segunda-feira, 16 de maio de 2011

Aula de História - 2º Ano - Tema 3

Tema 3: A Construção da Cidadania Moderna



Partidos políticos no Brasil

Os dois primeiros partidos brasileiros, também surgiram sob a denominação clássica de Conservador e Liberal. A primeira vez que se usou este termo no país foi por ocasião da Independência do Brasil, momento em que se falava em Partido Português e Partido Brasileiro. O Partido Conservador e o Liberal surgiram na fase final da Regência Trina, durante a legislatura de 1838, foram os primeiros partidos políticos brasileiros que tiveram existência legal no segundo reinado (1840-1889).

No período da Regência Trina Permanente, as forças políticas brasileiras se organizaram em três grupos:


- O dos liberais moderados (conhecidos como chimangos) - que era a "situação", isto é, apoiava o governo. Seus principais membros eram os regente e deputados: Padre Diogo Antônio Feijó, Evaristo da Veiga, Bernardo Pereira de Vasconcelos e Honório Hermeto Carneiro Leão.


- O dos liberais exaltados (conhecidos como farroupilhas, jurujubas ou radicais) - obedeciam a Miguel de Frias e eram favoráveis à república, desejavam a aplicação das idéias liberais de qualquer forma, sem consultar as aspirações do povo, isto é, queriam: a federação absoluta, a união de províncias soberanas, a expulsão dos estrangeiros, a perseguição aos negociantes portugueses, a nacionalização do exército. Como não eram aceitos pelos moderados, ficavam na "oposição" (contra o governo) .


- O dos restauradores (conhecidos como monarquistas ou caramurú) - pretendiam reconduzir D. Pedro I, ao poder. Constituía-se de admiradores do Ex-imperador, muitos dos quais eram adotivos. À frente do grupo, que também fazia parte da "oposição", estavam os irmãos, Andradas entre outros.


Ainda durante o Império, foi constituído o vigoroso Partido Republicano (1870), o qual, recebendo a influência da chamada “política dos governadores”, desdobrou-se em agremiações políticas provinciais, destacando-se as duas correntes de maior pujança, que foram os famosos Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM)


Como se vê, de modo geral, os primeiros partidos políticos, na história do constitucionalismo, representaram as tendências conservadoras e liberais da sociedade.

Estes e o Partido Republicano Paulista foram os partidos políticos de mais longa duração no Brasil.


Na República Velha (1889-1930), os partidos políticos eram organizações regionais, existindo um Partido Republicano em cada estado, cada um tendo estatutos e direções próprias.


Alguns meses após o surgimento do PRP é fundado em Ouro Preto (MG) o Partido Republicano Mineiro (PRM) e em 23 de fevereiro de 1882 é fundado em Porto Alegre, por Júlio de Castilho o Partido Republicano Rio Grandense, que em 1884, cria seu órgão doutrinário, o diário "Federação", dirigido, até o ano da Proclamação da República, por Castilhos, que mais tarde seria sucedido na direção partidária por Borges de Medeiros.


Os republicanos porém não se organizaram em âmbito nacional. O chefe do movimento, Joaquim Saldanha Marinho, promoveu vários congressos com a participação de clubes e partidos republicanos provinciais com objetivo de propagar o ideal Republicano, fazendo assim, com que a atenção popular se polarizasse entre os Conservadores e o crescente movimento Republicano.


Partido Democrático


O clima de convulsão no governo do presidente Artur Bernardes provocou uma divisão até mesmo em seus maiores aliados, os cafeicultores paulistas. Em março de 1926, alguns deles abriram a primeira fissura num bloco monolítico, lançando um partido dissidente, o Partido Democrático.


Até então, devido à política dos governadores, a vida política tinha sido completamente federalizada. Os partidos de peso eram todos de âmbito estadual, o que garantia o controle da política pelas lideranças locais. Com o poder garantido na relação com o governo central, esses partidos eram contrários a qualquer mudança nas regras eleitorais – a despeito dos protestos cada vez mais intensos.


O Partido Democrático foi o primeiro a romper com este esquema. Menos por sua importância eleitoral, que era pequena, e mais por ter incluído em seu programa algumas das principais reivindicações tenentistas, entre elas a do voto direto. Com sua criação, alterou-se o jogo político nacional. Até então, o domínio absoluto do Partido Republicano Paulista no cenário estadual havia sido uma garantia para a representação dos interesses cafeeiros no cenário nacional. A partir de 1926, no entanto, todos os opositores da política oficial encontravam um aliado em São Paulo. Essa divisão foi um prenúncio de crise no sistema de poder.


Assis Brasil, referindo-se em nota de 1931 a este partido, opina: “Das tentativas feitas na República para organização de partidos nacionais, a mais baseada em princípios, a mais metodicamente empreendida e a que mais caminhou no sentido do êxito definitivo foi a recentíssima do partido Democrático Nacional. É inegável que a Revolução, pelas suas declarações prévias contidas no programa da Aliança Liberal, avocou os princípios do partido Democrático Nacional.


Devemos, assim, considerar este partido como uma espécie de estuário do pensamento político progressista, ao mesmo tempo em que como uma demonstração patente da decadência da política dos partidos estaduais. Era o fruto de uma nova mentalidade, imposta por circunstâncias também novas.


O partido Democrático Nacional, pela sua estrutura e composição, exprimia apenas os anseios da reforma política, no sentido mais formal da expressão. Não se aprofundava até às necessidades da reforma social.


Partidos de Esquerda


Fundado em 1922, em seus primórdios o Partido Comunista do Brasil teve como inimigos os anarquistas, muito ativos na segunda década do século XX. Estes, no entanto, foram perdendo força, sobretudo após a implantação do regime comunista na Rússia. Os comunistas brasileiros recebiam de Moscou não só a orientação política a ser seguida como ajuda material e a colaboração de camaradas de outros países.


Partidos da Era Vargas


O período Vargas é marcado por polarização ideológica, de um lado a ANL (Aliança Nacional Libertadora) que integra comunistas, liberais, socialistas e cristãos, de um lado, e a AIB (Ação Integralista Brasileira), movimento inspirado pelo nazi-fascismo. A ideologia nazi-fascista chegou ao Brasil, servindo de inspiração para a fundação da Ação Integralista Brasileira (AIB), liderada pelo jornalista Plínio Salgado. Movimento de extrema direita, anticomunista, que tinha como lema "Deus, pátria, família”. Defendia a implantação de um Estado totalitário e corporativo.


A Ação Integralista Brasileira aparece no memento em que novos grupos sociais aparecem no cenário Sócio-político do país. Com a queda das estruturas políticas oligárquicas, os grandes eixos de discussão política e ideológica do país perdem força no meio rural e passam a ocupar os centros urbanos do Brasil. Nesse mesmo período, novas teorias políticas surgem na Europa como um reflexo das crises advinhas do período entre guerras (1919-1938) e a crise capitalista que culmina, em a919, com a quebra da bolsa de Nova Iorque. Na Europa, o fascismo italiano e o nazismo alemão foram dois grandes movimentos políticos que chegaram ao poder em face às incertezas vividas nequele período. No Brasil, a rearticulação política vivida com a Revolução de 1930 fez com que o Integralismo aparecesse como uma alternativa frente ao recente governo de Getúlio Vargas e o crescimento dos movimentos operários e comunista. Sob o comando de Plínio Salgado, a Ação Integralista conseguiu o apoio de setores médios, empresariais e setores do operariado. Entendidos por muitos como um “fascismo abrasileirado”, esse movimento contou com suas particularidades.


Entre as principais idéias defendidas pelos integralistas, podemos destacar o corporativismo político, a abolição do pluralismo, a perseguição aos comunistas, o fim do capitalismo especulativo e a ascensão de um forte líder político. Além do conteúdo ideológico, os integralistas fizeram o uso massivo dos meios de comnunicação, frases de efeito, criação de símbolos e padronização comportamental.


Os integralistas receberam apoio da alta burguesia, do clero, da cúpula militar e das camadas médias urbanas. Por outro lado, o agravamento das condições de vida da classe trabalhadora possibilitou a formação de um movimento de caráter progressista, contando com o apoio de liberais, socialista, comunistas, tenentes radicais e dos sindicatos – trata-se da Aliança Nacional Libertadora (ANL).


Luís Carlos Prestes, filiado ao Partido Comunista Brasileiro foi eleito presidente de honra. A ANL reivindicava a suspensão do pagamento da dívida externa, a nacionalização das empresas estrangeiras e a realização da reforma agrária. Colocava-se contra o totalitarismo e defendia a democracia e um governo popular. A adesão popular foi muito grande, tornando a ANL uma ameaça ao capital estrangeiro e aos interesses oligárquicos.


Os integralistas utilizavam de uma saudação comum, “Anauê”, expressão de origem indígena, para cumprimentar seus associados. Além disso, vestiam camisas verdes e adotaram a letra grega sigma (símbolo matemático para somatória) como fomas que incentivariamum forte sentimento de comunhão e amor à pátria. Mesmo contando com intensas manifestações, os integralistas perderam força com a implementação do Estado Novo, no final dos anos 30.


Em 1934, no entanto, foi lançada a Aliança Nacional Libertadora, com Prestes como presidente de honra e um programa de conteúdo nacionalista capaz de obter a adesão de outros setores. A ANL, que oscilava entre a insurreição armada e a consolidação de uma aliança de classes para a conquista do poder, agregou quase 100 mil membros nos poucos meses em que teve existência legal. Um discurso criticando o governo foi o pretexto que o governo queria para fechar a ANL, em 1935. A partir daí fortaleceu-se no partido a tendência insurrecional e, enquanto se multiplicavam as prisões de seus militantes, o PCB começou a se preparar para um levante armado.


A fracassada revolta comunista de novembro de 1935 desencadeou uma forte repressão aos movimentos de esquerda. Dois fatores exaltaram os rancores: a “traição” dos militares comunistas, que atacaram colegas de farda, e a agressão aos brios nacionalistas, pois o golpe fora apoiado pela Internacional Comunista.


A Constituição do Estado Novo previa centralização política e fortalecimento do poder presidencial; extinção do legislativo; subordinação do Poder Judiciário ao Poder Executivo; instituição dos interventores nos Estados e uma legislação trabalhista. A Constituição de 1937 eliminava a independência sindical e extinguia a extinção dos partidos políticos, colocando na ilegalidade inclusive a Ação Integralista Brasileira.


Partidos do Regime Militar


Em 1966, o regime militar instaurado pela Revolução de 1964 implantou o bipartidarismo no Brasil, devido às muitas exigências legais para se criarem partidos políticos. Assim, de 1966 até 1979, existiram só a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o MDB.


No Brasil vigora, atualmente, o pluripartidismo ou pluripartidarismo. A atual constituição brasileira garante ampla liberdade partidária, mas, na prática, estão impossibilitados de se legalizarem os partidos fascistas, nazistas e monarquistas. Os partidos políticos oficializados e registrados no Tribunal Superior Eleitoral do Brasil são obrigados a prestar contas ao Tribunal de Contas da União.


HISTÓRIA DOS PARTIDOS POLÍTICOS NO BRASIL


Período Imperial (1822-1889)


No período imperial, a política brasileira girava em torno de dois partidos,ambos eram responsáveis pela sustentação e manutenção do Império e do regime escravocrata.


No período imperial, a política brasileira girava em torno de dois partidos: o Partido Conservador (1836): defendiam um regime forte, com autoridade concentrada na monarquia e pouca liberdade às províncias (Estados).


O Partido Liberal (1837): defendiam o fortalecimento do parlamento e uma maior autonomia nas províncias.


Partido Restaurador (1831): também conhecido por Partido Caramuru. Defendia a vota de Dom Pedro I.


Ambos eram escravistas, porém os liberais defendiam um processo lento e gradual que lavaria a abolição.


Período Republicano (1889-1930)


A Proclamação da República fortaleceu o surgimento de partidos republicanos regionalizados. Cada um defendendo interesses de suas províncias. Neste período se destacaram os Partidos Republicanos de São Paulo e Minas Gerais que através da Política do Café-com-Leite se alternaram na presidência do país. A Revolução de 1930 pôs fim a essa política dando inicio a Era Vargas.


A Proclamação da República fortaleceu os partidos Republicanos.o Partido Republicano (1870): fundado ainda durante o Império.


Defendiam o fim da monarquia e a proclamação da República. Em questões sociais era conservador.


O Partidos Republicanos nos Estados (1903): a República possibilitou o surgimento de uma série de partidos políticos republicanos nos estados brasileiros: PRP (São Paulo), PRR (Rio Grande do Sul), PRM (Minas Gerais), etc. Cada um tendo seu estatuto próprio.
Este período ficou marcado pelo fortalecimento dos coronéis, com o poder sendo regionalizado.


Primeira República (1889-1930)


O Partido Republicano Rio-Grandense (PRR): fundado em 1882. O partido foi fundado sobre fortes princípio positivistas. Defendiam que o Estado estava acima das classes sociais. Também defendiam a ordem social, a segurança do indivíduo e do Estado e a hierarquização da sociedade. Seu principal líder e ideólogo foi Júlio de Castilhos.
Dominou a cena política no Rio Grande do Sul de 1891-1930.


O Partido Federalista do Rio Grande do Sul (PFR): fundado em 1892 por Gaspar Silveira Martins. Também conhecidos como maragatos.
Defendiam o federalismo e o parlamentarismo e uma ampla revisão da Constituição do Rio Grande do Sul de 1891 (de orientação positivista).
Os maragatos eram inimigos ferrenhos dos pica-paus (como chamavam o membros do PRR, que depois ficariam conhecidos por chimangos). Desta disputa ocorreram duas guerras civis no estado: a Revolução Federalista (1893) e a Revolução de 23 (1923). Eram identificados pelo uso do lenço vermelho.
Em 1928, foi fundado o Partido Libertador (PL) que substituiria o PFR.

Primeiros Partidos Ideológicos no Brasil


O início do século XX assistiu ao surgimento de correntes ideológicas extremistas em todo o mundo. No Brasil foram, principalmente, dois os partidos que concentraram essas ideologias.


O Partido Comunista do Brasil (PCB): fundado em 1922. Partido de base comunista ligado a III Internacional Comunista. Seu principal líder foi o gaúcho Luís Carlos Prestes. O PCB foi responsável pela fracassada tentativa de Golpe de Estado com a Intentona Comunista de 1935 que ocasionou na prisão de seus principais líderes.
Durante a Era Vargas o partido esteve a maior parte do tempo na ilegalidade.


Após o Golpe de 1964, seus integrantes caíram na clandestinidade ou fugiram do país, mas muitos aderiram a grupos guerrilheiros.


No início dos anos 1980, o partido retornou a legalidade, porém dividido em Partido Comunista Brasileiro (PCB) e Partido Comunista do Brasil (PC do B).


Ação Integralista Brasileira (AIB): fundado em 1932. Era inspirado no Movimento Fascista italiano de Mussolini. Liderado por Plínio Salgado.
Algum tempo depois, muitos de seus integrantes ingressaram no PRP.
Atualmente, a FIB (Frente Integralista Brasileira) representa os ideais integralistas no Brasil.
Em pronunciamento no Congresso Integralista de 2004, afirmaram que o objetivo do grupo é “o combate ao materialismo oriundo, tanto do capitalismo, assim como do comunismo, além da necessidade de uma reforma espiritual do homem brasileiro”.
A instauração do Estado Novo em 1937 extinguiu o partido.


Partidos Nascidos na Era Vargas (1945-64)


Proibidos durante o Estado Novo (1937-1945) os partidos políticos retornaram com a redemocratização em 1945. Neste período se destacaram o PSD e o PTB, porém a UDN foi um importante partido de direita no período.


Partido Social-Democrático (PSD): fundado por aliados de Getúlio Vargas, em 1945. O partido concentrava as alas mais conservadoras aliadas ao governo Vargas. Foi um importante partido de sustentação a Getúlio.
Ideologicamente era o principal representante da socialdemocracia no país.
O partido sempre obteve maioria no Congresso.
Elegeu dois presidentes do Brasil:
Eurico Gaspar Dutra (1946-1950).
Juscelino Kubitschek (1956-1960).
O partido foi extinto pelo Ato Institucional Número 2 de 1965.


O PSD retornou a ativa na década de 1980, mas em 2003 foi incorporado ao PTB.


Partido Trabalhista Brasileiro (PTB): fundado por Getúlio Vargas em 1945. A base eleitoral do partido era formada por trabalhadores urbanos.
O PTB tinha forte penetração nos sindicatos. Seu principal ideólogo foi o gaúcho Alberto Pasqualini.
Dois presidentes da República foram do PTB:
Getúlio Vargas (1951-1954), eleito democraticamente.
João Goulart (1961-1962), eleito como vice-presidente de Jânio Quadros (1960), com a renúncia deste, assumiu a presidência. Jango também havia sido eleito vice de JK em 1955.
Ideologicamente o PTB aliava traços nacionalistas, positivistas e socialdemocratas.
De sua fundação até 1964 era o partido brasileiro mais à esquerda da política nacional, constantemente era acusado de comunista pelos adversários. Defendia a reforma urbana, reforma agrária, reforma universitária, o crescimento econômico e a Política Externa Independente (PEI).
Em 1981 o PTB foi refundado por Ivete Vargas, sobrinha de Getúlio.


Partido de Representação Popular (PRP): fundado por Plínio Salgado em 1945. Reunia antigos membros da AIB (Ação Integralista Brasileira).
Sua ideologia era de orientação nacionalista de extrema direita. Apesar de sempre ter representantes no Congresso Nacional tinham mais força nos Estados do Sul o Brasil. Em 1955, Plínio Salgado concorreu à Presidência, na eleição vencida por Juscelino Kubitschek do PSD.
O partido foi extinto em 1965 pelo Ato Institucional número 2. A maioria dos seus integrantes passou para a ARENA (Aliança Renovadora Nacional).


União Democrática Nacional (UDN): fundado em 1945. Reunia antigos políticos de oposição ao Governo Vargas. Partido de orientação conservadora de direita. Congregava setores da burguesia e da classe média urbana. Seus integrantes eram representantes das antigas oligarquias regionais que comandavam os Estados nos períodos anteriores (coronéis).
Era favorável ao capital estrangeiro e à iniciativa privada, sendo radicalmente contrário à Reforma Agrária e a políticas populares. Defendiam a propriedade privada e o grande latifúndio.
Em 1961, fez parte do grupo que tentou impedir a posse de João Goulart.
A UDN apoiou a candidatura vitoriosa de Jânio Quadros à presidência. Apesar de ter formado a base de apoio ao Golpe Militar de 1964, o partido foi extinto em 1965 pelo Ato Institucional número 2 e seus integrantes passaram para a ARENA, partido de sustentação da ditadura.


Partido Trabalhista Nacional (PTN): fundado por Romeu Campos Vidal em 1945. Reunia dissidentes do PTB.
O partido foi extinto em 1965 pelo Ato Institucional número 2. Seus integrantes passaram para a ARENA e o MDB.
Elegeu um presidente da República:
Jânio Quadros (1961), renunciou após 9 meses de mandato. Assumindo em seu lugar o vice, João Goulart do PTB.
O partido retornou em 1995 com o número 19.


Os Partidos Nascidos na Era Vargas (1945-1964)


O Partido Socialista Brasileiro (PSB): fundado em 1947, em ocasião da II Convenção Nacional da Esquerda Democrática. O PSB procurou situar-se entre o socialismo marxista e a socialdemocracia, portanto, surgiu como uma alternativa ao PCB e ao PTB. Era antigetulista.
Ideologicamente defendia transformação da estrutura da sociedade, incluída a gradual e progressiva socialização dos meios de produção, que deveria se realizar dentro das regras da luta democrática e liberal.
Na década de 1950, enfrentou forte crise que resultou na expulsão de lideranças identificadas com Jânio Quadros.


Partido Social Progressista (PSP): fundado por Adhemar de Barros em 1946. Era resultado da fusão do PRP (de Adhemar), PAN e PPS. Foi um partido muito forte em São Paulo onde Adhemar de Barros elegeu-se governadorO partido foi extinto em 1965 pelo Ato Institucional número 2. Seus integrantes passaram para a ARENA e o MDB.
Teve um presidente da República:
Café Filho (1954-1955), que assumiu após a morte de Getúlio Vargas.
Em 1989, o candidato Marronzinho concorreu à presidência da República pelo partido.


Partidos Políticos Durante o Bipartidarismo (1966-1979)


Após o Golpe Civil Militar de 1964, os partidos políticos foram novamente proibidos. O Ato Institucional número 1 cassou os direitos civis de 100 pessoas, a maioria políticos, o que enfraqueceu em demasia a oposição ao novo regime imposto. Em 1966, com o lançamento do AI-2, foi instituído o
Bipartidarismo, onde a situação se organizou em torno da ARENA e a oposição ingressou no MDB.


Aliança Libertadora Nacional (ARENA): fundado em 1966 como consequência do Golpe Militar de 1964. Reunia ex-integrantes da UDN, do PTN e do PSD. O partido era formado por setores conservadores da sociedade brasileira. Sua orientação ideológica era de extrema direita. Seus integrantes apoiavam a ditadura e faziam vista grossa à tortura.
A ARENA teve quatro presidentes militares do Brasil:
Costa e Silva (1967-1969).
Emílio Garrastazu Médici (1969-1974).
Ernesto Geisel (1974-1979).
João Figueiredo (1979-1985).
Durante a ditadura os presidentes eram eleitos indiretamente.


Com a abertura em 1979, o partido se dividiu em PDS (com o número 11, depois mudou de nome para PPB e depois para PP, como hoje é conhecido) en PFL (com o número 25, depois mudou de nome para DEM).


Movimento Democrático Brasileiro (MDB): fundado em 1966 como consequência do Golpe Militar de 1964. Reunia ex-integrantes da PTB e de outros partidos contrários ao Golpe. O partido era formado por setores liberais da sociedade brasileira. Porém, eram poucos os representantes das classes operárias, já que a maioria havia sido cassada ou presa.
O MDB era o único partido autorizado a fazer oposição ao regime. A existência de uma oposição dava ares de democracia à ditadura.
Em 1980, com a abertura política, o partido foi rebatizado de PMDB, com o número 15. Em 1988, após a Constituição, o partido se dividiu em PMDB e PSDB (este com o número 45).


Partidos Políticos Nascidos do Pluripartidarismo (1979-...)


Em 1979, após a Anistia, os partidos políticos foram autorizados a funcionar.
Nasceram assim, a maioria dos partidos que hoje estão em atividade.
Curiosidade: A partir desta época, muitos partidos mudaram de nome, cores e bandeiras, porém seus números se mantêm os mesmos.


Partido Democrático Social (PDS): fundado em 1980. Sucedeu a ARENA. O PDS manteve as alas arenistas mais conservadores e reacionárias, já que as alas mais liberais fundaram o PFL. Partido número 11. Em 1995, o partido mudou para Partido Progressista Brasileiro (PPB). Em 2003, mudou novamente de nome, desta vez para Partido Progressista (PP).


Partido Democrata Trabalhista (PDT): o partido foi fundado por Leonel Brizola em 1980. Congregando a grande maioria dos políticos do antigo PTB que retornavam do exílio. O PDT adotou a mesma base ideológica da antiga sigla, sendo um defensor do trabalhismo.
deologicamente se aproxima do pensamento socialdemocrata. É contrário ao neoliberalismo. Partido número 12.


Partido dos Trabalhadores (PT): o partido foi fundado em 1980. Um dos mais importantes partidos de esquerda da América Latina, o Partido dos Trabalhadores surgiu da luta sindical e operária, quando lutava por uma maior participação popular na política.


Ideologicamente é identificado com partidos socialistas e socialdemocratas, porém critica a ambos por não apresentarem alternativas para a superação do neoliberalismo, sua principal meta. Partido número 13.


Partido Trabalhista Brasileiro (PTB): em 1981 o PTB foi refundado por Ivete Vargas, sobrinha de Getúlio, após uma briga judicial envolvendo ela e Leonel Brizola, pois ambos se diziam herdeiros do partido. Partido número 14.


Desde sua refundação, em 1980, o partido tem demonstrado uma certa autonomia nos Estados, porém, impreterivelmente o partido esta aliado ao poder.


O partido é rotulado como legenda de aluguel, pois abriga políticos (candidatos) sem identificação ideológica com o partido. Hoje o partido pouco tem em comum com PTB anterior à ditadura.


Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB): fundado em 1980 por integrantes do MDB. Desde a abertura política é o partido brasileiro com o maior número de filiados. Desde o fim da ditadura o partido comanda pelo menos uma das casas do Congresso, em alguns momentos comandou as duas (Câmara e ou Senado).Partido Popular Socialista (PPS): fundado em 1992 por dissidentes do PCB, que, após o fim da Guerra Fria, buscavam criar uma terceira via política. Ideologicamente o partido se aproxima de ideais socialdemocratas. Partido número 23.


Partido Socialismo e Liberdade (PSol): fundado em 2004 por exintegrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e de outros partidos de esquerda descontentes com a política econômica de Lula.


O PSol abriga diversas correntes ideológicas de esquerda ligadas ao movimento sindical, inclusive trotskistas e comunistas. Defende interesses ligados às classes trabalhadoras (operários e camponeses). Partido número 50.


Partido Comunista Brasileiro (PCB): fundado em 1922. O partido mantem a base ideológica construída em sua fundação, porém tendo perdido muito de sua força ao longo dos último anos, principalmente após a queda do socialismo soviético em 1990.
Devido a divergências internas, o partido foi dividido em PCB e PC do B. Partido número 21.
Ideologicamente é um partido neoliberal. Defende a democracia e a livre iniciativa. É um partido essencialmente burguês. Partido número 15.


Partido da Frente Liberal (PFL): fundado em 1985. O partido surgiu da ruptura que ocorreu na ARENA, onde as alas mais liberais do partido optaram por não integrar o PDS. Surgia, assim, a Frente Liberal.
Se a ideologia do partido é conservadora, suas práticas econômicas são neoliberais. Partido número 25.Em 2007, o partido mudou de nome para Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB): fundado em 1988 po dissidentes do PMDB. Defende a democracia, a descentralização administrativa, o crescimento econômico sustentável e uma ampla reforma política que reforce os partidos políticos. Apesar de seu nome, ideologicamente defende o neoliberalismo. Partido número 45.


Partido Socialista Brasileiro (PSB): originalmente foi fundado em 1947, foi refundado em 1985. Resgatando o mesmo programa partidário de sua fundação. Representa uma alternativa entre os partidos socialistas radicais e a socialdemocracia. Partido número 45.Democratas (DEM).


Partido Verde (PV): fundado em 1986 por ambientalistas. Partido de centro. Defende o federalismo, o parlamentarismo, o ambientalismo e o desenvolvimento sustentável.
Partido que historicamente defendeu a legalização do aborto e das drogas, mudou de posição após o ingresso de Marina da Silva, que propôs que tais temas sejam submetidos a um plebiscito. Partido número 43.


Partido da República (PR): em 2006, como resultou da fusão entre o Partido Liberal (PL) e o Partido Reedificação da Ordem Nacional (PRONA).
O partido adotou praticamente a mesma base ideológica do PL. Assim, defende o liberalismo-social. É um partido de centro-direita. Partido número 22.


Partido Republicano Brasileiro (PRB): fundado em 2003. Defende a cidadania, os direitos humanos, direitos das mulheres e das crianças e adolescentes. Partido número 10. Partido com forte presenta de integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).


Partido da Reconstrução Nacional (PRN): fundado em 1985 com o nome de Partido da Juventude (PJ), em 1989 foi renomeado para PRN, ano em que elegeu Fernando Collor de Mello presidente do Brasil. Partido número 36. Teve dois presidentes da república:
Fernando Collor de Mello (1990-1992).
Itamar Franco (1992-1994). Em 1992, após o impeachment de Collor, foi para o PMDB.
Hoje o partido chama-se Partido Trabalhista Cristão (PTC).


Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU): partido fundado em 1994. É o representante nacional da LIT-QI (Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional) que fundou o partido por suas divergências com o Partido dos Trabalhadores (PT). Ideologicamente é um partido socialista de extrema esquerda identificado com os ideais trotskistas e leninistas. Defende o Internacionalismo. Apesar de socialista, discorda do socialismo stalinista da antiga URSS. Partido número 16.


Partido da Causa Operária (PCO): fundado em 1997 por integrantes da corrente Causa Operária do Partido dos Trabalhadores, expulsos do PT, fundaram o PCO. Partido de extrema esquerda. Considera o PSol e o PSTU partidos burgueses. Partido número 29.


Partido da Reedificação da Ordem Nacional (PRONA): fundado por Enéias Carneiro (1938-2007) em 1989. O partido tinha fortes traços fascistas e ultranacionalistas. Defendia o patriotismo, o desenvolvimento de armas nucleares e a adoção de uniforme obrigatório em escolas públicas.


Enéias foi candidato à presidência do Brasil por três vezes (1989, 1994 e1998). Em 2002, foi eleito deputado federal por São Paulo alcançando a marca de 1,57 milhão de votos, um recorde. Partido número 56. O partido se fundiu com Partido Liberal (PL) dando origem ao Partido da República (PR) com o número 22.






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