Durante a Primeira República (1889-1930) a economia brasileira ainda se caracterizava pelo predomínio da atividade agroexportadora. O café, o açúcar, a borracha, o cacau e o fumo eram os principais geradores de divisas para o país. Já se registrava, entretanto, o funcionamento de diversas indústrias, inauguradas desde o final do século XIX. Diversos fatores explicam o nascimento da indústria no Brasil. Um deles foi a formação de um capital inicial a partir do comércio exportador e da lavoura cafeeira. Ao aumentar a renda da população e a demanda de produtos de consumo não duráveis, a política de valorização do café também contribuiu para a expansão da atividade industrial. Outro elemento de estímulo para a indústria foi a política de incentivo à imigração. Outro, ainda, foi a Primeira Guerra Mundial, que alterou o quadro das relações econômicas internacionais do Brasil.
Economia cafeeira e industrialização do Brasil
As raízes do café no Brasil foram plantadas no século XVIII, quando as mudas da planta foram cultivadas pela primeira vez, que se tem notícia, por Francisco de Melo Palheta, em 1727, no Pará. A partir daí, o café foi difundido timidamente no litoral brasileiro, rumo ao sul, até chegar à região do Rio de Janeiro, por volta de 1760.
No início o café era plantado nos morros das regiões próximas da cidade do Rio de Janeiro. Após a experiência do plantio, naquele local, expandiu-se até o Vale do Paraíba onde havia condições mais favoráveis para o seu desenvolvimento. A partir desta região, o plantio do café se estendeu até São Paulo, no oeste paulista, Minas Gerais e Espírito Santo
A culura do café baeada no trabalho escravo provocou o desenvolvimento da demanda cada vez maior de mão-de-obra cativa. Assim, o crescimento da economia cafeeira promoveu a concentração de escravos no país. Até 1850 esse incremento de mão de obra foi conseguido por meio da importação de africanos.
Utilizada em grande escala, durante um longo período, a mão de obra escrava era comprada, pelos cafeicultores, por meio do tráfico negreiro, ou adquirida no comércio interno, no qual os escravizados eram originários de engenhos e fazendas em processo decadente no Nordeste após o período do Ciclo do Açúcar.
Com a proibição do tráfico negreiro, os cafeicultores tentaram resolver o problema do corte da fonte tradicional buscando escravos no nordeste brasileiro. O nordeste tornou-se a "nova costa africana" fornecendo escravos por três década e formando um mercado interno de escravos. O incremento do tráfico interprovidencial é justificado pela rentabilidade econômica do sudeste.
A partir da Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra,
no século 18, ocorreram mudanças nas relações de trabalho e produção,
surgindo uma classe trabalhadora – os proletários – que passará a ser
explorada, inclusive, com a cooptação da força de trabalho de mulheres e
crianças por uma burguesia industrial, representada pelos donos das
fábricas. Esta classe burguesa possuía o poder econômico, por que
detinha os meios de produção. Os donos do capital necessitavam de
mercado para escoarem a sua produção e vendê-la. Dentro da lógica de uma
economia de consumo, o escravizado estava descartado, pois, como
propriedade do seu senhor, não recebia pelo seu trabalho; logo não
tinha poder de compra.
È nesse momento, que, embora a Inglaterra
tenha sido líder do tráfico negreiro, em virtude da nova ordem
econômica, ela passou a combatê-lo, pois acreditava que o escravizado
liberto poderia aumentar o seu mercado consumidor. Outro fator
importante, que levou o governo inglês a combate o tráfico, foi a
necessidade de mão de obra em suas colônias na África, visando à
produção de matéria prima indispensável no processo industrial.
A abolição da escravidão foi o acontecimento de maior impacto e
transformação mais profunda no Brasil do século XIX. Em 1888, o trabalho
escravo tornou-se ilegal depois de séculos de uma economia e
sociedade construídos com base na violência do trabalho forçado.
Assim,
encerrar o tráfico negreiro por meio da criação de leis, proibindo a sua
prática, passou a ser o foco de interesse dos ingleses. Após a nossa
independência, em 1822, uma das exigências do governo inglês, para
reconhecer o Brasil como uma nação livre, era a suspensão do tráfico
negreiro em nosso território.
De um lado, havia a necessidade de criar condições atraentes para que
cidadãos de outros países se dispusessem a migrar para o Brasil. Crises
econômicas e políticas levaram a que habitantes de vários países da
Europa se dispusessem a migrar para a América.
As primeiras tentativas para trazer imigrantes para as fazendas de café
foram iniciativas de um importante cafeicultor e político, Nicolau de
Campos Vergueiro. Para suas fazendas no Oeste Paulista contratou alemães
e suíços. Não se tratava, contudo, de trabalho assalariado. As
condições da época impunham outra forma de contrato.
Em vez de um salário, Vergueiro oferecia um contrato de parceria. O
imigrante receberia 50% dos lucros obtidos com a venda do café produzido
por ele, empréstimo para pagar a passagem para o Brasil e para os
gastos enquanto não recebesse o primeiro pagamento.
A produção de café continuou no Brasil, mesmo com o fim do trabalho escravo. Contudo,faltaram políticas que inserissem o liberto no mercado de trabalho assalariado.
O sistema de parceria com os primeiros colonos imigrantes fracassou.Só a partir da década de 1870, com o trabalho assalariado e a imigração custeada pelo poder público, o novo sistema foi a solução para a lavoura paulista.
O Brasil recebeu 30 mil imigrantes só em 1886, nos anos seguintes essa média foi crescendo e chegou a mais de 130 mil.
A cultura do café constituiu, no período da República Velha, sobretudo na fase conhecida como “república dos oligarcas”
(1894-1930), o principal motor da economia brasileira. Esse produto
liderava a exportação na época, seguido da borracha, do açúcar e outros
insumos. O estado de São Paulo capitaneava a produção de café neste
período e também determinava as diretrizes do cenário político da época.
Da economia cafeeira, resultam três processos que se complementam: a
imigração intensiva de estrangeiros para o Brasil, a urbanização e a
industrialização.
Desde a segunda metade do século XIX, ainda na época
do Segundo Império, a imigração de estrangeiros, sobretudo europeus, foi
fomentada pelo governo brasileiro. O motivo de tal fomento era a
necessidade de mão de obra livre e qualificada para o trabalho nas
lavouras de café. Haja vista que, gradualmente, a mão de obra escrava,
que era utilizada até então, tornou-se objeto de densa crítica e pressão
por parte de grupos políticos abolicionistas e republicanos. Em 1888,
efetivou-se a abolição da escravidão e, no ano seguinte, realizou-se a
Proclamação da República, fatos que intensificaram a imigração e também a
permanência dos imigrantes nas terras trabalhadas, tornando-se colonos.
Algum tempo depois, especificamente após o término da
Primeira Guerra Mundial, em 1918, uma nova onda migratória se dirigiu
ao Brasil. Nessa época, a economia cafeeira se transformou num complexo
econômico com várias extensões. Os imigrantes que vinham à procura de
trabalho nas lavouras de café acabavam, muitas vezes, deslocando-se para
os núcleos urbanos que começavam a despontar nessa época. O processo de
urbanização de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo se desenvolveu,
em linhas gerais, para facilitar a distribuição e o escoamento do café,
que era direcionado à exportação. A ampliação das linhas férreas que
ocorreu neste período, por exemplo, foi planejada para tornar mais
fluido esse processo.
A presença dos imigrantes nos centros urbanos, por sua vez, como informa o historiador Boris Fausto, em sua História do Brasil,
proporcionou o aparecimento de empregos urbanos assalariados e outras
fontes de renda como artesanato, fabriquetas de fundo de quintal e a
proliferação de profissões liberais. A junção dessas novas formas de
trabalho do imigrante com a estrutura urbana desenvolvida pelo complexo
cafeeiro favoreceu o fluxo de produtos manufaturados e o consequente
desenvolvimento das indústrias nos centros urbanos.
A República Velha ficou reconhecida pela política do café com leite,
pela alternância de poderes entre São Paulo e Minas Gerais, tendo
predomínio das classes citadas anteriormente. A economia durante esse
período ficou caracterizada fortemente pela atividade Agroexportadora,
tendo o café como principal fonte.
O preço internacional do café vinha se desvalorizando desde 1893. O
Governo desvalorizou, seguidamente, a moeda brasileira, facilitando
assim o lucro em exportações. Tal política de interferência econômica no
câmbio será comum durante ao longo da República velha, ora favorecendo a
valorização e desvalorização da moeda, favorecendo a oligarquia e não a
nação como um todo.
No campo econômico, o Brasil seguiu com grande dependência do café.
O grande produtor dele no Brasil era o estado de São Paulo. No começo
do século XX, os cultivadores começaram a aumentar a quantidade de café
produzida, o que acarretou a queda do preço desse produto, uma vez que o
mercado ficou abarrotado com a mercadoria. Visando a defender seus
interesses, os cafeicultores reuniram-se no Convênio de Taubaté.
Nesse convênio, decidiu-se que o governo brasileiro compraria o excedente de sacas de café
com o objetivo de controlar o preço desse produto no mercado
internacional. Isso garantiria os lucros dos fazendeiros e resolveria a
questão do preço do café. Além disso, decidiu-se que o Estado realizaria
um empréstimo de 15 milhões de libras para conseguir realizar a compra
do excedente dessas sacas.
Na Primeira República também aconteceu um pequeno desenvolvimento industrial,
sobretudo no Estado de São Paulo. O desenvolvimento industrial em São
Paulo foi, em parte, financiado pela prosperidade do negócio cafeeiro e a
cidade de São Paulo concentrou grande parte desse crescimento
industrial.
VEJA O SITE: https://www.youtube.com/watch?v=dzjqenn7q7w
A ECONOMIA NA REPÚBLICA VELHA
Encilhamento: crise financeira
A
crise que se abateu sobre o país nos anos 1890 e 1891, particularmente
nas praças comerciais do Rio de Janeiro e São Paulo. A turbulência
econômica ficou conhecida como Encilhamento.
No
final do Império a riqueza do Brasil dependia das atividades rurais:
80% da produção agrícola tinha por destino a exportação. A venda de
café, açúcar e borracha ao exterior gerava recursos em moedas
estrangeiras, necessários para o consumo e formação de capital nacional,
além de auxiliar no pagamento da dívida externa e no financiamento do
próprio governo.
O país até cresceu nos últimos 30 anos de monarquia, só que a economia
do império muito apoiada a escravidão, latifúndio e exportação de produtos
primários, já dava sinal de esgotamento.
O desenvolvimento impulsionado pela expansão do café, enfrentava o
problema da falta de crédito para financiamento,a
falta de dinheiro circulante no país.
a falta de dinheiro
circulante no país... - Veja mais em
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/encilhamento-politica-economica-tentou-impulsionar-a-industrializacao.htm?cmpid=copiaecola
a falta de dinheiro
circulante no país... - Veja mais em
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A saída foi impulsionar a
atividade bancária privada, mas as oscilações de preços do mercado
internacional e políticas econômicas ineficazes resultaram na falência de
bancos importantes da época, como a Casa de Santos e o Banco Mauá.
Os fazendeiros em difícil situação financeira, muitos dos quais se sentiam terrivelmente prejudicados com a Abolição, embora já fosse esperada,
provocou, no entanto, novas exigências. Os fazendeiros passaram a precisar de
recursos para pagar seus trabalhadores agrícolas e também as hipotecas, antes
garantidas por seus escravos,queriam uma reforma monetária
que elevasse a oferta de moeda
e facilitasse o crédito agrícola.
Enfrentando
dificuldades causadas pelo fim definitivo
do trabalho escravo, a elite que apoiara
o Império exigia, mais do que nunca, uma ação
vigorosa do governo. Como forma de responder a
essas pressões e garantir o apoio do setor
cafeicultor, três governos sucessivos – dois monárquicos
e um republicano - arriscaram
experiências com crédito fácil. O primeiro
grande projeto de reforma monetária foi
apresentado ao Senado meses antes da Abolição, em
junho de 1887, e levou a um período
de florescimento das discussões acerca da moeda
e da taxa de câmbio no Brasil.
No inicio de 1891, uma forte crise, fez o valor da moeda despencar,
provocando alta da inflação e forte especulação financeira.
A Republica, porém, não teria um inicio fácil, logo depois do fim da
monarquia, veio uma crise econômica que teve origem no encilhamento.
Veja o site: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/encilhamento-politica-economica-tentou-impulsionar-a-industrializacao.htm
O governo de Deodoro da Fonseca
A economia do país vinha sofrendo com as mudanças políticas. Entre os
novos ministros escolhidos pelo governo de Deodoro da Fonseca, essa pasta foi colocada sob
responsabilidade de Rui Barbosa, proeminente figura política da época.
O objetivo de Rui Barbosa era a modernização do país. Essa modernização, segundo ele, viria através de um forte investimento em industrialização.
Esse avanço, no entanto, tinha um preço que o governo àquela altura não
poderia pagar. O governo necessitava de reservas cambiais suficientes
para a empreitada, a situação deixada pela monarquia era de fragilidade
econômica e, por conta disso, o governo não poderia realizar
empréstimos.
Diante do impasse, o ministro Rui Barbosa dá a ordem de aumento da
emissão de papel-moeda (dinheiro), ancorada emtítulos da dívida publica e facilitando o crédito, que favoreceria o crescimento
econômico, aliado à formação de um mercado consumidor, advindo do
trabalho assalariado, categoria que se ampliou com o fim da escravidão. Desse modo, inspirado no sistema bancário norte-americano, na política
do encilhamento os bancos de algumas capitais do país (Bahia, Rio de
Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul) emitiam créditos aos empresários
(fazendeiros, barões do café, dentre outros) dispostos a abrirem
negócios.
Além disso, o governo resolveu facilitar empréstimos para iniciativas que visassem a industrialização e a recuperação econômica do país.
Tal medida aumentou o dinheiro circulante, já que a ideia era que, tendo mais pessoas assalariadas, deveria ter mais capital circulando. Entretanto, a produção interna não cresceu nas mesmas prpoprções, a inflação aumentou e houve desvalorização da moeda. Além disso o crédito fácil resultou em violenta especulação com as ações das novas empresas que surgiam.
Como consequências dessas medidas, o país experimentou séria inflação, com aumentos consideráveis de preços das mais variadas mercadorias.
Rui Barbosa, quando Ministro de Fazenda, visava transformar o Brasil num polo industrial. Para tanto, o objetivo da política do encilhamento, era o de estimular o crescimento econômico, incentivando à emissão de papel moeda, ao mesmo tempo que impulsionava a industrialização e modernização do país, por meio da expansão da agricultura e do comércio.
No entanto, essa proposta provocou uma acelerada inflação, desvalorização da moeda nacional, aumento da dívida externa, boicote de empresas fantasmas (créditos livres sem fiscalizações), arrocho salarial, aumento do desemprego e juros, falências e especulação financeira, sobretudo na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, a partir de 1890, que ficou conhecida como a “crise do encilhamento”.
Além disso, o governo resolveu facilitar empréstimos para iniciativas que visassem a industrialização e a recuperação econômica do país.
Tal medida aumentou o dinheiro circulante, já que a ideia era que, tendo mais pessoas assalariadas, deveria ter mais capital circulando. Entretanto, a produção interna não cresceu nas mesmas prpoprções, a inflação aumentou e houve desvalorização da moeda. Além disso o crédito fácil resultou em violenta especulação com as ações das novas empresas que surgiam.
Como consequências dessas medidas, o país experimentou séria inflação, com aumentos consideráveis de preços das mais variadas mercadorias.
Rui Barbosa, quando Ministro de Fazenda, visava transformar o Brasil num polo industrial. Para tanto, o objetivo da política do encilhamento, era o de estimular o crescimento econômico, incentivando à emissão de papel moeda, ao mesmo tempo que impulsionava a industrialização e modernização do país, por meio da expansão da agricultura e do comércio.
No entanto, essa proposta provocou uma acelerada inflação, desvalorização da moeda nacional, aumento da dívida externa, boicote de empresas fantasmas (créditos livres sem fiscalizações), arrocho salarial, aumento do desemprego e juros, falências e especulação financeira, sobretudo na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, a partir de 1890, que ficou conhecida como a “crise do encilhamento”.
Nesse
ínterim, os investidores compravam ações por preços baixos e, quando
estas valorizavam, vendiam a um valor maior, o que fez piorar ainda mais
a situação econômica do país. Esta forma de lucro fácil piorou a crise
econômica brasileira.
A Crise
do Encilhamento foi uma bolha econômica (bolha de crédito) que ocorreu
no Brasil, entre o final da Monarquia e início da República, e estourou
durante a República da Espada (1889-1894), desencadeando então uma crise
financeira e institucional.
A crise é sentida e o ministro da economia se demite em 1891, deixando pra trás uma economia brasileira à beira do colapso.
O governo de Prudente de Morais economicamente procurou deslindar-se das dívidas adquiridas com a política do "Encilhamento", por meio da captação de recursos estrangeiros. Adotou, então, a política econômica do "funding loan"
que consistiu na consolidação da dívida que seria quitada no prazo de
sessenta e três anos a juros de 5%. Essa prática econômica foi
largamente executada no governo presidencial do sucessor Campos Sales.
A
política econômica de Campos Sales
Quando assumiu o governo federal, Campos Sales herdou uma grave crise
econômica que prejudicava o país. A inflação atingia níveis insuportáveis, a
moeda brasileira se desvalorizava a cada dia, enquanto nosso principal produto
de exportação, o café, atravessava uma fase de superprodução interna e baixos preços
no mercado mundial.
O enfrentamento da crise econômica foi o alvo principal das medidas do
governo de Campos Sales. Começou com a renegociação da dívida externa do país,
com os credores ingleses. Os banqueiros britânicos fizeram um novo acordo
financeiro com o Brasil chamado de funding loan.
Por esse acordo, os banqueiros fizeram um vultoso empréstimo de cerca de
10 milhões de libras ao Brasil e aceitaram uma moratória, isto é, a suspensão
temporária do pagamento dos juros e da dívida externa. Como garantia do acordo,
os banqueiros fizeram algumas exigências ao governo brasileiro, que as aceitou.
Essas garantias determinavam que,
se o acordo não fosse honrado pelo governo brasileiro, os credores ingleses
tinham direito a toda a renda das alfândegas do Rio de Janeiro e de outros
Estados caso fosse necessário, às receitas da Estrada de Ferro Central do
Brasil e do serviço de abastecimento de água do Rio de Janeiro.
Os credores exigiram também que o governo brasileiro combatesse a
inflação e adotasse medidas no sentido de valorização da moeda nacional. O
ministro da Fazenda, Joaquim Murtinho se encarregou dessa política econômica.
Reduziu drasticamente as despesas do governo, ao suspender a construção de
obras públicas e investimentos no setor industrial, além de aumentar e criar
novos impostos.
Defesa dos interesses agrários
Ao adotar
todas essas medidas econômicas, Campos Sales pretendia que o país se
especializasse como produtor e exportador de mercadorias agrícolas: café,
borracha, algodão, minério, cacau, erva-mate etc. Era a defesa da tese de que a
vocação do Brasil era ser um país agro-exportador. Essa ideia agradava as
grandes potências industriais que tinham a oportunidade de continuar a vender
ao Brasil produtos manufaturados.
A
política econômica posta em prática pelo ministro Joaquim Murtinho, gerou
enormes problemas sociais, pois a indústria parou de crescer e, com isso, o
desemprego aumentou, enquanto o custo de vida tornou-se insuportável para a
população de assalariados. Contudo, o compromisso do governo de Campos Sales
era com as elites dominantes do país.
Veja o site: https://medium.com/@contemporaneum/a-republica-velha-no-brasil-1889-1930-6c2a6064b5c5
A política econômica de
Campos Sales
O enfrentamento da crise econômica foi o alvo principal das medidas do
governo de Campos Sales. Começou com a renegociação da dívida externa do
país, com os credores ingleses. Os banqueiros britânicos fizeram um
novo acordo financeiro com o Brasil chamado de funding loan.
Por esse acordo, os banqueiros fizeram um vultoso empréstimo de cerca de
10 milhões de libras ao Brasil e aceitaram uma moratória, isto é, a
suspensão temporária do pagamento dos juros e da dívida externa. Como
garantia do acordo, os banqueiros fizeram algumas exigências ao governo
brasileiro, que as aceitou.
Essas garantias determinavam que, se o acordo não fosse honr... - Veja
mais em
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-campos-sales-1898-1902-funding-loan-e-estabilidade.htm?cmpid=copiaecola
A política econômica de
Campos Sales
O enfrentamento da crise econômica foi o alvo principal das medidas do
governo de Campos Sales. Começou com a renegociação da dívida externa do
país, com os credores ingleses. Os banqueiros britânicos fizeram um
novo acordo financeiro com o Brasil chamado de funding loan.
Por esse acordo, os banqueiros fizeram um vultoso empréstimo de cerca de
10 milhões de libras ao Brasil e aceitaram uma moratória, isto é, a
suspensão temporária do pagamento dos juros e da dívida externa. Como
garantia do acordo, os banqueiros fizeram algumas exigências ao governo
brasileiro, que as aceitou.
Essas garantias determinavam que, se o acordo não fosse honr... - Veja
mais em
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Rodrigues Alves
No último período de seu governo, o Convênio de Taubaté, como ficou
conhecido, foi uma medida econômica proposta pelos cafeicultores, com o
intuito de equilibrar o preço das sacas de café.
Assinado pelos
estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, em 1906, na cidade
de Taubaté, o convênio estabeleceu as bases da política da valorização
do café, de modo que o governo federal compraria o excedente da produção
de café com a finalidade de valorizar o preço no mercado mundial.
Afonso Pena
Para a política econômica do país adotou um rumo distinto do
praticado pelo antecessor Rodrigues Alves, viabilizando as pautas do Convênio de Taubaté.
A intervenção e regulamentação do convênio pelo governo federal
possibilitou o crescimento da produção cafeeira com subsídios
internacionais. O governo federal seria avalista dos produtores de café,
caso o produto perdesse valor, seria estocado. A União arcaria com as
despesas dos empréstimos externos ao setor cafeeiro, configurando-se
como a primeira política nacional de proteção à produção de café,
efetivada em 1908.
Ainda no que se referiu às políticas para o setor agrícola, Afonso
Pena criou o Ministério dos Negócios da Agricultura, Indústria e
Comércio. Houve durante a gestão de Afonso Pena o incentivo ao emprego
de mão de obra estrangeira no campo.
Hermes da Fonseca
Política econômica voltada para o desenvolvimento rural do país, com
ações destinadas a valorização do café. Desta forma, adotou poucas
medidas voltadas para o desenvolvimento industrial e modernização dos
setores produtivos do país.
Venceslau Brás
A Primeira Guerra Mundial impactou a importação de produtos para o
Brasil. Desse modo, houve a necessidade de desenvolver mais a
diversificação da agricultura e da indústria nacionais. A exportação de
café também foi prejudicada. Para conter a queda do preço foram
queimadas cerca de três milhões de sacas, assegurando a valorização do
produto entre 1917-1920. Nesse processo, o país deixou de ser apenas um
exportador de café e borracha. Passou a produzir diversas mercadorias
(algodão, tecidos, carvão, carnes, cereais), a extrair mais metais (manganês e ferro), além de desenvolver a indústria bélica, usinas elétricas e siderúrgicas.
Epitácio Pessoa
Durante o seu governo podemos observar a franca expansão do setor
industrial brasileiro, que aproveitava do abalo da economia européia no
pós-Primeira Guerra. Em conseqüência a essa transformação econômica,
também tivemos o crescimento da classe operária, que na época contava
com a força de trabalho de vários imigrantes europeus. Muitos desses
trabalhadores de origem espanhola e italiana vinham de seus países
trazendo a influência das concepções dos pensamentos anarquista e
socialista.
O
Fator determinante para a derrocada da República Velha, contudo, foram
as divisões das oligarquias no interior do bloco dominante, estando
outros demais estados do Brasil querendo participação política. As
campanhas políticas então tornaram-se mais acirradas, abrindo brechas
para que os setores urbanos passassem a exigir maior participação
política. A Revolução de 1930 (foto) resultaria de uma momentânea aliança entre setores urbanos.
Com
a industrialização, o operariado brasileiro cresceu quantitativamente
na década de 1920 e passou a exigir melhores condições de vida e
trabalha. A partir daí haverá uma grande mudança de Modelo Econômico.
A Grande Depressão segue em decorrência da Queda da
Bolsa em 1929. Todo o efeito negativo que se cria na economia mundial é devido à
avaria da bolsa de Nova York. A década de 1930 se iniciada em grande
conturbação devido a Depressão econômica e a crise sistêmica pela qual
passa o capitalismo.
Após a Grande depressão, o país reagiu à crise, com a industrialização e foco no mercado interno, a partir daí, ocorre a reorganização do ambiente econômico.
Após a Grande depressão, o país reagiu à crise, com a industrialização e foco no mercado interno, a partir daí, ocorre a reorganização do ambiente econômico.
Por volta de 1880, já existia a presença de várias
fábricas no Brasil, mas sem uma estrutura realmente significativa.
Contudo, por volta das décadas de 1910 e 1920, as atividades industriais
já eram bastante expressivas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Por meio
da intensa exportação de café e importação de outros produtos
necessários ao mercado interno brasileiro, várias estruturas de
maquinário fabril também aportavam em terras brasileiras, já que muitos
produtores de café também passaram a investir nas fábricas.
Os principais tipos de atividades industriais do
período estavam relacionados aos setores: têxtil (produção de tecido),
de bebidas e de alimentos. A modernização agrícola contribuiu
decisivamente para a que indústria se desenvolvesse no âmbito dos
setores referidos. E, para que houvesse estabilidade na produção
industrial, também foi necessário o controle do valor da moeda
brasileira. O motivo para esse controle era não correr o risco de ter o
principal produto de exportação, o café, desvalorizado no mercado
internacional. Então, por vezes, o governo brasileiro priorizava o café,
preterindo a atividade industrial. Esse fato demonstra que apenas na
Era Vargas, a partir da década de 1930, é que se teve no Brasil uma
política econômica realmente voltada ao desenvolvimento industrial
pleno.
Vale notar, porém, que nos centros urbanos, além da
proliferação de fábricas e trabalhadores assalariados, formou-se também
nesse período as primeiras organizações de trabalhadores com fins de
protesto por melhores condições de trabalho, dentre outras exigências. O
anarco-sindicalismo se tornou notório entre os trabalhadores
brasileiros na década de 1920, influenciados pelas ideias dos
anarquistas italianos da mesma época, que aqui chegavam por meio dos
imigrantes italianos com experiência no trabalho fabril.
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