Totalitarismo
O totalitarismo é um sistema político caracterizado pelo domínio absoluto de uma pessoa ou partido político sobre uma nação. Dentro do totalitarismo, a pessoa ou partido político no poder controla todos os aspectos da vida pública e da vida privada por meio de um governo abertamente autoritário.
O totalitarismo também é marcado pela forte presença de um militarismo na sociedade e é acompanhado por ações do regime com o objetivo de promover sua ideologia por meio de um sistema de doutrinação da população. Os regimes totalitários utilizam-se do terror como arma política para conter e perseguir seus opositores políticos, e a propaganda política é usada de maneira consistente para que a população seja convencida das medidas extremas tomadas por esses regimes.
O totalitarismo foi um sistema político que esteve no auge durante as décadas de 1920 e 1930. Seu surgimento aconteceu após a Primeira Guerra Mundial e é considerado pelos historiadores como um reflexo causado por toda a destruição causada por esse conflito. Assim, o autoritarismo começou a ganhar força como solução política para as crises que o mundo enfrentava no pós-guerra, conseguindo adeptos mundo afora.
O termo “totalitarismo” surgiu durante a década de 1920 para referir-se ao fascismo italiano. Esse sistema político, inclusive, surgiu com o próprio fascismo italiano, regime que alcançou o poder na Itália em 1922, quando Mussolini tornou-se primeiro-ministro do país. Ao longo da década de 1920, a tendência política mundial pendia para o autoritarismo, e o totalitarismo ganhou considerável força após a ascensão do nazismo ao poder na Alemanha.
O consenso entre os historiadores determina que as características básicas do totalitarismo inspiram-se em três regimes: fascismo, nazismo e stalinismo. Existe um intenso debate entre esses profissionais sobre se outros regimes, como o Khmer Vermelho, no Camboja, e o atual regime norte-coreano, encaixam-se dentro do conceito de totalitarismo. Apesar desse debate, neste texto levaremos em consideração apenas o nazismo, o fascismo e o stalinismo.
As características básicas do totalitarismo são:
· Culto ao líder: Os três regimes possuíam um forte culto ao líder, e sua imagem era espalhada em todos os locais possíveis, como escolas, por exemplo.
· Unipartidarismo: Todos os totalitarismos suprimiam a existência dos partidos, e somente o partido do governo tinha a permissão de funcionar.
· Doutrinação: A população dos regimes totalitários era alvo de intensa doutrinação, que se iniciava com o ensino infantil. Essa doutrinação visava propagar a ideologia do governo.
· Centralização do poder: O poder político no totalitarismo é centralizado no líder e/ou no partido.
· Uso do terror: O terror era uma arma dos regimes totalitários para amedrontar seus opositores e perseguir grupos enxergados como “inimigos do Estado”.
· Censura: A censura era uma prática comum a jornais e à população em geral. Regimes totalitários não aceitavam críticas, denúncias e não aturavam a existência de uma oposição.
· Militarização: Exaltação do exército e militarização da sociedade.
· Criação de inimigos internos e/ou externos: Esse mecanismo era utilizado como distração ou justificativa para explicar as ações e o autoritarismo do regime.
· Nacionalismo exacerbado: O nacionalismo no totalitarismo assumia um viés extremista que pregava a exclusão e perseguição de outros povos ou etnias.
Apesar das semelhanças, o nazismo e o fascismo são diferentes.
O nazismo foi um movimento ideológico que nasceu na Alemanha e esteve sob o comando de Adolf Hitler de 1933 a 1945.
Já o fascismo foi um sistema político e surgiu primeiro, na Itália, tendo aumentado a sua influência na Europa entre 1919 e 1939.
O nazismo tem caráter nacionalista, imperialista e belicista (que tende a se envolver ativamente em guerras). O fascismo também tem caráter nacionalista e é antissocialista.
Nazismo
https://www.youtube.com/watch?v=wzx1ZTnNNkU
Nacional-Socialismo (em alemão: Nationalsozialismus), mais comumente conhecido como nazismo, é a ideologia associada ao Partido Nazista, ao Estado nazista, bem como a outros grupos de extrema-direita.
Normalmente caracterizado como uma forma de fascismo que incorpora o racismo científico e o antissemitismo, o nazismo se desenvolveu a partir das influências de ideias pangermânicas, do movimento nacionalista alemão Völkisch e de grupos paramilitares anticomunistas chamados Freikorps, que surgiram durante a República de Weimar após a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial.
O termo “nacional-socialismo” surgiu a partir da tentativa de redefinição nacionalista do conceito de “socialismo”, para criar uma alternativa tanto ao socialismo internacionalista marxista, quanto ao capitalismo de livre mercado. A ideologia rejeitava o conceito de luta de classes, assim como defendia a propriedade privada e as empresas de alemães.
FASCISMO
De forma geral, o fascismo é um regime autoritário com concentração total do poder nas mãos do líder do governo. Esse líder deveria ser cultuado e poderia tomar qualquer decisão sem consultar previamente os representantes da sociedade. Além disso, o fascismo defende uma exaltação da coletividade nacional em detrimento das culturas de outros países.
Fascismo é uma ideologia política ultranacionalista e autoritária caracterizada por poder ditatorial, repressão da oposição por via da força e forte arregimentação da sociedade e da economia. Embora os partidos e movimentos fascistas apresentem divergências significativas entre si, é possível apontar várias características em comum, entre as quais nacionalismo extremo, desprezo pela democracia eleitoral e pela liberdade política e econômica, crença numa hierarquia social natural e no domínio das elites e o desejo de criar uma comunidade do povo em que os interesses individuais sejam subordinados aos interesses da nação.
Embora o fascismo na Itália e na Alemanha sejam as experiências mais conhecidas, as experiências fascistas não se restringiram a elas. Em Portugal, por exemplo, o regime fascista foi comandado por Antônio de Oliveira Salazar entre 1932 e 1968. Já na Espanha, apareceu durante o governo de Francisco Franco, de 1939 a 1976.
A influência dos regimes fascistas chegou até mesmo ao Brasil. Logo após a Revolução de 1930 surge o integralismo, que influenciado pelo fascismo italiano combatia os defensores do pensamento de esquerda. Sua principal liderança foi Plínio Salgado.
Comumente, o fascismo é tido como parte da extrema-direita, principalmente pela sua notável oposição ao socialismo. As experiências fascistas contaram com amplo apoio dos banqueiros e industriais, tanto na Itália quanto na Alemanha.
Ao se falar em fascismo, porém, faz-se menção a um movimento político que surgiu na Itália durante a década de 1910 e que governou o país entre 1922 e 1943. O fortalecimento do fascismo italiano, conhecido como fascismo clássico, ocorreu em um cenário de crise econômica, desalento com os resultados da Primeira Guerra Mundial e medo do crescimento do comunismo e socialismo na Itália.
O fascismo na Itália tornou-se um regime totalitário que possuía uma política autoritária, nacionalista e antiliberal e foi liderado por Benito Mussolini, chamado pelos seguidores do fascismo de Duce (líder).
O fascismo italiano é considerado o precursor do nazismo na Alemanha e, por conta disso, existem inúmeras semelhanças entre essas duas vertentes totalitárias. Entre as características do fascismo italiano estão:
· Estado Totalitário: o Estado controlava todas as manifestações da vida individual e nacional. Controle total do Estado sobre a economia, política e cultura.
· Autoritarismo: a autoridade do líder era indiscutível, pois ele era o mais preparado e sabia exatamente o que a população necessitava.
· Imposição de um sistema unipartidário no país; sistema da existência de um partido único. Comum nos regimes ditatoriais ou autoritários
· Nacionalismo: a nação é um bem supremo, e em nome dela qualquer sacrifício deve ser exigido e feito pelos indivíduos.
· Anti-liberalismo: o fascismo defendia algumas ideias capitalistas como a propriedade privada e a livre iniciativa das pequenas e médias empresas. Por outro lado, defendia a intervenção estatal na economia, o protecionismo e algumas correntes fascistas, a nacionalização de grandes empresas.
· Desprezo pelo marxismo; Contrário às doutrinas de Karl Marx.
· Expansionismo: visto como uma necessidade básica da nação donde as fronteiras devem ser alargadas, pois é preciso conquistar o "espaço vital" para que ela se desenvolva.
· Militarismo: a salvação nacional vem por meio da organização militar, da luta, da guerra e do expansionismo.
· Anti-comunismo: os fascistas rejeitavam a ideia da abolição da propriedade, da igualdade social absoluta, da luta de classes.
· Corporativismo: ao invés de defender o conceito de "um homem, um voto", os fascistas acreditavam que as corporações profissionais deviam eleger os representantes políticos. Também sustentavam que somente a cooperação entre classes garantia a estabilidade da sociedade.
· Hierarquização da sociedade: o fascismo preconiza uma visão do mundo segundo a qual cabem aos mais fortes, em nome da "vontade nacional", conduzir o povo à segurança e prosperidade.
· Exaltação dos “valores tradicionais” em detrimento de valores considerados “modernos”.
Apesar de Mussolini ser um ex-socialista, o seu partido foi construído com grupos paramilitares contra políticos de esquerda, judeus, homossexuais, órgãos de imprensa e até mesmo a classe operária. Seu objetivo era criar um regime totalitário de partido único, nacionalista, anti-marxista e militarista.
O fascismo é entendido por cientistas políticos e historiadores como a forma radical da expressão do espectro político da direita conservadora. No entanto, é importante dizer que nem toda política praticada pela direita conservadora é extremista como o fascismo. Essa ideia também vale para o espectro político da esquerda, uma vez que nem toda política praticada por ela é radicalizada como o que foi visto pelo stalinismo, o regime totalitário liderado por Josef Stalin, entre 1927 e 1953, na União Soviética.
Mussolini, cujo nome completo era Benito Amilcre Andrea Mussolini, viveu de 1883 a 1945. Foi o líder máximo (o dulce) da Itália durante o período de 1922 a 1943 – quando foi preso por tropas aliadas durante a Segunda Guerra. Foi ele também quem criou o movimento fascista, que deu origem ao Partido Nacional Fascista, no fim da década de 1910. Mussolini foi o primeiro ideólogo totalitário da Europa a chegar ao poder máximo de uma nação da Europa Ocidental.
O exercício do poder político, para Mussolini, deveria estender-se para todos os âmbitos da vida dos indivíduos, que deveriam estar ajustados à vontade do Dulce , isto é, dele próprio, como líder capaz de conduzir a todos rumo ao “triunfo da Itália”, enquanto nação e império. A aspiração ao controle total da vida dos cidadãos pelo Estado inspirou vários outros líderes políticos da época, entre eles Francisco Franco, na Espanha, Adolf Hitler, na Alemanha, e até mesmo Getúlio Vargas, no Brasil, na fase da ditadura do Estado Novo.
· Ingresso na atividade política e Primeira Guerra Mundial
Benito Mussolini começou sua militância política na primeira década do século XX. À época, a Itália, como muitas outras nações europeias, vivia turbulentas agitações políticas nas quais entravam em conflito ideologias como o comunismo, o sindicalismo radical, o socialismo, o anarquismo, entre outras. Mussolini fazia parte do Partido Socialista Italiano e exercia a sua militância principalmente por meio do periódico Avanti!, vinculado ao partido.
Todavia, quando teve início a Primeira Guerra Mundial, Mussolini passou a divergir com os outros membros do partido porque defendia a entrada do então Reino da Itália na guerra e queria deixar isso claro como posicionamento do partido por meio do jornal. Pela intransigência de sua defesa, Mussolini teve que deixar o jornal Avanti!, mas continuou a defender sua posição por meio de outro veículo, criado por ele próprio, chamado Il Popolo d'Italia (O Povo da Itália).
Em Il Popolo d'Italia, o futuro Dulce foi progressivamente dando uma guinada do socialismo para o corporativismo nacionalista e coletivista que caracterizaria o fascismo. Ainda durante a Primeira Guerra, Mussolini alistou-se no Exército Italiano para lutar contra as forças dos aliados germânicos, Alemanha e Império Austro-húngaro, chegando a obter a patente de sargento. Quando terminou a guerra, que foi devastadora também para os “vencedores”, em 1918, ele se associou a pessoas de várias camadas sociais, operários, camponeses, profissionais liberais, militares, para formar o chamado Fasci Italiani di Combattimento.
· Fasci Italiani di Combattimento
O Fasci Italiani di Combattimento, algo que poderia ser traduzido como “Feixe Italiano de Combate”, foi o nome dado por Mussolini para a associação paramilitar, fundada em 1919, que se transformaria no Partido Nacional Fascista. O nome “fasci”, em italiano, significa “feixe” e faz referência à imagem do feixe de varas envolvendo um machado, que era símbolo do poder no Império Romano. O fascismo, entre 1919 e 1922, conseguiu arrebanhar um número bastante expressivo de pessoas, de modo que, em 28 de outubro desse último ano mencionado, esses adeptos das ideias mussolinianas foram às ruas rumo à sede do Reino da Itália pressionar Victor Emmanuel III, então rei, a nomear Mussolini primeiro-ministro. Esse acontecimento ficou conhecido como “Marcha sobre Roma”.
Fascismo na Itália
Com o fim da Primeira Guerra Mundial (1914–1918), a Itália foi ignorada nos tratados que selaram o conflito. Em consequência de sua participação na grande guerra, a Itália mergulhou em uma grande crise econômica,. O desemprego assolava, acompanhado por fome, miséria e inflação. Os italianos, arrasados, buscavam uma nova forma de governo para se reerguerem. Benito Mussolini, líder fascista, aproveitou-se da situação e impôs sua ideologia, inicialmente encontrando grande apoio da massa e, por fim, instaurando uma ditadura na Itália. O desgaste social e econômico mal recompensado mobilizou diferentes grupos políticos engajados na resolução dos problemas da nação italiana. No ano de 1920, uma greve geral de mais de dois milhões de trabalhadores demonstrava a situação caótica vivida no país. No campo, os grupos camponeses sulistas exigiam a realização de uma reforma agrária.
Crescimento do fascismo na Itália
A mobilização dos grupos trabalhadores trouxe à tona o temor dos setores médios, da burguesia industrial e dos conservadores em geral. A possibilidade revolucionária em solo italiano refletiu-se na ascensão dos partidos socialista e comunista. De um lado, os socialistas eram favoráveis a um processo reformador que traria a mudança por vias estritamente partidárias. Do outro, os integrantes das facções comunistas entendiam que reformas profundas deviam ser estimuladas.
O processo de divisão ideológica das esquerdas acontecia enquanto os setores conservadores e da alta burguesia pleitearam apoio ao Partido Nacional Fascista. Os fascistas, liderados por Benito Mussolini, louvavam uma ação de combate contra os focos de articulação comunista e socialista, com medo dos movimentos de esquerda, o fascismo toma a frente política no intuito de impedir, a ascensão das ideias comunista e socialista. Desse modo, o “fasci di combattimento” (fascismo de combatimento) passou a atacar jornais, sindicatos e comícios da esquerda italiana.
Criando uma força miliciana conhecida como “camisas negras”, os fascistas ganharam bastante popularidade em meio às contendas da economia nacional. A demonstração de poder do movimento deu-se quando, em 28 de outubro de 1922, os fascistas realizaram a Marcha sobre Roma. A manifestação, que tomou as ruas da capital italiana, exigia que o rei Vitor Emanuel III passasse o poder para as mãos do Partido Nacional Fascista. Pressionado, a autoridade real chamou Benito Mussolini para compor o governo.
Inseridos
nas esferas de poder político central, os fascistas teriam a oportunidade de
impor seu projeto político autoritário e centralizador. Já nas eleições de
1924, os representantes políticos fascistas ganharam a maioria no parlamento.
Os socialistas, inconformados com as fraudes do processo eleitoral, denunciaram
a estratégia antidemocrática fascista. Em resposta, o socialista Giacomo Matteotti foi
brutalmente assassinado por partidários fascistas.
Mussolini já tomava ações no sentido de minar as instituições representativas.
O poder legislativo foi completamente enfraquecido e o novo governo publicou a Carta de Lavoro, que
declarava as intenções da nova facção instalada no poder. Explicitando os
princípios fascistas, o documento defendia um Estado corporativo onde a
liderança soberana de Mussolini resolveria os problemas da Itália. No ano de
1926, um atentado sofrido por Mussolini foi a brecha utilizada para a
fortificação do Estado fascista.
Apesar de pregar forte intervenção estatal, ser autoritário e contrário ao liberalismo e ao comunismo, o regime Fascista posiciona-se na extrema-direita do espectro político tradicional. O seu programa político é claro em "A Doutrina do Fascismo" (Benito Mussolini, 1932), afirmando: "Somos livres para acreditar que este é o século da autoridade, um século tendendo para a 'direita', um século fascista".
“O fascismo é definitivamente e absolutamente oposto às doutrinas do liberalismo, tanto na esfera econômica quanto na política”, sustenta Mussolini positivamente.
O fascismo seria um regime ou governo da burguesia nacional, com uma política econômica intervencionista e nacionalista e com uma política externa centrada na obtenção de uma “divisão do mundo” mais favorável a essa mesma burguesia nacional.
O fascismo seria uma criação dos “opressores capitalistas” para proteger as relações econômicas de seu sistema através da força repressiva, sistema de governo que opera em conluio com grandes empresas (as quais são favorecidas economicamente pelo governo), que carteliza o setor privado, planeja centralizadamente a economia subsidiando grandes empresários com boas conexões políticas, exalta o poder estatal como sendo a fonte de toda a ordem, nega direitos e liberdades fundamentais aos indivíduos (como a liberdade de empreender em qualquer mercado que queira) e torna o poder executivo o senhor irrestrito da sociedade. Fascismo tem o Controle total do Estado sobre assuntos relacionados à economia, política e cultura.
Nas ciências econômicas, o fascismo foi visto como um terceiro caminho entre o capitalismo laissez-faire e o comunismo. O pensamento fascista reconhecia as funções da propriedade privada e do estímulo ao lucro como legítimos incentivos à produtividade – desde que não entrassem em conflito com os interesses do Estado.
O regime de Mussolini seguiu a política econômica do laissez-faire, sob o comando de um ministro de finanças liberal, Alberto De Stefani. O ministro reduziu impostos, regulações, restrições comerciais e permitiu que empresas competissem umas com as outras. Porém, essa oposição ao protecionismo e aos subsídios desagradava alguns líderes da indústria e De Stefani acabou tendo que pedir demissão. Quando Mussolini consolidou sua ditadura, em 1925, a Itália entrou em uma nova fase. Como vários outros líderes daquele tempo, Mussolini acreditava que a economia não funcionaria construtivamente sem a supervisão do governo. Como um prenúncio do que aconteceria na Alemanha Nazista e até, de certa forma, nos Estados Unidos após o New Deal,
Assim, o Partido Fascista de Mussolini deu impulso à industrialização a partir de 1927, com a estabilização da lira, moeda nacional da época. Cresciam os setores elétricos, naval, aeronáutico e automobilístico, porém, a crise mundial de 1929, afetou duramente esse crescimento.
Mussolini iniciou um grande programa que incluía um imenso déficit do governo, obras públicas e, por fim, investimento militar.
O Fascismo de Mussolini avançou ainda mais com a criação do Estado Corporativo, uma estrutura supostamente pragmática, sob a qual as decisões econômicas eram tomadas por conselhos compostos por trabalhadores e empregadores que representavam o comércio e as indústrias. A partir desse arranjo, a suposta rivalidade entre os empregados e os empregadores deveria ser extinta, evitando que a luta de classes prejudicasse a luta nacional. No Estado Corporativo, por exemplo, as greves seriam ilegais e ações trabalhistas deveriam ser mediadas por uma agência estatal.
Esse modelo econômico baseado em uma parceria entre o governo e os negócios logo foi estendido à esfera política no que veio a ser conhecido como corporativismo. A partir de 1934, acreditando que a Itália poderia ter evitado a Grande Depressão, se não estivesse ligada aos mercados internacionais, Mussolini insistiu que a autarquia deveria ser um dos principais objetivos da política econômica de seu governo. Para este fim, os fascistas começaram a impor tarifas significativas e outras barreiras comerciais. Em 1934, Mussolini se gabou de que três quartos das empresas italianas "estão nas mãos do Estado"
https://www.youtube.com/watch?v=bbi-OzMtslc
NAZIFASCISMO UM MOVIMENTO CONTRARREVOLUCIONÁRIO
O período entre guerras, caracterizado pela crise do modelo liberal na política e na economia, influenciou a ascensão de regimes antidemocráticos na Europa, como o nazismo e o fascismo.
Além de movimento, o fascismo tornou-se poder na Itália e na Alemanha no período entre guerras, sendo assim uma forma específica de regime político do Estado capitalista. Não qualquer regime, não qualquer ditadura, mas uma ditadura contrarrevolucionária com características bastante específicas.
O fascismo constitui-se como um movimento contrarrevolucionário, formado por uma base social na pequena burguesia, especialmente pela massa de ex-combatentes, que em países da Europa central foram recrutados pelas classes proprietárias que os financiaram para formarem grupos de bate-paus contra o movimento operário e a esquerda em geral. Os capitalistas desses países tiveram pela frente uma classe trabalhadora revolucionária, que lhes ameaçava o poder. Por isso, deram dinheiro aos camisas-negras de Mussolini e aos camisas-pardas de Hitler – em troca de favores futuros. Enquanto movimento, o fascismo representou historicamente um oponente violento das organizações da esquerda, da classe operária e dos subalternos sociais, bancado pelas classes dominantes para eliminar, inclusive fisicamente, qualquer coisa que pudesse ser associada à ameaça de “contagio vermelho” (comunismo). E por isso o sucesso dos movimentos fascistas associava-se também à capacidade desses movimentos convencerem amplos setores sociais de que o conjunto das esquerdas poderia ser enquadrado como “comunista” e, por conseguinte, “antipatriótica”. Assim, dos revolucionários anarquistas até os social-democratas mais reformistas, passando naturalmente pelos próprios comunistas, as esquerdas em geral foram alvo desses movimentos contrarrevolucionários.
Assim como o Fascismo, o Nazismo defendia o controle total do Estado pelo partido, o ultranacionalismo, o militarismo e a crença da superioridade racial, mas em uma forma ainda mais radical. o antissemitismo e o anticomunismo no cerne de sua filosofia política, defende temas da extrema-direita, como o argumento de que pessoas "superiores" têm o direito de dominar outros indivíduos e que a sociedade deve expurgar elementos supostamente "inferiores" (esse pensamento é expresso no conceito de “Darwinismo Social”). ele exalta o nacional-socialismo como uma vertente do socialismo. O fato era que ele expressava não uma forma tradicional do socialismo marxista, mas sim o socialismo como "exaltação do social".
Todos conhecem, seja pelos filmes ou pelas fotos em revistas, o alcance da propaganda, principalmente na Alemanha nazista: enormes concentrações, empolgantes desfiles, discursos, hinos, filmes, rádio, tudo era utilizado para criar e manter o mito do “Líder”, da “Nação”, da “Vitória”, do “Partido”.
Os regimes totalitários são aqueles marcados pelo totalitarismo, um sistema político caracterizado pelo controle absoluto de uma pessoa ou de um partido sobre toda a nação.
O papel do líder para as massas funciona como o do pastor de ovelhas para o rebanho de modo que sem pastor, o rebanho fica sem rumo, e lhe falta à identidade. O pastor é aquele que direciona e que fornece segurança a respeito de futuro.
As massas então, devotam a esse líder a esperança e aquilo que lhes falta. Fincam raizes sobre a ideologia que esse lider-pastor lhes oferecer, sendo as palavras deste a verdade, e suas bandeiras, a glória. As massas encontram identidade ainda que sob a forma de denominação e controle utilizada pelo totalitarismo junto às massas.
O regime totalitário tem como objetivo
controlar todos os aspectos da vida em sociedade, incluindo a economia,
educação, arte, ciência, vida privada e valores morais dos cidadãos. Alguns
governos totalitários promovem ideologias oficiais com o objetivo de controlar
por completo o pensamento e ações dos cidadãos, ambiciona movimentar toda a
população para concretizar os seus objetivos, onde não há espaço para a
democracia nem direitos e garantias individuais.
O totalitarismo também é marcado pela forte presença de um militarismo na sociedade e é acompanhado por ações do regime com o objetivo de promover sua ideologia por meio de um sistema de doutrinação da população que começava com o ensino infantil e estendia-se a outros grupos, promovendo o domínio ideológico sobre os cidadãos.
Esses regimes, em geral, sustentavam um forte militarismo — muito útil para calar as vozes dissidentes (não concordar com seus preceitos) — e eram acompanhados por um forte aparato de propaganda ideológica, cujo principal objetivo era promover o culto ao líder e ressaltar os feitos do regime. O terror era outra arma utilizada pelos regimes totalitários e seu objetivo era amedrontar os opositores.
Psicologia das massas, de acordo com a teoria Freudiana, aborda um enlaçamento sobre a identificação de um grupo em relação a uma única pessoa, Freud afirma que quando uma pessoa se torna membro de uma multidão, sua mente inconsciente é liberta. Isso acontece porque as restrições do superego são relaxadas. Dessa forma, o indivíduo tende a seguir o líder carismático da massa. As massas necessitam de um líder autoritário para conduzi-las e por meio deste se estabelecem regras que se não forem cumpridas acabam gerando retaliações aos infratores. O fascismo foi considerado por Reich a atitude emocional e irracional básica do homem oprimido. Desse modo, na psicologia política de Reich, o que se estuda é o fator subjetivo da história, a estrutura do caráter do homem numa determinada época e a estrutura ideológica da sociedade que ela forma. A educação autoritária é a base psicológica das massas em todas as nações para a aceitação e o estabelecimento da ditadura (Reich, 1982), uma habilidade em manejar as emoções dos indivíduos e evitar qualquer argumentação objetiva era prescindir da argumentação, apontando apenas o objetivo final.
Por exemplo, podemos nos ater ao movimento nazista que resultou na morte de milhões de pessoas. Os nazistas veneravam a ideologia supremacista de Hitler em relação ao judeus ou quem não se encaixasse na “pureza” étnica. Aos que não se encaixavam aqui ou eram alvos, a morte era a punição por serem o que simplesmente eram.
O fascismo é, na sua essência, uma expressão política da crise capitalismo em sua fase imperialista e na etapa do domínio dos monopólios, como define Leandro Konder (Introdução ao fascismo, São Paulo, Expressão Popular, 2009). Ele disfarça sob uma máscara modernizadora seu conteúdo conservador, sendo antiliberal, antissocialista, antioperário e, principalmente, antidemocrático. A dificuldade do fascismo reside exatamente em juntar esses dois aspectos contrários em sua síntese – isto é, uma intencionalidade à serviço do grande capital (imperialista, monopolista e financeiro) e uma base de massas que permita apresentar seu programa reacionário como alternativa para a “nação”. Creio que o estudo de Wilhelm Reich nos dá aqui uma pista valiosa. A ideologia fascista conclama à revolta dos impulsos reprimidos (seja das necessidades materiais, seja aqueles relativos à repressão da sexualidade) e depois oferece a ordem como alternativa, dialogando assim diretamente com o fundamental da estrutura do caráter universalizado pela sociabilidade burguesa, principalmente das chamadas classes médias. É, portanto, uma política da pequena burguesia que mobiliza massas trabalhadoras para defender os interesses do grande capital monopolista. Acreditem, realizou-se esta façanha com eficiência e sucesso naquilo que conhecemos por nazifascismo.
Se não ficarmos atentos para os aspectos psicológicos envolvidos na questão, seremos tentados a superestimar o papel da propaganda como elemento catalisador de apoio, de persuasão das massas. O apoio das massas aos fascistas não pode ser explicado apenas em função da eficácia da máquina propagandística, mas pelas próprias condições mentais e econômicas dessas massas.
O psicanalista Wilhelm Reich, na década de 30, opôs-se às interpretações puramente economicistas dos fascismos, chamando a “atenção para aspectos socioculturais importantes que os marxistas deixavam muitas vezes de lado quando se dispunham a analisar a difusão do fascismo. Reich fez observações interessantes, por exemplo, sobre as tradições educacionais fortemente repressivas da sociedade burguesa e sobre o papel que essa educação desempenhava na formação de indivíduos dóceis, recalcados, sem espírito crítico, fáceis de recrutar para as fileiras das organizações fascistas, onde lhes era proporcionada a chance compensadora de se ‘identificarem’ com a personalidade enérgica do ‘chefe’.” (KONDER, op. cit., p. 87.)
Na mesma linha de raciocínio, Alcir Lenharo, analisando o pensamento de Reich, afirma: “A família pequeno-burguesa é o xis da questão para Reich. Ela opera com a energia sexual dos filhos para lhes impor as normas sociais e canalizá-las para os rumos da manutenção do status quo. Cultiva a honra, o dever, a docilidade não crítica, a subserviência à autoridade. O pai introduz na família a posição que assume em relação a seu superior hierárquico na sociedade. Assim submetido a uma identificação com seu pai, o filho manterá, com qualquer autoridade, as mesmas inclinações de subserviência dotadas de forte afetiva. O problema maior, para Reich, é que esta estrutura familiar pequeno-burguesa era copiada pelas famílias proletárias...
A novidade do nazismo era sua força psicológica, que predispunha todos, trabalhadores ou não, à aceitarem ou assumirem seu corpo ideológico”. (LENHARO, op. cit., p. 15.)
O fascismo foi considerado por Reich a atitude emocional e irracional básica do homem oprimido. Desse modo, na psicologia política de Reich, o que se estuda é o fator subjetivo da história, a estrutura do caráter do homem numa determinada época e a estrutura ideológica da sociedade que ela forma. A educação autoritária é a base psicológica das massas em todas as nações para a aceitação e o estabelecimento da ditadura (Reich, 1982).
“Se nos imbuirmos da ideia de que o primeiro dever do Estado que trabalha em benefício do povo é a conservação e o aperfeiçoamento dos melhores elementos da raça, é natural que os nossos cuidados não cessem com o nascimento, mas continuem na educação das crianças, para a sua transformação em membros úteis à comunidade e capazes de contribuir para o seu crescimento.
Assim como, em conjunto, o rendimento intelectual dos indivíduos é função direta das qualidades raciais do material humano dado, a educação deve tem em mira, em primeiro lugar, a manutenção e o aprimoramento da saúde física, pois, via de regra, é nos corpos sadios e fortes que se encontram os espíritos sãos e enérgicos. O fato de que muitos homens de gênio são às vezes de constituição fraca ou mesmo enfermiça não desmente esse princípio. Trata-se, nesse caso, de exceções que, naturalmente, confirmam a regra. No entanto, quando a maior parte de um povo é composta de degenerados físicos, só muito raramente surgirá desse pântano um espírito realmente grande. Da sua influência, não é lícito, em nenhum caso, esperar grande coisa. Essa massa de degenerados ou será incapaz de compreendê-lo ou será tão fraca de vontade que não conseguirá acompanhar essa águia nos seus voos.
Consciente dessa realidade, o Estado volkisch não cuidará que a sua tarefa educacional se limite a bombear a ciência para dentro dos cérebros: procurará obter, através de uma educação apropriada, corpos basicamente sadios. Só em segundo plano é que se cultivarão as faculdades intelectuais. Mas, ainda aqui, a formação do caráter deve ser a principal meta, especialmente o desenvolvimento do poder da vontade e da capacidade de decisão. Ao mesmo tempo, os jovens aprenderão a assumir com prazer a responsabilidade pelos seus atos. Somente numa etapa final é que vem a instrução propriamente dita.” (Trecho do livro Mein Kampf, escrito por Adolf Hitler.)
Uma característica dos discursos nos comícios nacional-socialistas era a habilidade em manejar as emoções dos indivíduos e evitar qualquer argumentação objetiva. Hitler apontou que a tática certa na psicologia de massas era prescindir da argumentação, apontando às massas apenas o objetivo final.
Segundo Freud
A massa é extraordinariamente influenciável e crédula, é acrítica, o improvável não existe para ela. Pensa em imagens que evocam umas às outras associativamente, como no indivíduo em estado de livre devaneio, e que não têm sua coincidência com a realidade medida por uma instância razoável. Os sentimentos da massa são sempre muito simples e muito exaltados. Ela não conhece dúvida nem incerteza. Ela vai prontamente a extremos; a suspeita exteriorizada se transforma de imediato em certeza indiscutível, um germe de antipatia se torna um ódio selvagem. Quem quiser influir sobre ela, não necessita medir logicamente os argumentos; deve pintar com imagens mais fortes, exagerar e sempre repetir a mesma fala.
Como a massa não tem dúvidas quanto ao que é verdadeiro ou falso, e tem consciência da sua enorme força, ela é, ao mesmo tempo, intolerante e crente na autoridade. Ela respeita a força, e deixa-se influenciar apenas moderadamente pela bondade, que para ela é uma espécie de fraqueza. O que exige de seus heróis é fortaleza, até mesmo violência. Quer ser dominada e oprimida, quer temer os seus senhores. No fundo, inteiramente conservadora, tem profunda aversão a todos os progressos e inovações, e ilimitada reverência pela tradição.” (Freud em “Psicologia das massas e análise do eu”, 1923)
Simbologia do poder
As relações de poder que permeiam a nossa sociedade e uma reflexão sobre como elas afetam a nossa vida.
PODER Do latim Potere - Capacidade ou faculdade de fazer algo. Posse do mando e da imposição da vontade.
Max Weber - Imposição da vontade de uma pessoa ou instituição sobre os indivíduos.
Pierre Bordieu - Há um poder por trás disso tudo que faz com que as pessoas, inconscientemente, busquem consumir, gostar, adequar-se a certos elementos em detrimento de outros.
Norberto Bobbio - Existem formas de poder: poder econômico, poder ideológico e poder político.
Karl
Marx - O poder reside naquele
que possui os meios materiais
de produção de capital. O proprietário submete seus empregados ao seu poder.
- Por
meio da posse
dos meios de
produção, o proprietário submete
seus empregados ao
seu poder o que
causa injustiças sociais,
- Proposta de Marx seria uma revolta do proletariado contra a burguesia que tomaria os meios de produção, distribuindo-os aos trabalhadores e dissolvendo o poder entre a população.
Se antes o controle era instituído pelo rei, agora ele é feito pela escola, pela indústria, pelos quartéis, pelas prisões, pelos hospitais e pelos hospícios.
Sintetizando
● Ao estudar relações de poder, percebemos que as nossas relações sociais estão permeadas por disputas de forças, tentativa de imposição de uma verdade,reprodução de comportamentos sociais que podem gerar dominação,exclusão,desigualdade social,injustiça e preconceito.
Refletindo sobre a nossa realidade...
● De que forma podemos, a partir da reflexão sobre como o poder pode ser exercido no meio em que vivemos, sustentar comportamentos de combate ao bullying, xenofobia, machismo, preconceito linguísticos?
1945 O FIM DO NAZIFASCISMO
A
Segunda Guerra Mundial está relacionada com a expansão do totalitarismo e a
derrota Itália e da Alemanha marcou a queda do regime Nazismo e Fascismo.
Durante esse período totalitário na Europa, desde seu inicio, ocorreu resistências, nem todos cidadãos aderiram a sua ideologia, isso demonstra que o mecanismo de controle de massas não atingiu a todos.
A história de Benito Mussolini (1883-1945) confunde-se com a do movimento fascista italiano. Seu fim começou no verão europeu de 1943, quando os Aliados da Segunda Guerra Mundial desembarcaram na Sicília.
Aliados da Segunda Guerra Mundial foram os países que se opuseram às Potências do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial. Os Aliados promoveram a aliança como um meio de controlar a agressão alemã, japonesa e italiana. A aliança foi formalizada pela Declaração das Nações Unidas, de 1 de janeiro de 1942. No entanto, o nome "Nações Unidas" raramente foi usado para descrever os Aliados durante a guerra. Os líderes das "Três Grandes" a União Soviética, Reino Unido e os Estados Unidos controlavam a estratégia aliada.
No dia 25 de julho daquele ano, o órgão máximo do fascismo decidiu derrubar e prender o "Duce" do Fascismo, por causa de seus fracassos militares. O rei Vitor Emanuel rendeu-se aos Aliados e declarou guerra à Alemanha nazista, que apoiara anteriormente.
As Aliados invadiram o resto do país, deteriorando a resistência armada de Mussolini no que ficou conhecido como Campanha Italiana. O líder nazista Adolf Hitler desviou um quinto de todo o exército alemão para a Itália, na tentativa frustrada de barrar os inimigos.
Em seguida, os alemães ocuparam a Itália, libertaram Mussolini e lhe deram proteção para proclamar a República de Saló, um governo títere da Alemanha (Estado fantoche da Alemanha nazista). Enquanto isso, a população italiana organizava a resistência e cooperava com as tropas aliadas.
República de Salò - governo fascista instaurado em 23 de setembro de 1943 na parte do território italiano não ocupado pelos Aliados, de curta existência, Foi dissolvida em 29 de abril de 1945.
No final de março de 1945, os partigiani (Resistência italiana, guerrilheiros antifascistas de oposição ao fascismo e bem como à República de Salò e à ocupação da Itália pela Alemanha Nazista) conquistaram Milão, fechando o cerco a Mussolini, que ainda tentou, sem sucesso, negociar sua rendição. No dia 28 de abril de 1945, os alemães cederam na Itália.
Amargurado e resignado, Mussolini tentou fugir para a Suíça com sua amante Clara Petacci, num comboio de soldados alemães. Mas era tarde demais para o "Duce": partigiani italianos interceptaram o comboio, reconheceram o líder fascista e o fuzilaram junto com Clara.
Embora o fascismo, desde o início, tenha procurado ideologizar as massas, o movimento nunca teve apoio tão indiscriminado na sociedade italiana quanto o nazismo na Alemanha. O crescimento do fascismo e sua violência como atacavam pessoas que participavam de greves realizadas por socialistas e escritórios montados por estes, além de agredi-los e ameaçá-los, levou a uma reação antifascista na Itália.
O
antifascismo foi uma resposta ao crescimento do fascismo na Europa durante as
décadas de 1920 e 1930. As primeiras experiências antifascistas significativas
aconteceram na Itália e na Alemanha, países que tiveram os maiores regimes
totalitários da história. O fascimo teve uma duração significativa na Itália, perdurou 21 anos (1922–1943).
Essa ação antifascista italiana foi autônoma e não tinha ligações partidárias, porque os partidos de esquerda na Itália não aceitavam experiências autônomas e não aprovavam a resistência armada proposta pelo arditismo. Os arditistas formaram verdadeiras forças militares e promoveram grandes combates de rua contra os fascistas.
Em 1946, depois do reinado de Humberto II, a república parlamentarista foi proclamada na Itália após um plebiscito (2 de junho de 1946). A assembleia constituinte redigiu o rascunho da Constituição da República Italiana que entrou em vigor em 1 de janeiro de 1948.
O caso alemão foi um pouco diferente do caso italiano porque a resistência antifascista na Alemanha foi, em alguns casos, diretamente controlada por grandes partidos do país.
Foi o crescimento da violência nazista que fez com que os grupos de esquerda organizassem uma resistência antifascista, sobretudo a partir de 1929.
A reação antifascista na Alemanha teve o envolvimento de diferentes grupos, que foram formados com a finalidade de se colocar como uma frente de resistência ao nazismo. O objetivo da Ação Antifascista era criar uma frente que pudesse reunir comunistas e social-democratas na luta contra o nazismo. O antifascismo na Alemanha, assim como o da Itália, fracassou, mas gerou uma reação considerável. O nazismo já era muito influente em 1930, sendo o segundo maior partido da Alemanha e, portanto, tinha mais recursos para empregar na luta contra os antifascistas.
O Nazismo teve duração) na Alemanha durante 11 anos, ocorreu durante a segunda guerra mundial (1934-1945).
A conquista de Berlim era uma verdadeira obsessão para Stalin, que desejava entrar na cidade primeiro que as tropas americanas e britânicas. O discurso do líder soviético pregava a vingança contra todo o dano causado pelos alemães durante a invasão da União Soviética (apesar de que Stalin amenizou seu tom de vingança em abril de 1945). Além disso, Stalin queria ter acesso às informações sigilosas dos alemães para o desenvolvimento de armas nucleares.
(ENEM) Os regimes totalitários da primeira metade do século XX apoiaram-se fortemente na mobilização da juventude em torno da defesa de ideias grandiosas para o futuro da nação. Nesses projetos, os jovens deveriam entender que só havia uma pessoa digna de ser amada e obedecida,que era o líder. Tais movimentos sociais juvenis contribuíram para a implantação e a sustentação do nazismo na Alemanha, e do fascismo,na Itália, Espanha e Portugal. A atuação desses movimentos juvenis caracterizava-se:
Resposta: Sectarismo (zelo ou apelo exagerado a um ponto de vista, visão intolerante) esteve muito presente nos regimes totalitários que usavam de muita violência contra os seus opositores.