segunda-feira, 1 de junho de 2020

3º ANO - 3ª SEMANA - MATÉRIA - A economia na República Velha.



Durante a Primeira República (1889-1930) a economia brasileira ainda se caracterizava pelo predomínio da atividade agroexportadora. O café, o açúcar, a borracha, o cacau e o fumo eram os principais geradores de divisas para o país. Já se registrava, entretanto, o funcionamento de diversas indústrias, inauguradas desde o final do século XIX. Diversos fatores explicam o nascimento da indústria no Brasil. Um deles foi a formação de um capital inicial a partir do comércio exportador e da lavoura cafeeira. Ao aumentar a renda da população e a demanda de produtos de consumo não duráveis, a política de valorização do café também contribuiu para a expansão da atividade industrial. Outro elemento de estímulo para a indústria foi a política de incentivo à imigração. Outro, ainda, foi a Primeira Guerra Mundial, que alterou o quadro das relações econômicas internacionais do Brasil.

Economia cafeeira e industrialização do Brasil

As raízes do café no Brasil foram plantadas no século XVIII, quando as mudas da planta foram cultivadas pela primeira vez, que se tem notícia, por Francisco de Melo Palheta, em 1727, no Pará. A partir daí, o café foi difundido timidamente no litoral brasileiro, rumo ao sul, até chegar à região do Rio de Janeiro, por volta de 1760.

No início o café era plantado nos morros das regiões próximas da cidade do Rio de Janeiro.  Após a experiência do plantio, naquele local, expandiu-se até o Vale do Paraíba onde havia condições mais favoráveis para o seu desenvolvimento.  A partir desta região, o plantio do café se estendeu até São Paulo, no oeste paulista, Minas Gerais e Espírito Santo

A culura do café baeada no trabalho escravo provocou o desenvolvimento da demanda cada vez maior de mão-de-obra cativa. Assim, o crescimento da economia cafeeira promoveu a concentração de escravos no país. Até 1850 esse incremento de mão de obra foi conseguido por meio da importação de africanos. 

Utilizada em grande escala, durante um longo período, a mão de obra escrava era comprada, pelos cafeicultores, por meio do tráfico negreiro, ou adquirida no comércio interno, no qual os escravizados eram originários de engenhos e fazendas em processo decadente no Nordeste após o período do Ciclo do Açúcar.

Com a proibição do tráfico negreiro, os cafeicultores tentaram resolver o problema do corte da fonte tradicional buscando escravos no nordeste brasileiro. O nordeste tornou-se a "nova costa africana" fornecendo escravos por três década e formando um mercado interno de escravos. O incremento do tráfico interprovidencial  é justificado pela rentabilidade econômica do sudeste.

A partir da Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, no século 18, ocorreram mudanças nas relações de trabalho e produção, surgindo uma classe trabalhadora – os proletários – que passará a ser explorada, inclusive, com a cooptação da força de trabalho de mulheres e crianças por uma burguesia industrial, representada pelos donos das fábricas. Esta classe burguesa possuía o poder econômico, por que detinha os meios de produção. Os donos do capital necessitavam de mercado para escoarem a sua produção e vendê-la. Dentro da lógica de uma economia de consumo, o escravizado estava descartado, pois, como propriedade do seu senhor, não recebia pelo seu trabalho;  logo não tinha poder de compra.
È nesse momento, que, embora a Inglaterra tenha sido líder do tráfico negreiro, em virtude da nova ordem econômica, ela passou a combatê-lo, pois acreditava que o escravizado liberto poderia aumentar o seu mercado consumidor. Outro fator importante, que levou o governo inglês a combate o tráfico, foi a necessidade de mão de obra em suas colônias na África, visando à produção de matéria prima indispensável no processo industrial. 

A abolição da escravidão foi o acontecimento de maior impacto e transformação mais profunda no Brasil do século XIX. Em 1888, o trabalho escravo tornou-se ilegal depois de séculos de uma economia e sociedade construídos com base na violência do trabalho forçado.
Assim, encerrar o tráfico negreiro por meio da criação de leis, proibindo a sua prática, passou a ser o foco de interesse dos ingleses. Após a nossa independência, em 1822, uma das exigências do governo inglês, para reconhecer o Brasil como uma nação livre, era a suspensão do tráfico negreiro em nosso território. 
De um lado, havia a necessidade de criar condições atraentes para que cidadãos de outros países se dispusessem a migrar para o Brasil. Crises econômicas e políticas levaram a que habitantes de vários países da Europa se dispusessem a migrar para a América. 
As primeiras tentativas para trazer imigrantes para as fazendas de café foram iniciativas de um importante cafeicultor e político, Nicolau de Campos Vergueiro. Para suas fazendas no Oeste Paulista contratou alemães e suíços. Não se tratava, contudo, de trabalho assalariado. As condições da época impunham outra forma de contrato. 
Em vez de um salário, Vergueiro oferecia um contrato de parceria. O imigrante receberia 50% dos lucros obtidos com a venda do café produzido por ele, empréstimo para pagar a passagem para o Brasil e para os gastos enquanto não recebesse o primeiro pagamento.
A produção de café continuou no Brasil, mesmo com o fim do trabalho escravo. Contudo,faltaram políticas que inserissem o liberto no mercado de trabalho assalariado.
O sistema de parceria com os primeiros colonos imigrantes fracassou.
Só a partir da década de 1870, com o trabalho assalariado e a imigração custeada pelo poder público, o novo sistema foi a solução para a lavoura paulista.
O Brasil recebeu 30 mil imigrantes só em 1886, nos anos seguintes essa média foi crescendo e chegou a mais de 130 mil.
A cultura do café constituiu, no período da República Velha, sobretudo na fase conhecida como “república dos oligarcas” (1894-1930), o principal motor da economia brasileira. Esse produto liderava a exportação na época, seguido da borracha, do açúcar e outros insumos. O estado de São Paulo capitaneava a produção de café neste período e também determinava as diretrizes do cenário político da época. Da economia cafeeira, resultam três processos que se complementam: a imigração intensiva de estrangeiros para o Brasil, a urbanização e a industrialização.



Desde a segunda metade do século XIX, ainda na época do Segundo Império, a imigração de estrangeiros, sobretudo europeus, foi fomentada pelo governo brasileiro. O motivo de tal fomento era a necessidade de mão de obra livre e qualificada para o trabalho nas lavouras de café. Haja vista que, gradualmente, a mão de obra escrava, que era utilizada até então, tornou-se objeto de densa crítica e pressão por parte de grupos políticos abolicionistas e republicanos. Em 1888, efetivou-se a abolição da escravidão e, no ano seguinte, realizou-se a Proclamação da República, fatos que intensificaram a imigração e também a permanência dos imigrantes nas terras trabalhadas, tornando-se colonos.

Algum tempo depois, especificamente após o término da Primeira Guerra Mundial, em 1918, uma nova onda migratória se dirigiu ao Brasil. Nessa época, a economia cafeeira se transformou num complexo econômico com várias extensões. Os imigrantes que vinham à procura de trabalho nas lavouras de café acabavam, muitas vezes, deslocando-se para os núcleos urbanos que começavam a despontar nessa época. O processo de urbanização de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo se desenvolveu, em linhas gerais, para facilitar a distribuição e o escoamento do café, que era direcionado à exportação. A ampliação das linhas férreas que ocorreu neste período, por exemplo, foi planejada para tornar mais fluido esse processo.

A presença dos imigrantes nos centros urbanos, por sua vez, como informa o historiador Boris Fausto, em sua História do Brasil, proporcionou o aparecimento de empregos urbanos assalariados e outras fontes de renda como artesanato, fabriquetas de fundo de quintal e a proliferação de profissões liberais. A junção dessas novas formas de trabalho do imigrante com a estrutura urbana desenvolvida pelo complexo cafeeiro favoreceu o fluxo de produtos manufaturados e o consequente desenvolvimento das indústrias nos centros urbanos.

A República Velha ficou reconhecida pela política do café com leite, pela alternância de poderes entre São Paulo e Minas Gerais, tendo predomínio das classes citadas anteriormente. A economia durante esse período ficou caracterizada fortemente pela atividade Agroexportadora, tendo o café como principal fonte.

O preço internacional do café vinha se desvalorizando desde 1893. O Governo desvalorizou, seguidamente, a moeda brasileira, facilitando assim o lucro em exportações. Tal política de interferência econômica no câmbio será comum durante ao longo da República velha, ora favorecendo a valorização e desvalorização da moeda, favorecendo a oligarquia e não a nação como um todo.

No campo econômico, o Brasil seguiu com grande dependência do café. O grande produtor dele no Brasil era o estado de São Paulo. No começo do século XX, os cultivadores começaram a aumentar a quantidade de café produzida, o que acarretou a queda do preço desse produto, uma vez que o mercado ficou abarrotado com a mercadoria. Visando a defender seus interesses, os cafeicultores reuniram-se no Convênio de Taubaté.

Nesse convênio, decidiu-se que o governo brasileiro compraria o excedente de sacas de café com o objetivo de controlar o preço desse produto no mercado internacional. Isso garantiria os lucros dos fazendeiros e resolveria a questão do preço do café. Além disso, decidiu-se que o Estado realizaria um empréstimo de 15 milhões de libras para conseguir realizar a compra do excedente dessas sacas.

Na Primeira República também aconteceu um pequeno desenvolvimento industrial, sobretudo no Estado de São Paulo. O desenvolvimento industrial em São Paulo foi, em parte, financiado pela prosperidade do negócio cafeeiro e a cidade de São Paulo concentrou grande parte desse crescimento industrial. 

VEJA O SITE: https://www.youtube.com/watch?v=dzjqenn7q7w 

A ECONOMIA NA REPÚBLICA VELHA  
  
Encilhamento: crise financeira 

A crise que se abateu sobre o país nos anos 1890 e 1891, particularmente nas praças comerciais do Rio de Janeiro e São Paulo. A turbulência econômica ficou conhecida como Encilhamento.
No final do Império a riqueza do Brasil dependia das atividades rurais: 80% da produção agrícola tinha por destino a exportação. A venda de café, açúcar e borracha ao exterior gerava recursos em moedas estrangeiras, necessários para o consumo e formação de capital nacional, além de auxiliar no pagamento da dívida externa e no financiamento do próprio governo. 
O país até cresceu nos últimos 30 anos de monarquia, só que a economia do império muito apoiada a escravidão, latifúndio e exportação de produtos primários, já dava sinal de esgotamento.
O desenvolvimento impulsionado pela expansão do café, enfrentava o problema da falta de crédito para financiamento,a falta de dinheiro circulante no país.
a falta de dinheiro circulante no país... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/encilhamento-politica-economica-tentou-impulsionar-a-industrializacao.htm?cmpid=copiaecola
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A saída foi impulsionar a atividade bancária privada, mas as oscilações de preços do mercado internacional e políticas econômicas ineficazes resultaram na falência de bancos importantes da época, como a Casa de Santos e o Banco Mauá.
Os fazendeiros em difícil situação financeira, muitos dos quais se sentiam terrivelmente prejudicados com a Abolição, embora já fosse esperada, provocou, no entanto, novas exigências. Os fazendeiros passaram a precisar de recursos para pagar seus trabalhadores agrícolas e também as hipotecas, antes garantidas por seus escravos,queriam uma reforma monetária que elevasse a oferta de moeda e facilitasse o crédito agrícola. 

Enfrentando dificuldades causadas pelo fim definitivo do trabalho escravo, a elite que apoiara o Império exigia, mais do que nunca, uma ação vigorosa do governo. Como forma de responder a essas pressões e garantir o apoio do setor cafeicultor, três governos sucessivos – dois monárquicos e um republicano - arriscaram experiências com crédito fácil. O primeiro grande projeto de reforma monetária foi apresentado ao Senado meses antes da Abolição, em junho de 1887, e levou a um período de florescimento das discussões acerca da moeda e da taxa de câmbio no Brasil.
No inicio de 1891, uma forte crise, fez o valor da moeda despencar, provocando alta da inflação e forte especulação financeira.
A Republica, porém, não teria um inicio fácil, logo depois do fim da monarquia, veio uma crise econômica que teve origem no encilhamento.
 
Veja o site:  https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/encilhamento-politica-economica-tentou-impulsionar-a-industrializacao.htm

O governo de Deodoro da Fonseca
A economia do país vinha sofrendo com as mudanças políticas. Entre os novos ministros escolhidos pelo governo de Deodoro da Fonseca, essa pasta foi colocada sob responsabilidade de Rui Barbosa, proeminente figura política da época.
O objetivo de Rui Barbosa era a modernização do país. Essa modernização, segundo ele, viria através de um forte investimento em industrialização. Esse avanço, no entanto, tinha um preço que o governo àquela altura não poderia pagar. O governo necessitava de reservas cambiais suficientes para a empreitada, a situação deixada pela monarquia era de fragilidade econômica e, por conta disso, o governo não poderia realizar empréstimos.

Diante do impasse, o ministro Rui Barbosa dá a ordem de aumento da emissão de papel-moeda (dinheiro), ancorada emtítulos da dívida publica e facilitando o crédito, que favoreceria o crescimento econômico, aliado à formação de um mercado consumidor, advindo do trabalho assalariado, categoria que se ampliou com o fim da escravidão. Desse modo, inspirado no sistema bancário norte-americano, na política do encilhamento os bancos de algumas capitais do país (Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul) emitiam créditos aos empresários (fazendeiros, barões do café, dentre outros) dispostos a abrirem negócios.
Além disso, o governo resolveu facilitar empréstimos para iniciativas que visassem a industrialização e a recuperação econômica do país.
Tal medida aumentou o dinheiro circulante, já que a ideia era que, tendo mais pessoas assalariadas, deveria ter mais capital circulando. Entretanto, a produção interna não cresceu nas mesmas prpoprções, a inflação aumentou e houve desvalorização da moeda. Além disso o crédito fácil resultou em violenta especulação com as ações das novas empresas que surgiam.
Como consequências dessas medidas, o país experimentou séria inflação, com aumentos consideráveis de preços das mais variadas mercadorias.
Rui Barbosa, quando Ministro de Fazenda, visava transformar o Brasil num polo industrial. Para tanto, o objetivo da política do encilhamento, era o de estimular o crescimento econômico, incentivando à emissão de papel moeda, ao mesmo tempo que impulsionava a industrialização e modernização do país, por meio da expansão da agricultura e do comércio.
No entanto, essa proposta provocou uma acelerada inflação, desvalorização da moeda nacional, aumento da dívida externa, boicote de empresas fantasmas (créditos livres sem fiscalizações), arrocho salarial, aumento do desemprego e juros, falências e especulação financeira, sobretudo na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, a partir de 1890, que ficou conhecida como a “crise do encilhamento”.
Nesse ínterim, os investidores compravam ações por preços baixos e, quando estas valorizavam, vendiam a um valor maior, o que fez piorar ainda mais a situação econômica do país. Esta forma de lucro fácil piorou a crise econômica brasileira.   
A Crise do Encilhamento foi uma bolha econômica (bolha de crédito) que ocorreu no Brasil, entre o final da Monarquia e início da República, e estourou durante a República da Espada (1889-1894), desencadeando então uma crise financeira e institucional.
A crise é sentida e o ministro da economia se demite em 1891, deixando pra trás uma economia brasileira à beira do colapso.

O governo de Prudente de Morais  economicamente procurou deslindar-se das dívidas adquiridas com a política do "Encilhamento", por meio da captação de recursos estrangeiros. Adotou, então, a política econômica do "funding loan" que consistiu na consolidação da dívida que seria quitada no prazo de sessenta e três anos a juros de 5%. Essa prática econômica foi largamente executada no governo presidencial do sucessor Campos Sales.
 
A política econômica de Campos Sales
Quando assumiu o governo federal, Campos Sales herdou uma grave crise econômica que prejudicava o país. A inflação atingia níveis insuportáveis, a moeda brasileira se desvalorizava a cada dia, enquanto nosso principal produto de exportação, o café, atravessava uma fase de superprodução interna e baixos preços no mercado mundial.
O enfrentamento da crise econômica foi o alvo principal das medidas do governo de Campos Sales. Começou com a renegociação da dívida externa do país, com os credores ingleses. Os banqueiros britânicos fizeram um novo acordo financeiro com o Brasil chamado de funding loan.
Por esse acordo, os banqueiros fizeram um vultoso empréstimo de cerca de 10 milhões de libras ao Brasil e aceitaram uma moratória, isto é, a suspensão temporária do pagamento dos juros e da dívida externa. Como garantia do acordo, os banqueiros fizeram algumas exigências ao governo brasileiro, que as aceitou.
Essas garantias determinavam que, se o acordo não fosse honrado pelo governo brasileiro, os credores ingleses tinham direito a toda a renda das alfândegas do Rio de Janeiro e de outros Estados caso fosse necessário, às receitas da Estrada de Ferro Central do Brasil e do serviço de abastecimento de água do Rio de Janeiro.
Os credores exigiram também que o governo brasileiro combatesse a inflação e adotasse medidas no sentido de valorização da moeda nacional. O ministro da Fazenda, Joaquim Murtinho se encarregou dessa política econômica. Reduziu drasticamente as despesas do governo, ao suspender a construção de obras públicas e investimentos no setor industrial, além de aumentar e criar novos impostos.

Defesa dos interesses agrários 
Ao adotar todas essas medidas econômicas, Campos Sales pretendia que o país se especializasse como produtor e exportador de mercadorias agrícolas: café, borracha, algodão, minério, cacau, erva-mate etc. Era a defesa da tese de que a vocação do Brasil era ser um país agro-exportador. Essa ideia agradava as grandes potências industriais que tinham a oportunidade de continuar a vender ao Brasil produtos manufaturados.
A política econômica posta em prática pelo ministro Joaquim Murtinho, gerou enormes problemas sociais, pois a indústria parou de crescer e, com isso, o desemprego aumentou, enquanto o custo de vida tornou-se insuportável para a população de assalariados. Contudo, o compromisso do governo de Campos Sales era com as elites dominantes do país.

Veja o site:  https://medium.com/@contemporaneum/a-republica-velha-no-brasil-1889-1930-6c2a6064b5c5
A política econômica de Campos Sales O enfrentamento da crise econômica foi o alvo principal das medidas do governo de Campos Sales. Começou com a renegociação da dívida externa do país, com os credores ingleses. Os banqueiros britânicos fizeram um novo acordo financeiro com o Brasil chamado de funding loan. Por esse acordo, os banqueiros fizeram um vultoso empréstimo de cerca de 10 milhões de libras ao Brasil e aceitaram uma moratória, isto é, a suspensão temporária do pagamento dos juros e da dívida externa. Como garantia do acordo, os banqueiros fizeram algumas exigências ao governo brasileiro, que as aceitou. Essas garantias determinavam que, se o acordo não fosse honr... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-campos-sales-1898-1902-funding-loan-e-estabilidade.htm?cmpid=copiaecola
A política econômica de Campos Sales O enfrentamento da crise econômica foi o alvo principal das medidas do governo de Campos Sales. Começou com a renegociação da dívida externa do país, com os credores ingleses. Os banqueiros britânicos fizeram um novo acordo financeiro com o Brasil chamado de funding loan. Por esse acordo, os banqueiros fizeram um vultoso empréstimo de cerca de 10 milhões de libras ao Brasil e aceitaram uma moratória, isto é, a suspensão temporária do pagamento dos juros e da dívida externa. Como garantia do acordo, os banqueiros fizeram algumas exigências ao governo brasileiro, que as aceitou. Essas garantias determinavam que, se o acordo não fosse honr... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-campos-sales-1898-1902-funding-loan-e-estabilidade.htm?cmpid=copiaecola

Rodrigues Alves

No último período de seu governo, o Convênio de Taubaté, como ficou conhecido, foi uma medida econômica proposta pelos cafeicultores, com o intuito de equilibrar o preço das sacas de café.
Assinado pelos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, em 1906, na cidade de Taubaté, o convênio estabeleceu as bases da política da valorização do café, de modo que o governo federal compraria o excedente da produção de café com a finalidade de valorizar o preço no mercado mundial.

Afonso Pena 
 
Para a política econômica do país adotou um rumo distinto do praticado pelo antecessor Rodrigues Alves, viabilizando as pautas do Convênio de Taubaté. A intervenção e regulamentação do convênio pelo governo federal possibilitou o crescimento da produção cafeeira com subsídios internacionais. O governo federal seria avalista dos produtores de café, caso o produto perdesse valor, seria estocado. A União arcaria com as despesas dos empréstimos externos ao setor cafeeiro, configurando-se como a primeira política nacional de proteção à produção de café, efetivada em 1908.
Ainda no que se referiu às políticas para o setor agrícola, Afonso Pena criou o Ministério dos Negócios da Agricultura, Indústria e Comércio. Houve durante a gestão de Afonso Pena o incentivo ao emprego de mão de obra estrangeira no campo.
Hermes da Fonseca 
Política econômica voltada para o desenvolvimento rural do país, com ações destinadas a valorização do café. Desta forma, adotou poucas medidas voltadas para o desenvolvimento industrial e modernização dos setores produtivos do país.
Venceslau Brás
A Primeira Guerra Mundial impactou a importação de produtos para o Brasil. Desse modo, houve a necessidade de desenvolver mais a diversificação da agricultura e da indústria nacionais. A exportação de café também foi prejudicada. Para conter a queda do preço foram queimadas cerca de três milhões de sacas, assegurando a valorização do produto entre 1917-1920. Nesse processo, o país deixou de ser apenas um exportador de café e borracha. Passou a produzir diversas mercadorias (algodão, tecidos, carvão, carnes, cereais), a extrair mais metais (manganês e ferro), além de desenvolver a indústria bélica, usinas elétricas e siderúrgicas.
Epitácio Pessoa
Durante o seu governo podemos observar a franca expansão do setor industrial brasileiro, que aproveitava do abalo da economia européia no pós-Primeira Guerra. Em conseqüência a essa transformação econômica, também tivemos o crescimento da classe operária, que na época contava com a força de trabalho de vários imigrantes europeus. Muitos desses trabalhadores de origem espanhola e italiana vinham de seus países trazendo a influência das concepções dos pensamentos anarquista e socialista.

O Fator determinante para a derrocada da República Velha, contudo, foram as divisões das oligarquias no interior do bloco dominante, estando outros demais estados do Brasil querendo participação política. As campanhas políticas então tornaram-se mais acirradas, abrindo brechas para que os setores urbanos passassem a exigir maior participação política. A Revolução de 1930 (foto) resultaria de uma momentânea aliança entre setores urbanos.
Com a industrialização, o operariado brasileiro cresceu quantitativamente na década de 1920 e passou a exigir melhores condições de vida e trabalha. A partir daí haverá uma grande mudança de Modelo Econômico.

A Grande Depressão segue em decorrência da Queda da Bolsa em 1929. Todo o efeito negativo que se cria na economia mundial é devido à avaria da bolsa de Nova York. A década de 1930 se iniciada em grande conturbação devido a Depressão econômica e a crise sistêmica pela qual passa o capitalismo.
Após a Grande depressão, o país reagiu à crise, com a industrialização e foco no mercado interno, a partir daí, ocorre a reorganização do ambiente econômico.

Por volta de 1880, já existia a presença de várias fábricas no Brasil, mas sem uma estrutura realmente significativa. Contudo, por volta das décadas de 1910 e 1920, as atividades industriais já eram bastante expressivas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Por meio da intensa exportação de café e importação de outros produtos necessários ao mercado interno brasileiro, várias estruturas de maquinário fabril também aportavam em terras brasileiras, já que muitos produtores de café também passaram a investir nas fábricas.


Os principais tipos de atividades industriais do período estavam relacionados aos setores: têxtil (produção de tecido), de bebidas e de alimentos. A modernização agrícola contribuiu decisivamente para a que indústria se desenvolvesse no âmbito dos setores referidos. E, para que houvesse estabilidade na produção industrial, também foi necessário o controle do valor da moeda brasileira. O motivo para esse controle era não correr o risco de ter o principal produto de exportação, o café, desvalorizado no mercado internacional. Então, por vezes, o governo brasileiro priorizava o café, preterindo a atividade industrial. Esse fato demonstra que apenas na Era Vargas, a partir da década de 1930, é que se teve no Brasil uma política econômica realmente voltada ao desenvolvimento industrial pleno.


Vale notar, porém, que nos centros urbanos, além da proliferação de fábricas e trabalhadores assalariados, formou-se também nesse período as primeiras organizações de trabalhadores com fins de protesto por melhores condições de trabalho, dentre outras exigências. O anarco-sindicalismo se tornou notório entre os trabalhadores brasileiros na década de 1920, influenciados pelas ideias dos anarquistas italianos da mesma época, que aqui chegavam por meio dos imigrantes italianos com experiência no trabalho fabril.

Um comentário:

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