja Católica com o surgimento das religiões protestantes. Longe de promover mudanças estruturais nas doutrinas e práticas do catolicismo, a Contrarreforma estabeleceu um conjunto de medidas que atuou em duas vias: atuando contra outras denominações religiosas e promovendo meios de expansão da fé católica.
Uma das principais medidas tomadas foi a criação da Companhia de Jesus. Designados como um braço da Igreja, os jesuítas deveriam expandir o catolicismo ao redor do mundo. Contando com uma estrutura hierárquica rígida, os jesuítas foram os principais responsáveis pelo processo de catequização das populações dos continentes americano e asiático. Utilizando um sistema de rotinas e celebrações religiosas regulares, a Companhia de Jesus conseguiu converter um grande número de pessoas nos territórios coloniais europeus.

A Inquisição, instaurada pelo Tribunal do Santo Oficio, outra instituição eclesiástica criada na Contrarreforma, teve como principal função combater o desvio dos fiéis católicos e a expansão de outras denominações religiosas. Além de perseguir protestantes, a Santa Inquisição também combateu judeus e islâmicos, que eram considerados pecadores e infiéis. Entre outras formas, a Inquisição atuava com a abertura de processos de investigação que acatavam denúncias contra hereges e praticantes de bruxaria. Caso fossem comprovadas as denúncias, o acusado era punido com sanções que iam desde o voto de silêncio até a morte na fogueira.

Em 1542, o Concílio de Trento, uma reunião dos principais líderes da Igreja organizada pelo papa Paulo III, selou o conjunto de medidas tomadas pela Contrarreforma.

De fato, o marco principal da Contrarreforma católica foi a realização desse Concílio Ecumênico em Trento, cujos efeitos violentos determinaram a rejeição explícita ao protestantismo, a oficialização do Tomismo (de São Tomás de Aquino) e da Vulgata (versão latina da Bíblia), a condenação de livros apócrifos ou deuterocanônicos, a divulgação de uma lista de livros proibidos – o Index Librorum Prohibitorum (de 1559) e a Inquisição.

Suas principais decisões conciliares foram: condenar a venda de indulgências, conforme Lutero já as combatera e a igreja romana admitiu seu erro; condenou a intervenção de príncipes nos negócios da Igreja; condenou a doutrina protestante de justificação apenas pela fé e reafirmou que a salvação é pela fé e também pelas obras; que a missa deve ser ressaltada em sua importância na liturgia; ainda confirmou cultos aos santos, à virgem Maria e relíquias; reativou o Tribunal do Santo Ofício (Inquisição); reafirmou a doutrina da infalibilidade papal, do pecado original, da existência do purgatório e dos sete sacramentos (batismo, confirmação ou crisma, confissão, eucaristia ou comunhão, matrimônio, ordem e extrema unção); confirmou a indissolubilidade do casamento, mas o proibiu para membros do clero (celibato clerical) e criou seminários para formar seus sacerdotes. Também estabeleceu decretos e metas para a unidade católica, fortalecendo sua hierarquia.

As resoluções tridentinas (de Trento) foram promulgadas e aceitas imediatamente pela Espanha, Portugal, Polônia e estados italianos. A França relutou em aceitar, durante o período das guerras religiosas, mas as aceitou oficialmente meio século depois. Mas, o cristianismo que já era dividido entre católicos romanos e ortodoxos, a partir do século 16, mesmo com todo o esforço do Concílio de Trento, agora também se dividia entre católicos, ortodoxos e protestantes.

 As transformações sociais que marcaram o século XV.

Essa fase foi marcada por grandes transformações, revoluções e mudanças na mentalidade ocidental.

As mudanças foram de ordem econômica, científica, social e religiosa, que serviram de base para instalação do sistema capitalista. Durante a História Moderna foi estabelecida a economia dominante, chamada mercantilismo, na qual havia uma intervenção forte do Estado. As novas articulações econômicas possibilitaram que algumas instituições se tornassem mais sofisticadas e globalmente articuladas.

A História Moderna registra o surgimento de formas de trabalho e poder diferentes das vigentes na Idade Média, de outras visões de mundo e de crença, além da mudança das relações entre os diferentes grupos sociais. O período foi de transição entre a sociedade feudal e a sociedade capitalista. Marcado por conflitos e conquistas, foi na Idade Moderna que os europeus estabeleceram contatos sólidos entre civilizações espalhadas pelo mundo.


Uma das consequências da formação dos Estados Modernos foi as instituições políticas sofrem um poderoso processo de descentralização.
A criação dos Estados nacionais auxiliou os interesses da burguesia mercantil, possibilitando a existência de condições necessárias para a busca por novas rotas comerciais. Com as Grandes Navegações, o contato dos europeus com o continente africano e asiático ampliou-se.

Nesse período as nações europeias formaram grandes impérios coloniais ao redor do mundo, exploraram e colonizaram o continente americano. A História Moderna abrigou um forte desenvolvimento artístico-científico, o crescimento da burocracia e o renascimento cultural e comercial.

Com as transformações ocorridas no final da Idade Média (séculos XIV e XV), a Igreja Católica, que era o símbolo de poder até então, passou a ser afrontada pela burguesia, como novo grupo social que buscava prestigio, precisava romper com a ordem social hierarquizada imposta pela Igreja, (os comerciantes burgueses eram mal vistos pela igreja). O renascimento questionou o papel exercido pela igreja, os humanistas propunham a revalorização de Homem dentro do próprio processo do conhecimento (antropocentrismo), os cientistas e os artistas renascentistas passaram a buscar na natureza e na razão (e não mais nos dogmas) as respostas para suas questões. 

 
Minas Gerais e suas Igrejas em estilo Barroco.

Após o período do Renascimento e as reformas religiosas de Lutero e Calvino, a Igreja católica foi perdendo seu poder, pois a força da razão libertava o homem do autoritarismo imposto pela religião.

Para reconquistar seu prestígio e poder, a Igreja católica organizou a Contra-reforma. Ela queria também reafirmar e difundir sua doutrina. Uma das mudanças foi a criação da Companhia de Jesus, ordem jesuíta que tinha como objetivo difundir a fé católica entre os povos não-cristãos e construir grandes igrejas. E é nesse processo de construção e decoração que nasce a arte barroca.

Este tipo de arquitetura rompe com os valores de racionalidade e simplicidade, marcas renascentistas.

Arquitetos, pintores e escultores tinham a "missão" de transformar as igrejas em espaços cênicos para a representação de uma espécie de "teatro sagrado". A meta era converter ao catolicismo todas as pessoas. A criação da Diocese de Mariana, por volta de 1745, foi a resultante da preocupação da Igreja em ajustar a fé católica aos moldes do Concílio de Trento.

O estilo Barroco foi utilizado como uma arma da Contra-Reforma diante do Protestantismo, que pregava austeridade e rigidez, o catolicismo reagiu com o Barroco, que era o oposto, pregava o movimento das formas. No século XVIII, as irmandades religiosas (grupos de homens que se reuniam sob a proteção de determinado santo), multiplicaram as construções em Ouro Preto,( erigiam igrejas em honra a este santo e ali celebravam sua fé), a construção de várias igrejas nas cidades mineiras, algumas a uma distância de 10 metros uma da outra, como no caso da cidade de Mariana, e cada uma tentou fazer de sua igreja a mais rica e mais bonita da cidade. Com o ouro, abundante na região, as igrejas guardavam verdadeiros tesouros em altares decorados com talhas douradas.

O catolicismo aumentava o número de seus fiéis através de organizações leigas, como as irmandades. Por meio de festas e celebrações (procissões) e demais rituais católicos, procura-se trazer para o âmbito das práticas católicas um amplo contingente.

No contexto do Brasil colônia, de forma bem especial em Minas Gerais, quando essas igrejas foram erguidas, a Contrarreforma católica encontrou na arte barroca um fundamental instrumento de propaganda, haja vista que a imponência das construções dos templos católicos foi uns dos meios que a Igreja encontrou para restabelecer a ordem e a fé dos seus fiéis."
Após o período do Renascimento e as reformas religiosas de Lutero e Calvino, a Igreja católica foi perdendo seu poder, pois a força da razão libertava o homem do autoritarismo imposto pela religião. Para reconquistar seu prestígio e poder, a Igreja católica organizou a Contra-reforma. Ela queria também reafirmar e difundir sua doutrina. Uma das mudanças foi a criação da Companhia de Jesus, ordem jesuíta que tinha como objetivo difundir a fé católica entre os povos não-cristãos e construir grandes igrejas. E é nesse processo de construção e decoração que nasce a arte barroca... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/barroco-1-igreja-impulsiona-arte-sacra.htm?cmpid=copiaecola
Após o período do Renascimento e as reformas religiosas de Lutero e Calvino, a Igreja católica foi perdendo seu poder, pois a força da razão libertava o homem do autoritarismo imposto pela religião. Para reconquistar seu prestígio e poder, a Igreja católica organizou a Contra-reforma. Ela queria também reafirmar e difundir sua doutrina. Uma das mudanças foi a criação da Companhia de Jesus, ordem jesuíta que tinha como objetivo difundir a fé católica entre os povos não-cristãos e construir grandes igrejas. E é nesse processo de construção e decoração que nasce a arte barroca.... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/barroco-1-igreja-impulsiona-arte-sacra.htm?cmpid=copiaecola








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